Um levantamento feito por pesquisadores do Centro Universitário UNA, em parceria com o infectologista Carlos Starling, confirmou o que muitas pesquisas já indicavam: conforme a vacinação foi se ampliando nas 853 cidades mineiras, os números de casos e mortes foram caindo nos municípios. Gráficos mostraram que, conforme os municípios alcançavam uma taxa de vacinação próxima a 40%, havia uma queda drástica na incidência e na mortalidade da doença. Mas o estudo ecológico (ou seja, que envolve grupos e não pessoas de maneira individualizada) também indica que as cidades mineiras que elegeram Jair Bolsonaro para a presidência da República apresentaram maiores índices de incidência e mortalidade para a Covid em relação aos municípios em que a maioria dos eleitores votou em Fernando Haddad, em 2018. Entre os 853 municípios mineiros, 52% tiveram votação acima de 50% para Bolsonaro (52% do total). Nelas, a taxa de vacinação foi semelhante à do outro grupo de cidades entre os dias 21 de janeiro e 10 de novembro. Porém, nesse mesmo período, a incidência foi 1,3 vezes maior do que nas cidades onde o presidente teve menor votação. Quando o recorte é sobre mortalidade, a taxa é 1,6 vezes maior nos municípios em que Bolsonaro venceu. Os resultados desse levantamento matemático foram enviados para a apreciação da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas, que realiza um congresso em abril de 2022.
Como a vacinação foi boa em todo o Estado, o grupo de pesquisadores estima que a diferença entre os dois grupos analisados esteja na adesão às medidas não farmacológicas. “Quando fazemos essa comparação, verificamos que as pessoas não deixaram de se vacinar por causa de um discurso negacionista. Mas a diferença nas taxas de mortalidade e incidência da doença nos dois grupos de cidades sugere que existe uma questão de comportamento. A hipótese é que possa ter havido uma menor adesão ao uso de máscara, ao distanciamento e ao uso de álcool 70% nas cidades onde o presidente teve melhor índice de votação”, afirma Bráulio Couto, professor de Estatística da UNA e um dos pesquisadores que assinam o estudo.
Segundo o professor, o estudo é mais um que comprova que a adesão do brasileiro à vacinação é muito boa, independentemente das escolhas políticas da população em um determinado município ou região. “Essa é mais uma evidência de que, culturalmente, o brasileiro assimila a vacinação muito facilmente. Claro que existe uma minoria resistente à vacina, mas a maioria tende a querer se vacinar”, constata.
Conforme o Vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), 90,94% da população elegível à vacinação contra a Covid (com mais de 12 anos) já tomou ao menos uma dose em território mineiro. Quase 79% desse público está completamente imunizado com a segunda dose ou dose única.
Fonte: Jornal O Tempo
É ligação de uma coisa com a outra que não tem não haver. Deveriam fiscalizar mais cada deputado e senador para fazermos do Brasil um país melhor.
é o tipo de pesquisa de quem não trabalha e quer lacrar
totalmente inútil .
Geraldo vocês não estão postando meus comentários, tá ficando chato seu blog viu!
Certíssimo, inclusive uma pesquisa feito pelo Centro Avançado Contra a Corrupção indicou, que as cidades que elegeram o petista de nove dedos, são as que têm mais corrupção!