Há tempos, o descaso com o Rio Itapecerica, que nasce no Morro do Calado, em Itapecerica, e corta a cidade Divinópolis por 29 km é motivo de fortes críticas. Atualmente seu curso, próximo à ponte do bairro Niterói, encontra-se quase que completamente assoreado e, por esse motivo, acontecerá uma reunião no sábado (20) com todos os interessados em encontrar uma solução para o caso.
De acordo com Íris Moreira, presidente do Partido Verde de Divinópolis, a situação foi agravada devido a um aterro realizado perto da ponte, por uma empresa do bairro Niterói. Com as chuvas do final do ano passado, o local ficou ainda mais encoberto pela areia e apenas um filete de água consegue passar.
No dia 15 de Julho, o PV de Divinópolis, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal e a Frente Popular Ambiental comemoraram a LEI 2.825 “que estabelece medidas de proteção aos recursos hídricos” com protestos que faziam uso de faixas na parte aterrada do rio, na ponte do Niterói.
Mas como o dia caiu numa segunda feira, uma nova reunião foi marcada às 10h do sábado (20), no mesmo local, para se discutir a “tristeza do Itapecerica”, na busca de ações imediatas para a despoluição do rio.
Moreira lembra que algumas ações como o desassoreamento já são previstas pela secretaria municipal do meio ambiente, mas que, no entanto, nenhuma delas adiantará caso o esgoto não for tratado.
“Depois de se decidir quem fará o tratamento do esgoto ainda se levará no mínimo um ano para fazer as obras. Depois de tudo concluído, até o rio começar a respirar são mais cinco a sete anos”, lamenta.
Outro importante fator foi lembrado por várias vezes pelo secretário de meio ambiente, Pedro Coelho: a responsabilidade para com o Itapecerica não é somente dos órgãos públicos e o descaso também não vem somente destes.
Talvez o maior problema enfrentado pela cidade seja a falta de reconhecimento do povo com seu rio e, quem sabe, campanhas que atribuam sentimentos humanos, como a tristeza, ao Itapecerica possam despertar a consciência de todos.
