Afonso Gonzaga recebe Devanir Brichesi em Minas Gerais

Publicado por: suporte


O Encontro teve a participação de dezenas de representantes da cadeia produtiva de fundição do Estado de Minas Gerais e foi conduzida por Devanir Brichesi e Afonso Gonzaga. O SIFUMG é a maior representação do setor em Minas Gerais e é filiado à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – FIEMG.

Antes da plenária Gonzaga e Brichesi receberam a imprensa da região centro-oeste para uma análise de desempenho do setor, acompanhados do vice, Cássio Machado; e também de Rogério Silva – diretor regional para Minas Gerais, Pedro Cruz, Alcides Valle e Luiz Thor – diretores, e Roberto João de Deus – executivo. Na pauta do encontro: tributação, financiamentos, comércio exterior, inovação, infraestrutura, meio ambiente, cadeia produtiva e relações trabalhistas.

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Segundo Devanir Brichesi esses são os principais pontos de uma proposta que será apresentada ao governo federal e tem como objetivos proteger a indústria nacional da invasão de manufaturados chineses.

A reunião plenária foi aberta por Afonso Gonzaga, que reiterou as palavras do presidente da ABIFA em coletiva – juros, carga tributaria, flutuação cambial e importação, que emperram o crescimento do setor. Cássio Machado relatou a importância de Itaúna no contexto mineiro, onde se concentra o maior volume de produção da região centro-oeste.

Os demais temas da plenária foram: aprovação da Ata da reunião anterior; palavra do patrocinador, notícias da regional, comunicados da presidência e análise setorial. Ao final, a TEKSID do Brasil maior grupo de fundição do mundo com planta em Betim-MG, sendo a segunda maior empresa de fundição do Brasil, ofereceu aos convidados um coquetel.

Missão à China

Devanir Brichesi e Afonso Gonzaga integraram-se à comitiva de empresários brasileiros, liderados pela CNI à China no mês de abril. “Ficou claro que os chineses estão dispostos a investir no que interessa a eles: a importação de commodities”, disse Afonso Gonzaga. China, Coréia do Sul, Cingapura e Taiwan são os principais competidores do Brasil. Com uma carga tributária mais baixa – na China, chega a 17,5%, enquanto no Brasil é de quase 40% do PIB.

Numa tentativa de rever a política industrial adotada pelo governo brasileiro foi definido um grupo com representantes da Associação Brasileira de Fundição (ABIFA), dos sindicatos e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Confederação Nacional da Indústria – CNI, para discutir o assunto.

Análise do mercado

A indústria brasileira de fundição, sétima em produção no mundo, tem perdido a corrida para as importações de produtos acabados, devido à queda contínua do dólar. Além de perder participação externa, o crescimento do mercado interno tem sido abastecido com importações de peças fundidas.

Câmbio e tributos reforçam esse quadro. “Em muitos casos, na importação vem muito mais que uma ferramenta – uma linha de montagem inteira”, diz Gonzaga. Em curto prazo, diz ele, esta ação significa desindustrialização.

Como exemplo moldes e ferramentas asiáticas chegam ao país até 60% mais baratos do que similares brasileiros, representando mais de US$ 500 milhões por ano; uma das maiores crises da história, que impacta diretamente a indústria de fundição de alumínio, ferro e aço – fornecedora da indústria de bens de consumo e de bens de capital.

Com o real supervalorizado, o mercado interno tem importado carros e máquinas agrícolas, itens com forte concentração de peças fundidas. Do setor automotivo surgiu o alerta para a crise da indústria, que ainda se sucumbi pelos encargos trabalhistas que superam os praticados na Europa.

A produção mineira da indústria de fundição é destinada tanto para o estado como para outros importantes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo. Minas é o segundo maior pólo produtor de fundidos no Brasil, e gera 30 mil empregos diretos e 58 mil indiretos, em 398 empresas do setor, tendo 12 % de sua produção destinada à exportação.

A gama de peças fundidas é variada, sendo que autopeças representam 56% do total, seguida por peças de saneamento básico, equipamentos agrícolas, mineração, ferroviário e utensílios domésticos. Em 2010, Minas Gerais produziu 934.000 ton. de fundidos, um crescimento de 43%, superior ao igual período de 2009, mas ainda com déficit de 25,8% em relação à produção de 2008.

Fonte: Fiemg Regional Centro-Oeste

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