Morte de Tarcísio Meira não mostra ineficácia, mas maior necessidade de vacinação contra covid-19, dizem especialistas

Publicado por: Redação

Nessa quinta-feira (12), o ator Tarcísio Meira teve sua morte confirmada. Vitimado pela covid-19, o astro da televisão e do novo cinema brasileiro faleceu aos 86 anos. Meira havia tomado duas doses da vacina e ainda assim morreu por conta da doença. O que isso significa? – O fato não indica que as vacinas não funcionam, mas relembra que elas não são 100% eficazes e mortes ainda podem acontecer enquanto o vírus estiver circulando. A Coronavac – imunizante aplicado em Meira – tinha uma eficácia de 49,9% em pessoas com mais de 80 anos, como Tarcísio. A idade do ator contribui para uma menor eficácia do imunizante.

“O sistema imune dos idosos é mais lento em dar sua resposta, então o pico acontece, em geral, de forma retardada em relação aos jovens. Até o idoso conseguir fazer uma resposta mais eficaz demora um pouco mais de tempo e eventualmente prejudica [a recuperação], além do próprio envelhecimento do pulmão”, explica o geriatra Natan Chehter, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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Basicamente, o sistema imune de pessoas idosas tem mais lentidão em reagir contra os vírus no geral – por isso que mais mortes por gripe e covid-19 são registradas nessa faixa etária. Mesmo com as vacinas dando um empurrãozinho na luta contra o Sars-Cov-2, elas podem não funcionar.

“No momento em que os brônquios estão inflamados, com o pulmão sob ação de um vírus, a resposta normal deste órgão encontra dificuldade para lidar com os produtos da inflamação, com o muco e as secreções. Isso faz com que o idoso possa persistir mais em sintomas e se recuperar de forma mais lenta”, afirma o geriatra.

Os números apontam que apenas 3,7% morreram de covid depois de completar a proteção contra o vírus. O número sobe para 8,8% entre os maiores de 70 anos, caso de Tarcísio Meira.  O reforço do uso de máscara e o distanciamento social são fundamentais para aumentar a proteção dos idosos que já receberam as duas doses.

Caso Tarcísio não mostra ineficácia, mas maior necessidade de vacinação

O caso de Tarcísio não pode ser utilizado como bandeira antivacina, mas deve servir para relembrar a importância de uma vacinação mais ampla para a redução da circulação do vírus.

 

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comentários

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  1. Mariana disse:

    Política partidária à parte, vacinas salvam vidas. Neste momento estamos lidando com um vírus novo, e acompanhamos a tentativa dos cientistas em encontrar a perfeição. Vacinar não quer dizer que não poderá contrair o vírus. Por isso a importância em manter os protocolos sanitários. Não, não estamos livres da Covid. E ficará no Mundo por um bom tempo. Contudo, vamos fazer nossa parte. E a Ciência, com suas mentes brilhantes fazendo a parte dela.
    Vamos incentivar a campanha de vacinação.

  2. Anônimo disse:

    Na verdade o negacionismo da vacina é outro, a midia nao aceita falar mal da eficiencia da vacina coronavac.
    O virus nao sera erradicado no mundo, como o H1N1 esta presente em nossa vida a muitos anos.
    O que precisamos é de vacinas eficientes e isso é o principal fator, nao adianta aplicar vacina de 50%, alguns vao morrer, triste realidade que temos de aceitar.

  3. Anônimo disse:

    Esquerda tem narrativa pra tudo. pqp. ta na cara q essas vacinas não funcionão. isso é o VERDADEIRO negacionismo. ainda tentam empurrar isso goela abaixo das pessoas. so falta falar que a culpa é do Bolsonaro.

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