Ex-policial e ex-vereador acusado de cometer crime de homicídio e chefiar quadrilha é candidato a prefeito

Publicado por: Redação

Segundo matéria publicada pelo jornal paulista Estadão nesta quarta-feira (29) e reproduzida em vários outros grandes veículos de comunicação do país, um ex-policial acusado de chefiar um grupo criminoso no Rio de Janeiro será candidato a prefeito daquele estado, e disputará a eleição contra o deputado federal Marcelo Freixo, que na época foi quem o denunciou e que foi aberta uma investigação contra o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, que chegou a ser preso acusado de homicídio e ligação com milícia.

Ainda segundo o Estadão, “Surgidos sob o manto de força de segurança paralela para o combate o crime, em especial ao tráfico de drogas, em comunidades pobres da Baixada Fluminense, os grupos milicianos constituíram domínio territorial em bairros do Rio de Janeiro, controlando não só a segurança, mas também negócios como venda de gás, água, cestas básicas e imóveis”

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A matéria continua informando que Eles provêm, em comunidades carentes, transporte alternativo, sinal de TV e internet, e dão emprego. De “polícia paga”, viraram reguladores da economia local e monopolizaram serviços essenciais que deveriam ser prestados pelo Estado – sobretaxando a população. A atuação desses grupos é um dos temas que já pautam a eleição para a prefeitura do Rio.

O controle político das áreas dominadas é, ao mesmo tempo, consequência e evolução do modelo de atuação das milícias. Ele decorre dos interesses econômicos dos milicianos, da necessidade de blindagem de suas atividades ilegais contra ações do Estado e da perspectiva de aumentar seu poder.

Escolhendo candidatos próprios, financiando candidaturas aliadas, controlando o voto dos eleitores e determinando quem pode fazer campanha nas áreas dominadas, as milícias são o tipo de organização criminosa com maior capacidade de se infiltrar na máquina pública e nas esferas políticas, dada sua aparência de inimiga da criminalidade, de polícia paralela e, principalmente, por ser constituída de agentes públicos do Estado – como policiais, bombeiros, carcereiros e militares, tanto da ativa como aposentados.

O domínio territorial imposto pelas milícias e a interferência dos milicianos nas eleições podem ser enquadrados como “curral eleitoral”, abuso de poder e financiamento ilícito, infrações previstas no Código Eleitoral, que podem resultar em prisão, multa e cassação de candidatura.

Segundo números da Coalizão Eleitoral, grupo formado por autoridades estaduais e federais nas eleições de 2018, no Rio, milícias e facções comandaram 12% das áreas de votação no Estado – o terceiro maior colégio eleitoral do Brasil. Nessas áreas vive 1,7 milhão de pessoas, um número equivalente à população do Recife (PE) e maior que a população de 18 capitais brasileiras.

Ainda não existe um cálculo deste tipo para o cenário nacional. “Até não existir uma pesquisa nacional, que está para ser feita ainda, a gente não sabe em que medida o fenômeno realmente se expandiu. Temos ouvidos o termo em vários estados do Norte e Nordeste, mas, às vezes, temos elementos que levam a pensar que em alguns casos a realidade é diversa”, afirma Ignácio Cano, coordenador do Laboratório de Análise da Violência (LAV), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

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comentários

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  1. Anônimo disse:

    Em Divinópolis tem um vereador candidato a prefeito que também é ex-policial, mas ele tem a ficha limpinha, não é mesmo? Ele é gente boa, do bem nunca matou nem uma formiga, Graças a Deus, ainda bem.

  2. Anônimo disse:

    Será candidato a prefeito daquele estado?

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