Além do pagamento do 13º salário SINTRAM quer que Executivo pare de trocar favores de cargos com o Legislativo

Publicado por: Redação

Os servidores públicos municipais de Divinópolis, atendendo convocação do Sintram, realizaram hoje, quarta-feira (13) “Ato de Protesto” para cobrança do pagamento do 13º salário. Até a presente data, nenhuma previsão oficial da administração foi repassada ao sindicato a respeito do pagamento do benefício. Na manifestação, a diretoria do Sintram cobrou também o enxugamento da máquina pública diante da crise do Estado e denunciou que entre as 36 cidades, da representação do sindicato no Centro-Oeste, Divinópolis é a única que ainda não quitou o 13º salário do funcionalismo, o que mostra a falta planejamento financeiro por parte do prefeito Galileu Machado e sua equipe.  O sindicato denunciou também a incoerência da administração com o decreto de calamidade financeira, que ainda está em vigor, mas mesmo assim as nomeações eleitoreiras continuam na Prefeitura de Divinópolis – A colocação mais contundente e grave foi quando o vice-presidente da entidade da classe dos trabalhadores, Welligton Silva, após pedir o comprometimento da Câmara, disse explicitamente que muitos cargos comissionados são para atender troca de favores do Executivo com membros do Legislativo.

 

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A presidente Luciana Santos destacou que o “Ato de Protesto” foi uma decisão retirada em assembleia e espera que a administração municipal se posicione a respeito da data para o pagamento do 13º salário.  “Esperamos que a administração se posicione não dizendo que o Estado não está fazendo o repasse, que não tem dinheiro, mas que oficialize uma data para o pagamento do 13º salário. O vencimento foi em dezembro e até hoje os servidores de carreira, aqueles que entraram pela porta da frente, não receberam esse pagamento, que é um direito constitucional”, disse.

 Cortes

A presidente cobrou também uma gestão enxuta condizente com o decreto de calamidade financeira que foi publicado em meados do mês de novembro de 2018. “Em um momento de calamidade financeira, numa canetada só o prefeito Galileu nomeou 145 cargos comissionados; pode e é legal, só que neste momento é imoral. Está na hora de reorganizar a casa, de ter planejamento, porque esses repasses do Estado não estão vindo desde 2017, então faltou sim, planejamento a essa administração”, criticou a presidente.

 Vereadores

O vice-presidente, Welligton Silva, também pediu o comprometimento da Câmara de Vereadores já que muitos cargos comissionados são para atender a troca de favores com membros do Legislativo. “Se estamos em um momento de falta de recursos é hora de cortar gastos, o exemplo tem que vir de cima. A maioria das administrações da região já quitaram suas obrigações com os trabalhadores municipais, ou seja, fizeram o dever de casa. Essa crise financeira não é de agora, o prefeito assumiu a Prefeitura já com essa dificuldade nos pagamentos e mesmo assim não hesitou de encher a Prefeitura com vários cargos comissionados no início do mandato, realmente com essa postura a conta não fecha”, disse.

 Paralisação

Questionado se o ato poderia desencadear outras manifestações, a presidente Luciana foi enfática ao dizer que sim. “Com certeza, o servidor quer a regularização dos pagamentos e esperamos que a administração o quanto antes se organize para a quitação do que é devido. E o Sintram estará pronto para cumprir o que for deliberado pela categoria, se necessário faremos sim outras manifestações e inclusive paralisações”, disse.

A presidente Luciana agradeceu o apoio dos servidores que somaram forças ao ato e também dos diretores do Sintemmd – Sindicato da Educação. “Agradecemos aos companheiros que estiveram aqui presentes lutando pelos cerca de 5 mil servidores da Prefeitura de Divinópolis.  O sindicato passou a indignação da categoria e esperamos que administração quite o quanto antes o pagamento do nosso 13º salário”, finalizou.

 Desrespeito

A servidora Alair Azevedo, que sempre atende as convocações do sindicato,  disse que esse atraso do 13º salário é um desrespeito  não só com os servidores, mas também com a população. “O servidor trabalha, traz a cidade nas costas. Trabalhamos 2018 e agora na hora de receber o nosso 13º salário nós não temos nem previsão de quando vamos receber ele integralmente, nem para poder pagar o imposto da Prefeitura, que teve o desconto de 7% até 31 de janeiro, o servidor não teve condição de ter esse privilégio. Eu acho que a Prefeitura deveria prorrogar  esse desconto para o servidor que não recebeu o 13º salário, é um desrespeito com o funcionalismo”, criticou.

 Além da presidente Luciana Santos e do vice-presidente Wellington Silva, compareceram ao ato representando o sindicato os diretores, Marco Aurélio Gomes, Geise Silva, Demétrio Bento, Rafaela Silva, e a conselheira Lucilândia Monteiro.

 

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comentários

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  1. marcelomximosantos santos disse:

    Marcelo

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