Estadão diz que Bolsonaro é histriônico, falastrão, desastrado quebrador de louça; que fanáticos apelidaram de mito

Publicado por: Redação

Em editorial,  um dos maiores jornais paulistas, O Estadão, fala do infantil, para não dizer outros adjetivos que mais lhe condiz, comportamento de Bolsonaro, um meninão de mais de 60 anos que brinca de inadequados post nas redes sociais, com posturas que chegam a ser uma aberração para um presidente da republica (com r minusculo mesmo) – O jornal fala do “comovente esforço de comentaristas para encontrar nas destrambelhadas manifestações do presidente Jair Bolsonaro algum sentido estratégico, como se fizessem parte de um plano racional de comunicação – Desde seu grotesco discurso de posse, atulhado de arroubos e bravatas ginasianas, já devia estar claro para todos que Bolsonaro nunca se viu na obrigação de medir suas palavras e gestos, adequando-os à sua condição de chefe de Estado. Ao contrário: a julgar pelo comportamento muitas vezes grosseiro e indecoroso de Bolsonaro, o presidente provavelmente se considera acima do cargo que ocupa, dispensado dos rituais e protocolos próprios de tão alta função. Até à disseminação de pornografia pelas redes sociais ele tem se dedicado, para estupefação nacional e internacional”

Se estratégia há, é a de deixar o País apreensivo a cada novo tuíte ou discurso presidencial, pois nunca se sabe o que virá. Bolsonaro parece imaginar que foi eleito para dizer o que lhe vem à cabeça, sem se importar com os estragos – e seus assessores que se esforcem para tentar reduzir os prejuízos decorrentes de seus excessos.

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Mas há casos em que nem mesmo o mais habilidoso ministro é capaz de remendar. Como explicar, por exemplo, o discurso de ontem do presidente, durante cerimônia no Corpo de Fuzileiros Navais do Rio, quando ele disse, com todas as letras, que “democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas assim o querem”? Será necessário um grande malabarismo retórico para não considerar esse discurso como explícita manifestação de um pensamento irremediavelmente autoritário, de quem acredita que a democracia é apenas um favor dos militares aos civis. Para o presidente da República – é o que se conclui –, a democracia e a liberdade seriam meramente circunstanciais, pois dependeriam não da força e da solidez das instituições democráticas e da honestidade de convicção dos homens que ele próprio chefia, e sim dos humores dos quartéis.

Vai mal um país cujo presidente claramente não entende qual é seu papel, especialmente quando não consegue dominar os pensamentos que, talvez, lhe venham à mente. Como chefe de Estado, Bolsonaro tem a obrigação de saber que todas e cada uma de suas palavras nortearão o debate político nacional, seja no Congresso, seja nas ruas, e terão consequências também no delicado campo da economia. O presidente deve ter consciência de que não é mais candidato, condição que lhe permitia incorporar o personagem histriônico e falastrão que seus fanáticos seguidores apelidaram de “mito”. Deve entender que sua retórica truculenta e polarizadora pode ter sido muito útil para viabilizar sua candidatura presidencial, mas é péssima para agregar apoio político para um governo que começa sem base visível no Congresso.

Antagonizar foliões do carnaval nas redes sociais, como fez Bolsonaro de forma imprópria e estouvada, divulgando um vídeo pornográfico a título de “expor a verdade”, provavelmente não agregará um único voto dos tantos necessários para aprovar no Congresso os projetos de real interesse do País. Nem mesmo alguns de seus mais sinceros apoiadores aprovaram a grosseria, razão pela qual os assessores presidenciais se viram na contingência de soltar uma nota oficial para tentar explicar o inexplicável, obviamente sem sucesso.

O bom senso sugere que não se deve esperar que Bolsonaro de repente compreenda seu papel e se transforme num estadista, capaz de, em poucas palavras, guiar as expectativas do País. Diante disso, a ala adulta do governo parece ter decidido trabalhar por conta própria, tentando reparar os danos da comunicação caótica e imprudente de Bolsonaro – desde os prejuízos econômicos causados pelo despropositado antagonismo público do presidente em relação à China e aos países árabes, até a dificuldade de arregimentar apoio a uma reforma da Previdência na qual Bolsonaro parece não acreditar. Pelo que se viu até aqui, todo o esforço que alguns de seus auxiliares estão fazendo para que o presidente desastrado não quebre toda a louça será inútil. Bolsonaro está ficando cada vez mais rápido e certeiro. Em Davos, precisou de seis minutos para mostrar sua incompetência administrativa. Com os fuzileiros navais, não precisou de mais de quatro minutos para revelar sua face autoritária e sua ignorância cívica.

 

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comentários

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  1. Lucio disse:

    Basta o Bolsonaro colocar dinheiro no estadão, foice de São Paulo e globolixo, que o mito vira um deus pra eles. A teta secou, aceita que foi menos.

  2. Rinaldo disse:

    Quando se iniciou a corrida eleitoral e Bolsonaro lançou sua candidatura, pude observar facilmente as características atribuídas a ele pelo Jornal Estadão. Fácil perceber.
    Bolsonaro ganhou a eleição, tomou posse mas parece que ainda está em campanha eleitoral. Não toma postura de um Estadista, não se impõe como um Presidente. Vai para as redes sociais e despeja asneiras. Parte de seu eleitoral já percebeu isso, outra parte ainda não. Sempre que é “apertado” tenta esconder, procura desviar o foco, de duas formas, uma, dizendo que está sendo perseguido, outra, coloca a culpa no PT, no Lula, em Cuba, na Dilma, na Venezuela, no Psol, no Kit gay, etc …
    Veremos até quando ele continuará jogando para a torcida (que já diminuiu bastante) e vai começar a governar.
    Bolsonaro Blogueirinho

  3. jose silva cardoso disse:

    Bão mesmo é o sapo barbudo larápio canalha molusco da silva!

  4. Padua Fernandes disse:

    Tenho 75 anos de vida, desde crianca, aprendi com meus pais, que, um homem de bem, tem que trabalhar e estudar..comecei aos 13 anos de vida, a trabalhar, vendedor comercial, ate hoje hoje, com muito orgulho, ainda bato minha pastinha…..fui para comunicacao, 45 anos no radio….fiz de tudo…3 veses o mais premiado….agora quero chegar no ponto….a vida inteira, a impresnsa escrita, falava, televisada, desde de 1985, passou, a viver as custas, de politicos, e empresas estatais,agora com a chegada do governo bolsonaro, a teta secou….tem…mas e mais pouco….exemplo..lembra do corte do governador Nilton Cardoso, fez com o jornal estado de minas…..entao…(aceita que doi mesnos )

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