Maria do Carmo e Willian disseram que a chuva (tromba d´água) começou a cair por volta das 23 horas da terça-feira( 11) e já no dia seguinte por volta das 5 horas, a cidade já estava embaixo d´água, totalmente destruída, com apenas 6 horas de chuva.
Não aconteceu nada com a casa da família porque eles moram em um dos pouco bairro que não sofreu tanto. Willian disse que só se deu conta da tragédia que se abateu sobre a cidade, quando ele ao sair para trabalhar na sua empresa no bairro Conselheiro, um dos mais afetados, se deparou com a tragédia que ocorreu no centro da cidade. Ele disse que “o centro simplesmente sumiu” – “Nunca vi nada igual” – “ Tive que retornar para casa “
Maria afirma que a chuva foi muito forte, “em toda minha vida nunca viu nada igual, era tanta, mais tanta chuva, parecia um dilúvio”, afirmou.
Após o boato de que a barragem estava para se romper, eles decidiram abandonar a cidade provisoriamente, até que ela volte a ter as mínimas condições de “habitabilidade”, pois neste momento, falta tudo na cidade, água, luz, alimentos.
Pelo que viu, William afirma que as condições mínimas para a cidade voltar a funcionar deve acontecer em trinta dias, para retomar em condições ainda precárias somente em três ou quatro, ou seis meses, mas a recuperação total vai demorar anos. “O estrago foi muito grande” disse.
Ele se emociona ao falar sobre a perda de um amigo que fornecia material para sua empresa. Contou que o amigo tinha acabado de voltar de Rio das Ostras, cidade do litoral da Região dos Lagos, logo após chegar, a casa desabou matando ele, a mulher e dois filhos.
Willian disse que apesar de tudo a vida tem que continuar, por isso, sua esposa, Maria do Carmo e sua filha, Beatriz de apenas três anos, por medida de segurança, voltam a Divinópolis, até que este período crítico passe, mas ele volta para Nova Friburgo para trabalhar. Ver o que pode ser feito.