Charlie Brown não aparece na Festa da Cerveja e culpa organizadores do evento por não atender especificações técnicas da banda

Publicado por: suporte

O Divinews tentou contato com o organizador do evento, Luis Cláudio Martins, o Bezerro, irmão do deputado federal Jaime Martins (PR), para que ele desse a versão oficial da Festa da Cerveja, contudo não fomos atendidos.

Postado em 22 de abril de 2012

Comunicamos ao público da cidade de Divinópolis (MG), e a todos os nossos fãs, que a banda Charlie Brown Jr infelizmente não fará o show programado para a noite deste sábado, 21 de abril, na Festa da Cerveja. O motivo do cancelamento da apresentação é a falta de equipamentos técnicos que são imprescindíveis para a realização do show. Estes equipamentos (microfones, monitores, mesa de som e etc.) são de responsabilidade da produção local, conforme consta em contrato acertado antecipadamente.

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Nossa obrigação é chegar no local e horário do show (banda e equipe) com nossos instrumentos e amplificadores. Infelizmente, quando chegamos em Belo Horizonte neste sábado no horário previsto pelo contrato, fomos avisados pela nossa equipe (que já estava no local) que o equipamento locado pelo festival para que o Charlie Brown Jr se apresenta-se simplesmente não havia chegado.

Esta situação inviabiliza totalmente o show. Ficamos à disposição do contratante até o horário combinado e fizemos todas as tentativas que estavam ao nosso alcance pois gostamos do festival e de maneira alguma queríamos deixar de fazer o show. O Charlie Brown Jr toca em média 8 ou 10 shows por mês e não falta em nenhum. Por tanto, desde já, pedimos desculpas ao nosso público e nos isentamos da responsabilidade sobre o fato ocorrido. Esperamos um nova oportunidade para voltar a Divinópolis e, enfim, realizar-mos nosso show, que é a coisa mais importante para nós.

Estão sendo feitos boletins de ocorrência onde vão constar os bilhetes da companhia aérea e o check in do hotel para comprovar que viajamos ate Minas Gerais e ficamos à disposição do festival ate o momento onde se constatou que, por falta de cumprimento da parte técnica, e horários extrapolados, o show ficou inviável.

Planejando e organizando seu evento – Parte 1: o Rider Técnico, o Input List e o Mapa de palco

Autor: Fernando A. B. Pinheiro

Imagine um artista relativamente conhecido, que viaja o Brasil todo fazendo shows ao vivo. Mas esse artista não tem um sistema de som próprio: ele loca (aluga) equipamentos das empresas de sonorização locais, para usar nos eventos. Muitos músicos brasileiros trabalham assim. São poucos (normalmente os grandes) os artistas que tem equipamento próprio.

Pois bem: em cada cidade temos uma empresa diferente, com equipamentos diferentes, jeito de trabalhar diferente, etc. Mas por incrível que pareça, o som nos shows não é “muito diferente”. E isso só é conseguido graças à planejamento e organização.

A produção de um show bem organizado envolve três documentos importantíssimos: o Mapa de Palco, o Rider Técnico e o Input List. Uma breve descrição deles:

MAPA DE PALCO

Indica o tamanho mínimo do palco, a posição dos instrumentos, microfones, amplificadores e tomadas de energia A.C. O mapa serve para que a equipe de sonorização do local do evento saiba preparar o palco para a banda. Deve ser montado a partir da perspectiva de visão de quem esta na platéia olhando para o palco, ou então visto de cima.

RIDER TÉCNICO

O rider técnico é uma lista de equipamentos de sonorização e/ou iluminação que serão necessários. Serve para discriminar:

– Equipamentos de P.A,
– Equipamentos de monitoração (retorno dos músicos)
– Instrumentos musicais (raro, pois a maioria dos músicos leva seus próprios equipamentos)
– Equipamentos de iluminação.

O rider pode exigir um determinado equipamento (por exemplo, uma mesa de som Marca X modelo Y) ou ser “genérico” (por exemplo, uma mesa de som de 32 canais com 4 submasters e recursos X, Y e Z). Pode-se (e é bom que se faça) sugerir alternativas (por exemplo: mesa Yamaha 01V ou Behringer DDX3216).

Quanto a parte de caixas de som e amplificadores, alguns riders exigem tantos Watts de potência. Outros costumam exigir diretamente em nível de pressão sonora (volume). “O som medido a 30 metros do palco deve alcançar pelo menos 110dB” é um bom exemplo disso.

O rider também dimensiona valores mínimos para dimensionamento de energia, para geradores (em caso de falta de energia), posição dos equipamentos (“A House-Mix se situará a 25 metros de distância do centro do palco”), cobertura, tudo o que for possível. Quanto mais detalhado, melhor será.

Exemplo de Rider Técnico:

P.A
P.A. LCR ou Stereo, compatível com o local do evento. RMS 110dBA, PEAK 122dBA de SPL na  F.O.H.
Sistema de Front Fill.
O sistema deverá ter resposta o mais linear possível de 35Hz à 18KHz.
O sistema deverá ser montado de forma que se obtenha cobertura uniforme em toda  área a ser sonorizada.
Deve-se inclusive observar a colocação de torres de delay para melhor cobertura do público.
É imprescindível a utilização de sistema Fly (Preferencialmente Line Array) em ambientes reverberantes.
O F.O.H. (Front of House) deverá estar centralizado em relação ao palco a uma distância equivalente ao dobro da boca de cena do palco.Ou seja, se o palco tiver 15Mts de boca de cena ela deverá estar a 30Mts.
Console e Periféricos de P.A.
01-Console Mixer de 32X08X03 e 8VCA (Yamaha PM1D, PM5D, M7CL,Mackie TT24T, Midas XL4)
01-Equalizador Stereo de 31 bandas (BSS FCS966, Klark DN360, TC 1128).
01-Divisor ou Processador Stereo ou de acordo com o sistema utilizado(BSS, XTA, Meyer, EAW, Apogee)
08-Canais de compressor (Drawmer DL251-DL241 DBX 166XL).
11-Canais de noise gate ( Drawmer DS201-DS404).
02-Canais de Equalizador Gráfico (Yamaha, DBX, BSS,Klark).
04-Processadores de efeito (Lexicon 480L-PCM91-MPXI-LXP15, Yamaha SPX990-SPX1000)
Console e Periféricos Monitor
01-Console Mixer 32X10X02 (Yamaha PM1D, PM5D, M7CL,Mackie TT24T, Midas Heritage 3000)
13-Canais de Equalizador 31 bandas  (TC Eletronic, BSS, Klark)
05-Canais de compressor (Drawmer DL251-DL241 DBX 166XL)
06-Canais de noise gate (Drawmer DS201-DS404)
01-Processador de efeito (Yamaha SPX 900-SPX990)
01-Divisor ou Processador Stereo P/ Side Fill de acordo com o sistema utilizado(BSS, XTA, Meyer,EAW…)
01-Side Fill Stereo ativo, compatível ao palco.
01-Sistema de comunicação da  F.O.H. com Monitor.
01-Sistema de Cue Mix
06-Monitores Ativo/Passivo(Clair, Meyer, EAW, Apogee…)
Backline 
01-Bateria completa(DW, Gretsh)
02-JCM 900 Cabeçote e Caixa.
01-Sistema para contra-baixo 1×18” + 4×10”(Trace Elliot, Ampeg, SWR).
AC p/ Show
01-Transformador de no mínimo 112KVA exclusivo para o som
08-Pontos de AC 120V 60Hz estabilizados no palco.
01-Ponto  de  AC 220V 60Hz para  o sistema do contra-baixo.
Sistema de aterramento no palco e na F.O.H.
Obs: Favor deixar as consoles e equalizadores flat.Console de monitor com todos auxiliares em pré-fader e L,R pós-fader.

Maiores informações favor contatar:
XXXXX               (Resp. Tec.)  (XX) YYYY-YYYY /
[email protected]
YYYYY               (Resp. Monitor) (ZZ) AAAA.AAAA
ZZZZZ               (Produtor)  (BB) CCCC-CCCC 

INPUT LIST
A lista de entrada dos canais. Essa lista não passa de uma tabela onde você coloca os endereçamentos de entrada de sinal na mesa de som. Pode-se ter os seguintes itens: Nº do canal (mesa de som), instrumento, tipo de captação (Mic/Direct-Box) e efeitos (efeito colocado no mixer).
Qualquer alteração no Mapa de Palco, Rider ou Input List deve ser comunicada (e aprovada) previamente pelo pessoal técnico do artista. Nos documentos deve existir telefones para contatos para os técnicos do artista.




Como funciona a organização de um show?

Quando o show é contratado, o contratante é o responsável por providenciar o local adequado para o show e contratar a empresa de sonorização/iluminação. Mas um representante do artista (os chamados “produtores de evento”) vão até o lugar previamente, para examinar o lugar, ver se realmente é adequado, ver também se os equipamentos oferecidos pela locadora são adequados, estão em bom estado. Esse produtor de evento deve ser uma pessoa com profundo conhecimento em organização de eventos (incluindo em som), para evitar colocar o artista em uma “furada”. Um evento ruim é mal para a imagem do artista, não do contratante (que, em geral, nem aparece direito).

No dia do show (às vezes, dias antes, outras vezes horas antes), o técnico de áudio do artista chega, testa tudo, confere as ligações e está pronto para o evento. O mesmo para o técnico de iluminação e os músicos.

Tudo funciona bem se o Mapa de Palco, o Rider Técnico e o Input List foram devidamente seguidos.

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