Secretaria de Saúde de Divinópolis recebe alerta de doença misteriosa que matou homem em Juiz de Fora; existem outros casos suspeitos em Belo Horizonte

Publicado por: Redação

O corpo de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos que morreu na noite desta última terça-feira (07), e que será necropsiado pela Policia Civil de Belo Horizonte, além da doença de outros seis homens, fez com que a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais emitisse um alerta para todos os municípios – Segundo o secretário de saúde de Divinópolis, Amarildo de Sousa, foi enviado uma ficha de notificação de sintomas. Porém, conforme o secretário, não apareceu ninguém com os sintomas da misteriosa doença.

O homem que morreu em Juiz de Fora é na noite da última terça-feira (07) é Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, que terá o corpo necropsiado pela Policia Civil de Belo Horizonte, que destacou que as investigações estão sendo realizadas com a realização de entrevistas e comunicação com outras instituições públicas para entender se existe relação entre os eventos e as vítimas.

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O Ministério da Saúde informou, também nesta quarta, que três técnicos foram enviados ao Estado para investigar a doença misteriosa, que, até agora acometeu sete vítimas, dentre elas, Paschoal, a única que teve morte confirmada.

A doença também está sendo investigada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES). O órgão divulgou nota, às 8h desta quarta, detalhando que o número de pessoas vítimas da doença permanece inalterável.

Sintomas

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas sentidos pelos pacientes são gastrointestinais (como náusea, vômito e dor abdominal), associados a uma insuficiência renal aguda grave que pode evoluir em até três dias, seguidos por alterações neurológicas (como paralisia facial, vista borrada, cegueira total ou parcial, entre outros).

Vítima

Amigos da família disseram que o Paschoal, que vivia em Ubá, passou a semana do Natal na casa da filha no bairro Buritis, em Belo Horizonte. O genro de Paschoal – que mora na casa onde o aposentado estava hospedado também foi internado apresentando os mesmos sintomas. Segundo informou a família, o quadro dele é grave e estável.

Uma amiga da família contou à reportagem que no dia seguinte do Natal, Pachoal retornou à sua cidade e nos dias que se seguiram começou a apresentar os sintomas.

“O primeiro sintoma foi não urinar e o médico o encaminhou para um nefrologista em Juiz de Fora, onde foi internado. A partir daí o quadro dele foi só piorando”, explicou.

A amiga lamentou a morte e disse que a família tinha esperança na recuperação do aposentado. ” A gente achava que ele ia se recuperar, mas agora recebemos essa notícia”, lamentou.

Para ela, a doença ainda é um mistério, e ninguém sabe o que pode ter causado os sintomas. “Tudo ainda está turvo, ninguém sabe de nada e o que pode ter acontecido. Mas agora a gente espera que as autoridades vão mais a fundo e descubra o que aconteceu e o que pode ter causado essa doença”, cobrou.

Investigações

Segundo a SES, as investigações sobre o que poderia ter causado o problema seguem em curso. Uma força tarefa composta por técnicos da pasta estadual, da Secretaria Municipal de Saúde de BH e do Ministério da Saúde foi formada para apurar o caso.
Mistério

A secretaria informou foram notificados sete casos suspeitos, sendo que o primeiro deles apresentou os sintomas no dia 19 dezembro de 2019.  Os pacientes são do sexo masculino, e têm idades entre 23 e 76 anos, cinco residem em Belo Horizonte, um em Ubá, na Zona da Mata, e um em Nova Lima, na região metropolitana da capital.

Segundo a secretaria, um dos casos aconteceu no dia 30 de dezembro e o paciente com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas estava internado no hospital privado de Belo Horizonte. No dia seguinte surgiu um segundo caso de um paciente com os mesmos sintomas em um hospital de Juiz de Fora.

“A média de dias entre o início dos primeiros sintomas e a internação foi de 2,5 dias. Todos com insuficiência renal aguda de rápida evolução (até 72 horas) e alterações neurológicas centrais e periféricas”, escreveu a secretaria por nota.

Segundo a secretaria os pacientes começaram com sintomas gastrointestinais como náusea, vômito e  dor abdominal,  associados à insuficiência renal aguda grave de evolução rápida, que progride em 72 horas,  seguida de uma ou mais alterações neurológicas como paralisia facial, borramento visual, amaurose, ou seja perda de visão, alteração de sensório e paralisia descendente.

A Secretaria de Saúde de Belo Horizonte foi procurada, mas informou que o caso segue em investigação pela secretaria estadual.

Boatos em Belo Horizonte 

Alguns desses casos vieram a tona no último domingo (5) quando surgiram nas redes sociais boatos de intoxicação alimentar por cerveja no bairro Buritis, na região Oeste da capital mineira, por causa dos sintomas semelhantes de vários pacientes. No entanto, não há nenhuma confirmação dessa situação.

Entre as duas últimas semanas de dezembro e os primeiros dias de janeiro, as internações de quatro pacientes com o mesmo quadro de insuficiência renal grave, em Belo Horizonte, acendeu um alerta na Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária.

Circularam inúmeras mensagens nas redes sociais que associavam o quadro sintomático desses moradores da cidade a uma possível intoxicação causada por consumo de cerveja adquirida em um supermercado no bairro Buritis.

A Unimed informou, por nota, que dois pacientes deram entrada na unidade da avenida do Contorno, nos dias 22 e 25 de dezembro, com insuficiência renal e neuropatia motora progressiva. A nota divulgada à imprensa ressalta que os diagnósticos estão sendo avaliados. Segundo o hospital, os pacientes estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A Polícia Civil declarou que amostras de bebidas foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística e estão sendo examinadas. Inquérito policial será instaurado apenas se houver indicativos de ação criminosa.

Investigação municipal

O órgão municipal recolheu os alimentos consumidos por esses pacientes e coletou amostras de sangue para que sejam confirmadas ou descartadas quaisquer hipóteses a respeito do que teria causado a internação dessas pessoas e se o fator que provocou os sintomas é o mesmo em todos os quatro casos.

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