Poema de Adélia Prado é citado na Câmara de Divinópolis em homenagem ao dia Internacional da Mulher

Publicado por: Redação

Na reunião ordinária da Câmara Municipal de Divinópolis de ontem, terça-feira (08), em menção ao Dia Internacional da Mulher, a vereadora Lohanna França (CDN) usou parte de sua fala para propor a reflexão sobre a sobrecarga de ocupações das mulheres nas mais diversas tarefas caseiras e cotidianas. A parlamentar fez um recorte da citação do presidente da Casa, Eduardo Print Junior, que citou um trecho da poesia “Mulher é desdobrável. Eu sou!”, da renomada escritora divinopolitana, Adélia Prado, usada para homenagear as mulheres da Casa Legislativa. A intenção foi destacar uma maior equidade entre as mulheres e os homens na distribuição dos afazeres.

A vereadora inicia a reflexão. “Eu quero fazer uma reflexão muito rápida e vou usar a frase da Adélia Prado. A frase da Adélia Prado e com licença poética, que inclusive o nosso Presidente Eduardo Print Jr. Usou para nos homenagear hoje. ‘- Obrigada presidente!’, diz: ‘Mulher é desdobrável. Eu sou!’. Sem de forma alguma desmerecer a homenagem ou a poesia, eu quero que a gente reflita do nosso papel desdobrável. E sobre a quem custa que nós sejamos desdobráveis?”, indagou.

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Lohanna levanta. “Porque enquanto uma mulher que é mãe, e a Ana Paula (vereadora) é uma mulher que é mãe, está sendo desdobrável, tem homens ficando em posições bem confortáveis. Para toda mulher que se desdobra. Que dorme cinco, quatro horas por noite. Que está exausta. Tem um homem de boa. E esse aqui não é um discurso de guerra dos sexos, ou um discurso de feminismo exagerado no sentido de desrespeitar os homens. Mas é um sentido que a gente tem que tomar posse das nossas obrigações.”, levantou a vereadora.

A parlamentar complementa e pontua. “Hoje todo discurso do cuidar. E para que nenhum vereador maldoso e hipócrita corte um trecho meu e depois fale que eu digo que cuidar é um fardo. O cuidar não pode estar só nas costas da mulher. O cuidar é dos dois. Se quem escolhe ter filhos, são os dois que tem obrigação de cuidar. O pai e a mãe. O cuidar da mãe idosa não pode ser só das filhas mulheres. Tem que ser dos filhos homens também. O marido tem que cuidar da mulher como a esposa cuida do marido, porque se for de um lado só, essa relação está doida. Não tem como!”, pontuou.

Na conclusão, a agente política frisa a questão da equidade na distribuição dos afazeres. “Então eu deixo aqui esse apelo. Para que a gente seja um pouco menos desdobrável. Porque aí os homens vão ter que ser um pouquinho mais. E a gente vai ficar menos exausta. Porque eu sei que para toda mulher exausta, tem um homem que está tranquilo.”, concluiu.

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