O Governador de Minas Romeu Zema, do Novo, que na verdade tem os mesmos vícios dos partidos velhos, e que já está sendo chamado de ZemaTel, por sua semelhança de gestão com o ex-governador Fernando Pimentel, será alvo de um pedido de impeachment se não anunciar um acordo, até a próxima sexta-feira (15), para quitar uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, que acumulou com os municípios, durante o mês de janeiro. A informação é do presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM) e prefeito de Moema, Julvan Lacerda – Os prefeitos estão revoltados após o Governo Zema ter divulgado que teve um superávit de mais de R$ 4 bilhões nos dois primeiros meses do ano.
“Se o governo não der uma solução para isso até sexta-feira, dentro desse acordo para devolver o que ele confisco, aí nós vamos ter que dar sequência aquilo que decidimos em assembleia, ainda em janeiro, que é entrar com pedido de impeachment na ALMG, e entrar com um pedido de intervenção junto ao governo federal, Procuradoria Geral da República e Supremo Tribunal Federal, o que for preciso” disparou Julvan.
Segundo Julvan, a estimativa da entidade é que as administrações municipais deixaram de receber no governo Zema, R$ 1,046 bilhão, sendo R$ 528 milhões de ICMS e outros 514 de IPVA. A Gestão Pimentel no total, não depositou R$ 12,3 bilhões de verbas para as cidades – R$ 6,578 bilhões de ICMS.
A Justificativa do Estado para o confisco de repasses do ICMS pertencentes aos municípios era de que Minas Gerais não tinha recursos em caixa o que, segundo os prefeitos, não faria sentido se o Estado teve arrecadação maior que as despesas no período, como informou à imprensa na última terça-feira.
A ameaça dos prefeitos coincide com um momento de insatisfação dos deputados com o governador o que torna perigosa para Romeu Zema a tramitação de um pedido de impeachment.
Após a ameaça dos prefeitos, o secretário de governo de Zema, Custódio Matos (PSDB), precisou desmentir o próprio Estado. Ele disse que não há superávit como foi anunciado.
