Vivo e Itaucard somaram forças para agradar uma fatia expressiva de brasileiros: os usuários de telefone celular. Nesta terça-feira, em Porto Alegre (RS), as duas empresas lançaram o Vivo Itaucard, cartão de crédito que, à medida em que for usado, converterá pontos em produtos ou serviços de telefonia celular. Atualmente, o Brasil tem mais de 157 milhões de pessoas que utilizam celular. Desse total, 46 milhões são clientes da Vivo – ou seja, quase 30% do mercado. Na região Sul, a empresa é líder no Rio Grande do Sul, com 4,26 milhões de clientes e 41,3% market share. Em Santa Catarina, é vice-líder, com 1,35 milhão de usuários e 25,5% do mercado, mesma posição que ocupa no Paraná, com 1,98 milhão de clientes e 22,3% de participação no segmento.
“Não estamos entrando no setor bancário, mas usando um parceiro que tem expertise na área financeira para ofertar benefícios aos nossos clientes”, destacou Hugo Janeba, vice-presidente de Marketing e Inovação da Vivo. O Itaú Unibanco, controlador da Itaucard, tem 57 milhões de clientes. Para conquistar novos públicos, decidiu explorar novos meios. “Encontramos nessa solução uma boa opção para antecipar, e experimentar, a plataforma antes que apareça uma que seja única para todo o mercado”, explicou Carlos Zanvettor, diretor da área de cartões do Itaú Unibanco.
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O serviço permitirá que os clientes do modelo pré-pago, que hoje são 80% da carteira da Vivo, possam efetuar recargas com o cartão e ganhem vantagens – como ligações gratuitas – quando esta recarga for superior a R$ 35. Já os usuários de plano pós-pago que usarem o Vivo Itaucard para compras em geral terão o valor convertido para o programa de pontos da operadora. Assim, poderão usar estes pontos na aquisição de novos aparelhos. Ambas as empresas ainda estão verificando o número exato de clientes que têm em comum. “Essa é uma informação estratégica, mas nenhum cliente receberá automaticamente o cartão. Será necessário solicitar no site da Itaucard ou pelo call center”, afirmou Zanvettor.
As empresas estão testando uma forma de pagamento para ser feita pelo próprio celular. Ainda em etapa piloto, 60 estabelecimentos comerciais do Rio de Janeiro e São Paulo já utilizam o serviço. “Não existe, ainda, uma programação específica para ofertar o serviço para o resto do país, vamos esperar amadurecer primeiro para comprovar a solução”, explicou Zanvettor.
