Técnicos dos setores de Vigilância Epidemiológica, Imunização e da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) participaram, nesta última quinta-feira (11), de uma reunião convocada em caráter emergencial realizada pela Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis (SRS), em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES) – A reunião, realizada no auditório da SRS, contou com a participação de representes dos 54 municípios jurisdicionados à Superintendência, e teve como pauta o grave cenário epidemiológico de Minas, em consequência das confirmações de mortes por febre amarela – Segundo os dados apresentados pela SES até aquela quinta-feira foram 7 casos confirmados de febre amarela, com 6 mortes. Além disto, outros 10 casos estão em investigação em todo estado. Os técnicos alertaram quanto à baixa cobertura vacinal contra a doença em MG e a necessidade urgente de melhorar esse índice, bem como a organização dos serviços de saúde visando o atendimento dos casos suspeitos. Outro ponto discutido foi o da importância do monitoramento de epizootias (aumento de mortandade de macacos), que é importante indicador da circulação o vírus causador da febre amarela.
De acordo com o epidemiologista da Semusa, Osmundo Santana Filho, a reunião foi de extrema importância para o real conhecimento do cenário epidemiológico da Febre Amarela no estado, além da discussão e adoção de estratégias a serem implementadas visando o aumento da cobertura vacinal. “Foi de suma importância neste contexto em que observamos a ocorrência de vários casos de febre amarela no estado, lembrando que em 2017 tivemos a ocorrência de uma epidemia na região leste de Minas, quando foram confirmados 435 casos e 136 mortes”, afirmou.
Segundo Osmundo, a reunião tratou ainda sobre o diagnóstico precoce e tratamento oportuno dos casos, além de manejo clínico adequado e ampliação da carga horária para melhorar o acesso da população aos postos de saúde de forma a garantir a imunização de pessoas não vacinadas. “A cobertura vacinal em Divinópolis é de 79% em menores de 1 ano. É um percentual baixo, tendo em vista que, no mínimo, deveria ser de 95% e que a vacinação é a medida mais eficaz para a prevenção e controle da doença”, reforçou.
Os coordenadores da reunião ressaltaram também que, diante da ocorrência de surtos ou epizootias em determinada região, a intensificação vacinal deverá ser iniciada imediatamente, devendo ser realizada prioritariamente nos domicílios e peridomicílios dos casos suspeitos e sendo estendida por todo o município, através da vacinação casa a casa e com verificação do Cartão de Vacinação.