Em que pese até a competência de gestão do governador Antônio Anastasia, neste momento quem fala mais alto é o marketing a estrutura da campanha. Como ela é passada e consegue a sinergia com os eleitores, consegue encantá-los emocioná-los. Anastasia, do meio da campanha, pra trás, era um ilustre desconhecido do grande povão.
No embate entre os marqueteiros Paulo Vasconcelos, que fez as duas campanhas de Aécio Neves para governador e Duda Mendonça, Paulo vence Duda com uma facilidade que chega ser humilhação para quem já foi tido como um ícone da propaganda brasileira, sinônimo de sucesso.
Foi Duda quem transformou o “sapo barbudo” em um quase príncipe. Quem fez a esperança vencer o medo do desconhecido PT, foi com ele que o brasileiro deixou de ter medo de ser feliz.
E o que aconteceu com Duda? Suas idéias envelheceram? Não se reciclou? Subiu mais ainda no sapato alto, porque se há uma coisa que publicitário gosta, é andar de sapato altíssimo.
Publicitários não pesam que é Deus, eles tem certeza, não resta nenhuma dúvida da sua divindade. Eles não sabem de quase tudo, eles sabem de tudo.
O marqueteiro de Anastasia, Paulo Vasconcelos conseguiu captar o sentimento mineiro na sua essência, a mineiridade, o jeito mineiro de ser. A campanha de Anastasia fala das montanhas de Minas, tem imagens de trem, musica mineira de Milton Nascimento, de Skank, cenas mineiríssimas de fogão a lenha.
Tem refrão que rima, “Minas eu sou…Minas eu vou”. Tem emoção “Ô Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais, Ô Minas Gerais”
È o povo correndo na praça, é o povo alegre, sorrindo, dando as mãos. Assim não dá para perder eleição.
Em contrapartida, encontra-se um Hélio, com cara de lorde inglês, engessado, duro, falando robotizado, sem emoção. O seu discurso é horizontalizado, mais para correspondente internacional da TV Globo, que para candidato a governador de um estado desconfiado, matreiro e mineiro.
Duda Mendonça, não soube falar com Minas, na linguagem dos mineiros, que Dilma é da terra, faz parte do povo que mais migra para o Brasil e para o mundo, é fato. Não usou personalidades mineiras, políticos, artistas e empresários, como o vice-presidente José Alencar e outras dezenas de mineiros que votam no Hélio e na Dilma.
Hélio e Duda têm reclamado da falta de recursos financeiro. Não é bem assim, o que faltou foi criatividade.
E ainda pode piorar porque Adriano Gehres, que já trabalhou para o PT, tem um monte de imagens, que deverão ser usadas na campanha de Serra e se forem utilizadas também na de Anastasia, a “vaca vai pro brejo” de vez.
Enfim, não é Anastasia quem está ganhando, é Paulo Vasconcelos que vence o antes todo poderoso, Duda Mendonça.