Os parlamentares municipais completos são aqueles que além de fiscalizarem os atos do Executivo, e em leis que sejam aplicáveis e não aquelas inócuas que ficam armazenadas nos computadores do Legislativo e são solenemente ignoradas, têm também a obrigatoriedade de pleitearem melhorias da infraestrutura da cidade como um todo, mas principalmente dos bairros em que obtiveram suas maiores votações. Ou seja, solicitarem e conseguirem melhorias como calçamentos, asfaltamento, rede de esgoto, capinas, entre outras demandas. Enfim, criarem condições dignas e saudável para os munícipes. É claro que, dentro do ordenamento, vereadores não fazem obras, as responsabilidades são dos Executivos Municipais. Contudo, os parlamentares nos três níveis, federal, estado e município, que não tiverem boa relação com o Governo, leia-se Presidente, Governador e Prefeito, para que suas demandas sejam atendidas, ficarão todo o mandado ou parte dele, brigando com o governo sendo oposição. Mas, ao fim, o que interessa mesmo para os munícipes, é que as melhorias de seus bairros, de sua rua, aconteçam. As pessoas não moram em fiscalização, não moram em leis criadas, moram sim, em suas casas. A escala de prioridade dos seres humanos, passa primeiramente por suas subsistências, que inclui também suas próprias residências, depois suas ruas, a seguir pelos bairros em que moram, depois, cidade, estado e país. Esta é a escala de suas necessidades.
Os parlamentares que só fiscalizam e manda cartinhas de reivindicações para o Executivo, na hora da urna falar, ela não corresponderá as expectativas do político. Logo eles se questionarão: Mas fiz tantos discursos bonitos na tribuna, me indignei, dei tapas, gritei a pleno pulmões, o que aconteceu? Mas eu fiscalizei tanto o Executivo, enviei tantos ofícios querendo informações disso e daquilo, participei de tantas Comissões Especiais, o que aconteceu? Pedi tantas CPI, que até esqueci de quais estavam em andamentos, o que aconteceu? A resposta é muito simples; não fez o principal dever de casa, que são as necessidades básicas dos munícipes, dos seus eleitores.
As redes sociais não fabricarão toda hora, Cleitinhos e Bolsonaros, a receita da internet não é para todos. A cyber dramaturgia, já na antevéspera de um ano eleitoral, será logo percebida pelos eleitores.