Casos notificados de COVID-19 são “ponta de iceberg”; O número de infectados em Divinópolis é maior, diz diretora de Vigilância Sanitária

Publicado por: Redação

A declaração foi dada pela Diretora de Vigilância em Saúde, Janice Soares, após entrevista coletiva, segundo ela, os  dados notificando pela Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis, diretamente à Vigilância em Saúde, de suspeitas do coronavírus não espelham a realidade são completos, e que existem muitos outros casos, isso por que os profissionais, leiam-se os médicos ao atender casos em seus consultórios e o atendimento nos hospitais particulares não fazem a notificação oficial de imediato para entrar na contagem. Somado ao fato de que alguns pacientes não procuram o serviço, mesmo sintomáticos preferem “controlar em casa”. Janice afirma que em epidemia é muito comum ter as subnotificações  – As alegações dadas pela diretora por que os médicos não notificam de imediato,  é que às vezes, o profissional está com muito serviço e não pode fazer na hora e acaba esquecendo; e também por que o sistema de notificação que é estadual trava muito.

Leia na íntegra fala da diretora de Vigilância em Saúde:

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“Os dados que chegam notificados são a pontinha do iceberg, na verdade existem muitos outros casos de profissionais que não notificam, às vezes o profissional está apertado no serviço, o sistema de notificação está travando muito, então sabemos que existem sub notificações como em qualquer situação, sabemos que existe isso na dengue, vários outros casos existe uma omissão de notificação, porque não temos como saber quantos pacientes os médicos atendem nos consultórios todos os dias. Precisamos da boa vontade deles de notificarem os casos para desenvolvermos as ações de combate de transmissão, essa é a ideia geral. Mas muitos profissionais não notificam, então é uma informação que esta sendo passada pelo ministério da saude, que inclusive outros países há essa questão da sub notificação, os casos notificados são a pontinha do iceberg”

“Ontem [referindo-se ao dia seguinte da coletiva] no final da coletiva pedimos que os profissionais notifiquem porque as notificações sao importantes para que a gente consiga nortear as ações de vigilância, são fundamentais. Tem profissionais que não notificam. Eu sei que tem os seus motivos, consultórios lotados, mas preciso reforçar que é muito importante”

“Tem também a questão que, muitas vezes o paciente adoece, tem alguns sintomas, ainda mais que em algumas pessoas o covid19 vai se manifestar de forma branda. Muita gente vai pegar o vírus e nem procurar o serviço de saúde, e por consequência não vai chegar na vigilância, por isso os dados que chegam pra gente representam uma amostra, porque não é todo doente que vai ao médico, nem todo médico que notifica”

“Existem estudos falando que o momento de maior contaminação é na retirada do equipamento (Luvas, máscaras – O EPI), no momento de retirada acontece a contaminação, muito comum isso acontecer, é preciso ter muito cuidado, com luvas, é muito pior. O recomendável é lavar as mãos mesmo. Água e sabão. Se não tiver acesso, álcool em gel, mas sempre que puder lavar as mãos o tempo inteiro. Se não for possível lavar as mãos ou usar o álcool, nem pensar em pôr a mão no rosto”

“A máscara é usada só pra quem está com sintomas e profissional de saúde que vai atender o doente e terá um contato mais próximo do doente. Nesse caso o recomendável é ficar a dois metros de distância da pessoa, vamos passar essa recomendação nos supermercados, nas filas. Eles vão ter que respeitar e na medida do possível sempre lavar as mãos. Ao espirrar cobrir o rosto para não disseminar o vírus no ar, e a questão do contato. Por exemplo, se a pessoa estiver contaminada e pega numa caixa de leite, contaminou a caixa, outra pessoa pega nessa caixa. Mas se você lava as mãos depois, está tranquilo. O uso de EPI deve ser cauteloso, porque no momento de sua retirada acontece a contaminação. Tem que ter cuidado para o EPI não camuflar. A pessoa tem essa falsa segurança, mas as vezes não está segura”

“Foi decretado transmissão comunitária em todo território nacional. Isso quer dizer que em todo o território nacional o vírus já circula e toda pessoa pode ser portadora dele independentemente de onde ela esteja. Entramos no nível três, então as medidas restritivas vão aumentar, O Zema já estendeu as restrições para o estado e nós vamos continuar restringindo o máximo que puder, com essa questão já não existe a preocupação de bairro ou viagem, qualquer pessoa pode transmitir o vírus”

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