As declarações de Romeu Zema sobre as manifestações ocorreram por ocasião da sua visita a Divinópolis para o lançamento do Sebraetec, que aconteceu nesta última quinta-feira (24), diante da presença de vários prefeitos, deputados e líderes de entidades de classes e empresários. O Governador quando questionado por repórteres sobre as manifestações de reivindicações por reajuste salariais, principalmente sobre o piso nacional dos professores, ele explicou que obedece estritamente a lei, que é muito clara quanto a responsabilidade fiscal: “Minas está gastando mais do que a Lei de Responsabilidade Fiscal determina, não vou cometer nenhuma ilegalidade. O Estado pode dar um reajuste geral para todas as categorias limitado ao índice da inflação do ano anterior” – Zema diz que vetará qualquer índice acima dos 10,06% enviado para a ALMG votar, e que já foi aprovado em primeiro turno.
Zema disse que está fazendo o que é certo, e que vetará “qualquer coisa”, referindo-se a um percentual maior do que foi proposto pelo projeto de lei encaminhado pelo governo a ALMG, ou seja de 10,06% de reajuste. Em consequência da oposição ao governador apresentar emenda de reajuste maior. “Sou um governador que estou fazendo o que é certo, então eu vetarei qualquer coisa que venha a onerar o Estado, além daquilo que a lei determina.
Sobre o entendimento que os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, que reforçaram de que a Lei de Responsabilidade Fiscal não se sobrepõe à Constituição Federal, que garante o piso nacional, Zema ignorou o questionamento feito, e dizendo que é preciso continuar na trajetória da sua gestão de disciplina com os gastos, para que o Estado fique enquadrado no limite prudencial.
O Governador fez uma análise do passado: “Quando assumimos o Estado a folha de pagamento consumiu 67% da receita, já caímos para 49% e é preciso cair mais um pouco para ficarmos enquadrado na LRF”
“Temos feito um esforço gigantesco para arrumar a casa desde o primeiro dia do meu governo. Eram 21 secretarias e hoje são 12. Temos equilibrado as contas e podemos dizer que já avançamos. O trem está em cima dos trilhos. Mas ainda está andando devagar, dependemos ainda de avanços no Estado. Mas estamos caminhando”
O governador entende que tudo tem a sua hora. “Colocamos a folha de pagamento, o 13º e as férias prêmios em dia. Vai ter a hora certa de acontecer, e o que eu mais quero é valorizar o servidor público. Só que tenho que obedecer a lei. Não serei irresponsável como já tivemos governantes do passado, que deu reajuste e depois não pagou. Vou fazer o que é certo”.
Zema falou se sua experiência como empresário, na rede de eletrodoméstico do mesmo nome. “Durante mais de 30 anos no setor privado nunca atrasei uma folha de pagamento, e não vou fazer isso no Estado”, finalizou.