A cada dia fica mais claro para mim a potência mineira na economia
Em 2022, iniciamos o ano com recorde histórico em nossas exportações. Logo em fevereiro, tivemos a notícia de que arrecadamos US$ 38,1 bi, nos consolidamos como segundo maior exportador do país. Isto em um momento de crise.
Alcançamos o melhor resultado dos últimos dez anos. Apenas em relação a 2020, o crescimento foi de 45,1%. Nas importações tivemos o aumento de 58,2% no mesmo período. Assim, obtivemos o maior crescimento em valor bruto.
Logo após essa conquista histórica, fizemos parte do lançamento do Via Liberdade, maior rota cultural e turística do país, que envolve DF, Goiás, Minas Gerais e Rio. Projeto organizado por meio de ações e programas estratégicos ao longo da BR-040.
Tive a oportunidade de presenciar a inauguração da Via Liberdade, vi de perto nosso turismo receber o incentivo que merece. A partir deste projeto temos a valorização de nossa a história, natureza, patrimônios, culinária e festas tradicionais.
A potência turística de Minas é gigantesca, antes mesmo da Via liberdade, em 2021, mais de 2 milhões de viajantes circularam pelo estado, segundo relatório do Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG). Em 2022, com mais incentivos à cultura, vejo este número se multiplicando.
Na culinária o potencial mineiro também é valorizado, na última edição do concurso internacional Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, os produtores de queijo de Minas Gerais lideraram o ranking e ao todo, Minas Gerais conquistou 40 medalhas, de 57 faturadas por produtores brasileiros.
Além do queijo, outro exemplo da culinária mineira é o doce de leite. Em Viçosa, este doce tão tradicional tornou-se patrimônio imaterial do estado. De acordo com OTMG, a cozinha mineira compõe a imagem mais marcante de Minas para quase 30% dos turistas que visitam o Estado.
Sabe o que é mais animador nestes dados? Saber que ainda podemos muito mais!
Em ranking global da premiação Travellers Review Awards 2021, Minas Gerais foi premiado entre um dos dez destinos mais acolhedores do mundo. Tenho a convicção que com investimentos em nosso turismo e nossos produtos tradicionais, estaremos com mais destaque em rankings como esse. Assim como teremos forte retorno financeiro.
Um exemplo de país que comercializa seus produtos tradicionais internacionalmente é o México, com a famosa tequila. Os mexicanos exportam 80% da produção da bebida. Em comparação, apenas 1% da nossa produção de cachaça é exportada.
Segundo a Emater-MG, existem 2,3 mil agroindústrias familiares de Queijo Minas Frescal, mais 927 de Queijo Muçarela e cerca de 400 unidades de processamento de Queijo Minas Padrão no nosso estado. As produções artesanais são de 3,3 mil. Consegue imaginar o montante que alcançaremos caso investissem nas exportações de pequenos produtores rurais?
Minas Gerais é um estado rico em cultura, história, culinária e tradição. Este potencial não pode ser desperdiçado. Nosso pão de queijo, nosso cafezinho, deveriam ser exportados para todo o mundo. Ouro preto, Capitólio, o Museu de Inhotim, Pirapora, devem ser visitados por turistas internacionais. Todos que conhecem Minas se encantam pelo nosso estado, já passou da hora de divulgarmos as Terras Gerais pelo globo.
Os políticos, empresários, e autoridades de Divinópolis parece que não tem noção do quanto a construção da Cruz de Todos os Povos irá trazer de comércio, empregos, e visibilidade pra nossa cidade, com o turismo religioso que irá fomentar. Não se trata de religião, mas principalmente de geração de renda e empregos pra Divinopolis. Se os empresários soubessem o retorno que iriam ter através do turismo, já estariam mobilizados para a conclusão desta obra, que será a salvação econômica da cidade.
Porém percebemos poucas ações efetivas para estruturar o Turismo em nossa região.
Precisamos investir e capacitar as pessoas que são a base do Turismo.
Sustentabilidade é a palavra, mas os gestores públicos não conseguem acompanhar o desenvolvimento.