Partido Solidariedade puxa tapete de Print Junior; e pode ficar sem nenhum pré-candidato a vereador em Divinópolis

O fundador do Solidariedade em Divinópolis, o vereador Eduardo Print Junior perdeu o comando do Solidariedade no município em consequência de uma composição política que ocorreu na direção nacional do partido, em que a polemica deputada federal Tabata Amaral indicou sua ex-assessora parlamentar Laiz Soares como presidente da Comissão Provisória de Divinópolis, com a promessa de que ela lance seu nome pré-candidata a prefeita.

Laiz, ao Divinews afirmou não ser mais assessora de Tabata e que a indicação do seu nome foi pelo trabalhou que realizou em Brasília desde que deixou Divinópolis, há mais de 13 anos. Disse ainda não ter certeza se conseguirá viabilizar o seu nome como pré-candidata pela exiguidade do tempo, já que faltam apenas alguns meses para a eleição. Porém confirmou que o Solidariedade está sim, em “suas mãos”.

O Divinews ouviu também o presidente do partido em Minas, o deputado federal Zé Silva, que confirmou o arranjo nacional com a deputada Tabata Amaral. “O partido por uma questão de estratégia quer lançar candidatura própria no maior número possíveis de municípios. Se o vereador Print Junior quiser ser candidato a prefeito, a preferência é dele. Caso contrário, apoiaremos o nome de Laiz”, afirmou.

Vários pré-candidatos a vereador, afirmaram ao Divinews que não se filiarão mais ao partido Solidariedade, já que a montagem da chapa estava sendo articulada por Print.

O vereador Print Junior avaliou a ação da nacional como uma traição, por ter sido ele o fundador da legenda na cidade. Ele foi apenas comunicado de uma decisão já tomada em Brasília para ele engolir do jeito que veio. O edil contou ainda que Laiz o procurou para falar sobre a presidência do partido em Divinópolis e a candidatura dela. Ocasião em que Print externou que já estava trabalhando a legenda ha 6 anos e que várias pré-candidaturas estavam sendo cogitadas, como as dos vereadores Rodrigo Kaboja, presidente da Câmara e César Tarzan, além Periquito Beleza, Geraldinho da Saúde, Nei Burguer e outros. Como ela não mudou sua posição, Print anuncia que deixará o partido.

Quem é Tabata Amaral, defensora da candidatura de Laiz Soares a prefeita de Divinópolis

Tabata Amaral foi eleita deputada federal em 2018, e já em 2019 votou favorável a Reforma da Previdência, contra a determinação do PDT que ameaçou expulsá-la por ela ter seguido a recomendação do Movimento Acredito do qual faz parte e é co-fundadora. Ciro Gomes que é do mesmo partido a acusou de fazer militância dupla em favor de um partido clandestino. Ao mesmo tempo em que ela declarou que  os partidos são barreiras da renovação da democracia.

Aos 25 anos e no primeiro mandato, Tabata Amaral se tornou, em 2019, um dos nomes mais relevantes na Câmara dos Deputados. Foi a responsável pelo esculacho que o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez tomou em uma audiência pública, evidenciando seu despreparo – ele seria demitido oito dias depois. Seu sucessor, Abraham Weintraub, também foi emparedado pela deputada. Registradas em vídeos, as cobranças sobre seu tema favorito – a educação – viralizaram e a lançaram ao posto de nova aposta da esquerda. Mas ela nunca foi unanimidade nesse campo político, nem mesmo dentro do próprio partido.

Outra polemica envolvendo Tabata Amaral foi quando ela cobrou o cachê de R$ 13 mil reis além das despesas de passagens e hospedagens que seriam usadas por dois de seus assessores para uma universidade particular do Maranhão, que diante da conta apresentada pela deputada, a instituição desistiu de contratá-la. Fato este relatado pela revista Crusoé, do jornalista Diogo Mainardi, ex-Veja.

Também foi assunto na mídia nacional quando Tabata contratou por R$ 23 mil reais, Daniel Alejandro Martínez, seu ex-namorado, para realizar serviço de análises estratégicas para sua campanha eleitoral, sendo que o pagamento foi feito com dinheiro do Fundo Partidário, que indiretamente é dinheiro do povo.

A polemica mais recente de Tabata Amaral é a acusação que sofre por parte de Marília Arraes por copiar projeto sobre a distribuição gratuita de absorventes em escolas e unidades de saúde. Ou seja, plagio de Projeto de Lei

O fato é que, mesmo sendo Divinopolitana, Laiz Soares, é conhecida em um pequeno gueto elitizado e intelectualizado da cidade. A decisão do partido bem próximo às eleições, e em pleno vigor da “janela partidária” vai provocar uma debandada geral dos pretensos pré-candidatos a vereador, que já estão se manifestando contrários a solene puxada de tapete no vereador Eduardo Print Junior.

Tabata Amaral e Laiz Soares, de novo não têm nada, só a aparência jovial e um discurso pré-formatado de mudança de um novo Brasil. Mas a prática mostrou a sua cara agora, na sorrateira puxada de tapete.