LÉO JUNQUEIRA: “Em defesa do que é simbólico, antropológico e matemático”

Publicado por: Redação

Gosto de política! Gosto de ver nossos representantes defendendo seus pontos de vista, que presumivelmente são desejos e expectativas da população. Gosto de ouvir e conhecer seus argumentos e sentir, que o exercício da democracia é maravilhoso e realmente traz benefícios à coletividade – Mas, quero pedir perdão aos cidadãos de Divinópolis em nome da Câmara Municipal pelo “castigo” de ouvir, durante oito minutos e quatorze segundos, o vereador Edson Souza argumentar em nome do simbolismo, da antropologia e matemática o seu desprovido (e único) voto em favor de um calendário de homenagens preparado para o ano de 2019.

Disse o vereador, que no mês de janeiro protocolou a indicação de uma pessoa para receber uma comenda (ou homenagem) prevista para o mês de novembro deste ano. Em um tom quase melancólico, disse o edil, que a família e parentes do homenageado foram comunicados e virão pessoas de São Paulo e outras localidades para a cerimônia. E perguntou ao presidente da mesa: “o que eu faço? Como desfazer o convite de algo que pode ser tão constrangedor?”

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Então, vou dar algumas dicas ao vereador Edson Souza. Primeiramente, (e antes que cause algo realmente constrangedor) faça contato com o homenageado e explique a situação e decisão da grande maioria de seus pares em reduzir gastos com homenagens, limitando as comendas deste ano. Diga ainda, que o senhor foi voto vencido pela total maioria dos vereadores presentes e que, numa próxima vez fará a referida homenagem… Ponto final!

Se é pelo simbolismo, com certeza o agraciado compreenderá e ainda, estará grato pelo convite e por avisá-lo antes que faça despesas, como a compra de um terno novo, vestido, salão de beleza para esposa e filhas (se tiver), poupará gastos dos familiares que não precisarão se deslocar a Divinópolis com despesas incompatíveis com o momento crítico da nossa economia.

Se é pelo aspecto antropológico, não se preocupe, meu caro vereador, porque não existe nos registros da história, qualquer calamidade nas relações humanas causadas de “mal entendido” sobre cancelamentos de homenagens. Isso é normal acontecer e a compreensão é natural. Mas, se existe algum objetivo político obscuro no processo, é outra história. Realmente o senhor pode perder alguns poucos votos.

Se é pelo fator matemático, então estaremos promovendo algo melhor que a economia de dinheiro público em causa própria. Estaremos diminuindo drasticamente dezoito minutos e quatorze segundos em tempo perdido no plenário ouvindo argumentos rebatidos e encerrados por falta de um motivo justificável. Assim, matematicamente o tempo poderá ser melhor aproveitado com ideias e projetos realmente importantes, antropologicamente poderemos registrar na história de Divinópolis, que na Câmara Municipal não foram encontradas “múmias e nem sarcófagos” e sim, representantes públicos de talento e cultura social e simbolicamente, estaremos homenageando diretamente o povo, que em eleições recentes, confiaram em seus representantes o domínio da razão e do bom senso.

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