O que é, como fazer, e quando divulgar o resultado de um investigação do jornalismo investigativo

Publicado por: Redação

É a pratica de reportagem especializada na descoberta de fatos misteriosos, que ficam ocultos do conhecimento do público, que vai desde de crimes e casos de corrupção ou postura inadequadas quer seja de agentes públicos, ou não, que podem eventualmente virar noticia – Os jornalistas investigativos, em muitos casos são questionados sobre os métodos que utilizam na pratica profissional, como exemplo o uso de câmeras ocultas com lentes especiais de aproximação e se no caso for à noite, filmam com infravermelho sem que o alvo perceba que está sendo filmado, e até mesmo escuta telefônica que a princípio é ilegal, que não podem ser utilizados como provas do ilícito, porém serve como instrumento investigatório lícito – O uso de câmeras, tanto na Europa quanto no Brasil é prática assegurada por lei.

O Código de Ética dos Jornalistas assegura o direito ao profissional de divulgar qualquer informação que seja de interesse público. Porém, existem um conflito quando se restringe a divulgação da imagem (rosto) de qualquer pessoa envolvida na investigação, tendo sido utilizado contra os jornalistas em processos judiciais, no Brasil existe um entendimento do STF em casos específicos, de que a liberdade de imprensa não é um direito absoluto. Porém o julgamento é caso a caso.

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Um dos marcos do jornalismo Investigativo é o Caso Watergate, foi quando dois repórteres do jornal The Washington Post foram responsáveis em uma investigação que retirou do poder o ex-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.

Mais recentemente, Julian Assange, que além de jornalista é programador de computador e fundou o site WikiLeaks ganhou notoriedade quando o seu site publicou uma série de documentos sigilosos do governo dos Estado Unidos, que haviam sido vazados por Chelsea Manning, e entre tais vazamentos estavam dados sobre o ataque aéreo a Bagdá, no Iraque. O que o levou a ser perseguido.

Outro caso de jornalismo investigativo, que está dando o que falar no Brasil é do jornalista Greenwald do site Intercept Brasil, que sabe-se lá como,  conseguiu o conteúdo da rede social Telegram construída por um russo, e está divulgando importantes conteúdos que podem mudar a história da Lava Jato e do Brasil.

Isso estamos falando em grandes feitos. Porém, no dia a dia, em casos de menor importância, o jornalismo investigativo também está presente, só que sem o glamour e a repercussão dos casos nacionais. Ele acontece e muito, só não é divulgado, por que as autoridades e agentes públicos, não são de grandes quilates.

Para o jornalista que quer entrar nesta área, um dos pré-requisitos mais importante, não é ter equipamentos de última geração, como gravadores que gravam com antenas direcionais de grandes distâncias, nem tão pouco as escutas, e a já manjada caneta gravadoras ou qualquer outro tipo de parafernália eletrônica que grave, o mais importante é a paciência. Pois para descobrir um caso pode-se levar meses, ou mesmo anos, até que os fatos estejam bem amarrados para poderem ou não serem divulgados, ou levado para as autoridades competentes.

O jornalista investigativo, é quase um detetive particular, tem que estar antenado em tudo que se passa ao seu redor. E uma de suas maiores virtudes se quiser ser um bom profissional, é estar muito atento para os pequenos detalhes, que para os seres comuns passam despercebidos. Já para o jornalista investigativo, os links sobre os fatos, e a intuição é de suma importância para o sucesso. O tempo e o espaço em que os fatos acontecem, pegam pelo pé o investigado incauto que acabam sendo pegos em “mentirinhas” bobas, mas que não passam despercebidos ao jornalista investigativo. O profissional que se dedica a essa área do jornalismo às vezes tem todas as evidências de um fato, mas não basta ter somente a evidência, tem que ter provas consistentes para validade juridica.

Ah! outra coisa muito importante de um jornalista investigativo, é ter fontes de informações, muitas fontes. E nem sempre o que é investigado e descoberto, pode ser usado imediatamente. É preciso esperar o momento certo editorialmente.

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comentários

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  1. Horácio Almeida disse:

    O presente artigo tem dados importantes para pesquisa sobre o assunto. Que bom!

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