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Os estudantes do curso de medicina do Campus Dona Lindu, da Universidade Federal de São João Del Rei em Divinópolis, realizaram uma manifestação na tarde da última terça-feira (03) protestando contra uma série de problemas que eles enfrentam. Alguns desde o inicio da implantação do curso em Divinópolis. Contudo, o estopim da insatisfação que gerou a manifestação foi um cadáver que eles usam para aprendizagem e que foi pedido emprestado pela Unidade de São João Del Rei – O diretor do Campus, Eduardo Sérgio Silva, disse que a questão do cadáver foi pano de fundo paras outras reivindicações, e que isto já tinha sido resolvido, tanto é que o cadáver não foi. A legitimidade das manifestações passa por outras questões.
 CANDIDA AMÉLIA MARINHO OLIVEIRA: Eu sei que juntos, alunos, professores, coordenação, direção e reitoria conseguiremos um curso de excelência. Vamos conversar, nós alunos temos muitas propostas e estamos abertos para ouvir as de vocês também… o objetivo é o mesmo!! |
A questão do cadáver já foi resolvida, tanto é que, segundo o diretor do Campus, Eduardo Sérgio, as peças não foram enviadas como empréstimo para São João Del Rei. E este fato ocorreu ainda em Abril. Eduardo afirmou que tem sido muito difícil conseguir cadáver para estudo tem tentado convencer os alunos a não usar cadáver. Mas que isto foi apenas um pano de fundo para uma pauta de reivindicações mais justa, como a falta de investimento e de cuidado do município com a universidade. E citou que a própria entidade de ensino teve que construir um passeio em via pública que seria de responsabilidade do município para evitar o lamaçal impedindo a passagem de aluno, mas que está tudo abandonado e cheio de mato no local.
A aluna do curso do 8º período do curso de medicina, Cândida Amélia Marinho de Oliveira, natural de Barbacena , e secretária do Centro Acadêmico, explicou que faz parte da pauta de reivindicação os antigos problemas de infraestrutura ao redor do campus, que historicamente a Prefeitura de Divinópolis se nega em resolver, como a má iluminação das ruas de acesso ao Campus, a falta de segurança, e quando chove o excesso de lama atrapalha o acesso , não deixando nenhum caminho seco para os alunos passarem.
Cândida disse ainda que os alunos da Universidade tem muitas expectativas de fechar mais parcerias não apenas para a realização de estágios, mas em outras áreas, como o esporte e cultura, que existe uma grande carência nestas duas áreas. Além da reivindicação do meio passe nas linhas de ônibus urbano.
Todos os alunos acham um absurdo a não existência deste beneficio que o município não concede.
Na pauta dos alunos estão também a contração de mais professores médicos e um maior apoio para os alunos que fazem internato em outras cidades. Ela ressaltou; “Nosso curso já é muito bom, o que podemos ver pela nota 4 em 5 pela a avaliação do MEC que foi realizada no final do ano passado – Porém acreditamos que temos capacidade de alcançarmos um nível de excelência e estamos buscando isso”, concluiu
A paralisação ocorreu ontem, terça-feira (04), entre 12 e 15 horas, com a participação de aproximadamente 140 alunos. E ao final foi entregue um manifesto para o diretor do Campus para que ele o encaminhe para a reitora da UFSJ com a proposta de uma reunião no próximo dia 11 às 17 horas.
Eduardo Sérgio Silva, o diretor do Campus Dona Lindu, da UFSJlamenta o tratamento que o município dá ao Campus Dona LIndu. “Um total descaso – O município não está preocupado com os problemas do Campus. Parece que a cidade está abandonada. Será que os nossos problemas vão ficar ad aeternum, como ocorreu com o Buracão da Paraná – Temos hoje no Campus 1500 alunos, dos quais cerca de 60% são de fora e também 160 professores, que movimentam a economia da cidade, será que isto não é importante para a cidade?”
O diretor finaliza lamentando mais uma vez o descaso, ao contar que no lançamento do Inverno Cultural que ocorreu em Belo Horizonte, e que neste ano terá a apresentação em Divinópolis, do cantor Gilberto Gil. Vários prefeitos estiveram presentes, menos o de Divinópolis.
Esta não é a primeira vez que a UFSJ pede que o município de mais atenção para o Campus. Em outra oportunidade a discussão foi em torno dos estágios para os alunos dos cursos de medicina e enfermagem, que envolveu uma acalorada discussão envolvendo a UIT (Universidade de Itaúna), pois por ser uma entidade privada, pagava mais para os médicos preceptores de estágios que conseguiam obter mais vagas no município. Enquanto os alunos do ensino público por pagar menos, eram prejudicados.
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Divinópolis, 03 de junho de 2014.
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Centro Acadêmico 29 de outubro
Medicina – UFSJ CCO
Prezados
Reitora da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) Valéria Kempt
Diretor do Campus Centro-Oeste Dona Lindu(CCO)Eduardo Silva
Coordenador do Curso de Medicina do CCO Denny Veloso
No dia 28 de abril de 2014 os acadêmicos do curso de Medicina da UFSJ-CCO reuniram-se em Assembleia Ordinária, convocada pelo Centro Acadêmico (CA) 29 de outubro, para discutir vários pontos de pauta, sendo o principal relacionado ao fato ocorrido no dia 23 de abril de 2014 no Laboratório de Anatomia, quando os alunos impediram que 2 (duas) peças anatômicas fossem emprestadas para o novo curso de Medicina em São João del-Rei. Na ocasião, uma reunião até então marcada para o dia 24 de abril de 2014 entre a reitoria, a diretoria de Campus, a coordenação do curso, os líderes de GAD e os alunos do CA havia sido cancelada por parte da reitoria.
Nessa Assembleia os alunos presentes decidiram não tentar remarcar essa reunião antes de realizar um movimento maior. Foi discutido que muitas reuniões já foram feitas sem os resultados esperados por parte dos alunos. Assim, foi decidido que seria feita uma paralisação das atividades do curso por parte dos alunos e um manifesto no mesmo dia.
O dia escolhido foi hoje, 03 de junho de 2014. Assim, o CA remarcou todas as aulas que seriam hoje com os professores responsáveis, recebendo grande apoio de todos. Portanto, não haverá nenhuma aula durante todo o dia.
O manifesto dos alunos terá início às 12 horas e após um período de manifestação inicial, os alunos discutirão todos os problemas que foram levantados (Anexo A) para propor soluções. Para muitos deles já temos propostas efetivas e exequíveis.
Às vezes não fica claro para os alunos a qual nível hierárquico administrativo de nossa Universidade cabe a solução de cada problema. Por isso, solicitamos a realização de uma reunião com a presença dos senhores, juntamente com os vice-reitor, diretora e coordenador, os alunos do CA 29 de outubro e 3 representantes de cada turma de Medicina do CCO.
Sugerimos o dia 11/06/2014 às 17 horas.
Aguardamos confirmação dessa data ou sugestão de outra já acordada entre os senhores.
Atenciosamente,
Centro Acadêmico 29 de outubro
Medicina – UFSJ CCO
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