CAO-SAUDE garante que HSJD não fecha – Gestão DICTUM, o CAOS

Publicado por: suporte

TRANSPARÊNCIA” foi a palavra mais pronunciada na reunião que ocorreu no final da tarde desta quinta-feira (11), nas dependências do Hospital São João de Deus, com a participação decisiva do Promotor de Justiça Gilmar de Assis que é o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde, conhecida mais pela sigla CAO-SAUDE – Gilmar explicou que analisando os números do hospital tecnicamente, o caminho seria realmente a liquidação, diante da imensa dívida, aparelhos quebrados, setores sem funcionar e outros querendo parar. Contudo, a importância do hospital para a cidade e região o seu fechamento seria o verdadeiro caos para a assistência da cidade e região, por isso ele precisa ser soerguido. E no que depender da atuação dele e da comissão, formada por todos entes governamentais, (Prefeitura, Estado e Governo Federal), o hospital não vai fechar, por que todos os esforços serão envidados em um plano robusto de recuperação – O Promotor de Justiça, que tem em seu currículo a recuperação de vários hospitais, esclareceu também que, a Comissão formada por membros do CAO-SAUDE, ente federados e o Conselho Regional de Medicina, não vai gerir diretamente o hospital mais ditar diretrizes, quem vai operacionalizar será uma outra Comissão Operacional, que por sua vez escolherá um profissional Executivo que goze de grande credibilidade no mercado – Gilmar de Assis muito diplomaticamente, mesmo quando perguntado sobre a (grifo do Divinews) “desastrada gestão da DICTUM”, se ateve a relatar as futuras ações, necessárias para o soerguimento do HSJD, contudo não deixou de afirmar que será realizada uma auditoria, que supostamente seja para apurar responsabilidades, já que a dívida atual do hospital, ao invés de diminuir aumentou consideravelmente, chegando ao patamar de R$ 133 milhões de reais. Anteriormente, quando a DICTUM assumiu era de cerca de R$ 100 milhões, em dois anos cresceu aproximadamente R$ 33 milhões. O promotor afirmou que esse valor não o assusta, dentro da perspectiva de um trabalho e ação conjunta dos ente federados – Nélio Costa Dutra Junior, Promotor de Justiça, Coordenador Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde, falou que foi formalizado um acordo com a Ordem Hospitaleira, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Nélio, afirmou que a atuação de uma Comissão é bem diferente do que uma empresa, a transparência é maior.

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O promotor Gilmar de Assis, com larga experiência na gestão de saúde e recuperação de hospitais, começou a entrevista dizendo o que todos já sabem, a inviabilidade financeira do hospital, em continuar. Já que a gestão da Dictum para o Estado era temerária. Contudo, mesmo assim insistiram na sua continuidade, até com elogios rasgados ao seu estilo de “administrar”

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“Tecnicamente nós teríamos que promover a liquidação do Hospital São João de Deus, o que seria um grande drama, uma grande tragédia assistencial. Daí o Ministério Público da Assistência da Comarca de Divinópolis, os senhores aqui presentes, o Denasus, juntamente com os entes governamentais, para que possamos em uma nova modelagem, apostar nessa assistência. É uma Ação Sistêmica Colegiada para a recuperação da assistência a saúde prestada pelo Hospital São João de Deus”, disse Gilmar

Já o promotor Nélio Costa Dutra falou sobre a importâncias das parcerias.

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“Nesse novo modelo a gente traz todos os atores essenciais, principalmente no que tange a financiamento. Nesse modelo, está presente nesta comissão, inicialmente, o Estado, representante do Município, e representante do Ministério da Saúde. Só as fontes de financiamento primeiramente, além disso há a expectativa do ingresso do Conselho Regional de Medicina e também do próprio COSEMS, que representa os secretários municipais, já que o hospital faz atendimento a nível regional, e há necessidade de uma repactuação dos municípios como um todo”.

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Sobre as ações que precisam serem realizadas mais urgentemente. O promotor Gilmar afirmou: “Boa parte das tarefas mais urgentes, elas já foram cumpridas. Já estamos trabalhando de uma forma muito mais inteligente de uma forma, com experiência, planejada, entre elas esse convencimento político da adesão do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, do município, do Conselho Municipais de Secretários de Saúde, a apostarem e entrarem para dentro deste equipamento, isso já foi feito. Já foi feito um levantamento de forma emergencial dos haveres, da decomposição do passivo, estamos recebendo hoje um relatório de atividades dos últimos três anos, até 30 de junho, pela DICTUM. Com isso começamos a fazer uma transição, esperando que possa ser finalizado na semana que vem. Com o secretário executivo e o administrador do hospital, que serão designados por essa Comissão Preventiva de Ética, que possam estar aqui fazendo essa transição.

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Respondendo a uma pergunta feita sobre a atuação da DICTUM, o promotor coordenador do CAO-SAUDE, disse: “Eu não tenho como falar da atuação da DICTUM, até por que nenhum de nós entramos para dentro do hospital, mas oportunamente será feita uma auditoria interna dos processos, para que possamos corrigir eventuais inconformidades”.

Em uma nova pergunta, vem a surpresa do caos que está o hospital, bem pior do que muitos imaginavam, adjetivado pelo Promotor, como uma situação de TRAGEDIA.

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“A situação atual hoje, inclusive ela está retratada pelo nosso colega Nélio, dentro do Termo de Ajustamento de Conduta, é uma situação de tragédia. Por que para cada R$ 1 real de dívida, a entidade não tem nem R$ 0,50 cinquenta centavos para arcar com essas despesas – E assistencialmente está muito difícil. Os dois equipamentos de tomografia estão quebrados, isso significa que não tem viabilidade de entrada para a UTI, por que não se pode colocar pacientes para dentro sem ter os equipamentos de tomografia funcionando. A urologia, não existe mais, o vascular não existe mais, assim como a hemodinâmica, ameaça até parar a pediatria. Amanhã uma outra ameaça a maternidade. A gente espera na reunião de hoje (quinta-11) com o corpo clinico, estarmos passando para eles essa nova credibilidade, essa nova modelagem para que juntos. Sociedade, Corpo Clinico, Força Tarefa. Possamos sair desse cenário de tragédia para um cenário de viabilidade assistencial”


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