Vereador de Divinópolis, acusado de vários crimes eleitorais contesta PF e MP e diz ser inocente; denunciante reafirma acusações

Publicado por: Redação

Após a Policia Federal, acompanhada de um Promotor do Ministério Público, ter cumprido mandado de busca e apreensão no gabinete do vereador César Tarzan (PP), apreendendo todos os celulares dos seus assessores, e dele próprio, que entregou o aparelho logo depois de chegar da viagem que fez a Brasília na quinta-feira (29), o edil convocou uma entrevista coletiva realizada nesta última sexta-feira (30), no plenarinho da Câmara. Ignorando a entrevista que o Delegado Federal Benicio Cabral concedeu para a imprensa no dia anterior (quinta-28), em que disse peremptoriamente que César tentou interferir na consciência das testemunhas, entre outros ilícitos, o vereador disse estar absolutamente tranquilo em relação as acusações que seu ex-cabo eleitoral Anderson Moreira Gonçalves (Cubu) lhe fez, após o término da campanha eleitoral de 2016. Tentando comprovar sua inocência o vereador distribuiu para a imprensa um documento, que segundo ele, comprovaria a sua versão dos fatos.  Contudo o que ele apresentou à imprensa, não prova nada, pois é apenas as contra-razões que o seu advogado apresentou para o Tribunal Regional Eleitoral em virtude do recurso contra a sua diplomação, interposto pelo ex-vereador Nilmar Eustaquio de Sousa, que ao saber dos fatos que ocorreram na eleição de César que envolvia Anderson, resolveu procurá-lo e levá-lo à presença do seu advogado, Expedito Lucas, para embasar a ação que poderia cassar a diplomação de vereador de Tarzan. Ação essa que a 

Justiça julgou intempestiva, e mandou arquivá-la. Contudo, deu continuidade nas investigações dos crimes eleitorais supostamente praticados por César – O resumo da opera, é que não existe nenhuma outra ação, movida por Anderson (Cubu), contra Cesar Tarzan, que em sua entrevista coletiva ele deixou transparecer. É sim a mesma ação, só que as investigações prosseguiram no âmbito criminal, conforme determinação da Justiça Eleitoral – O Divinews, já há alguns dias, teve acesso ao processo completo e aguardava o desfecho. Na manhã deste sábado (01/07) em contato com Anderson (Cubu), ele reafirmou suas denúncias, e foi além, dizendo inclusive que neste momento está sob medida protetiva, em que os assessores e muito menos o vereador podem chegar a menos de 200 metros de Anderson ou qualquer outra testemunha arrolada no caso – Um ato falho do vereador César Tarzan durante a entrevista, foi dizer que ele não sabia quem era o seu suplente, todos sabem que é Nilmar Eustáquio, o seu primeiro suplente,  também do PP, já o segundo é o vereador Periquito Beleza do Solidariedade. 

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Logo abaixo está a primeira folha do documento que o vereador, após a entrevista coletiva distribuiu para a imprensa como se fosse, a sua absolvição do processo. O fato é que, é apenas uma peça de defesa de seu advogado, Alican Albernaz, remetida ao TRE-MG, com data de 27 de janeiro de 2017. Como o Divinews já relatou em outra matéria, são contrarrazões à peça do advogado do vereador Nilmar Eustáquio, Expedido Lucas. Em que inicialmente é pedida a litigância de má fé de Anderson Moreira Gonçalves, negada pela Justiça; Defende a prestação de contas do vereador César Tarzan, falando das transferências bancárias de terceiros para a conta de campanha do edil; Acusa que o rascunho que supostamente teria sido feito por Cesar Tarzan em uma conversa com Anderson em que ele fala dos salários dos assessores, e também do “RACHILDE” (divisão do salário dos assessores com o vereador) entre a equipe, seria falso (veja imagem 2); Fala também da suposta compra de votos com cestas básicas, e finalmente da boca de urna.

O Divinews em entrevista com Anderson (Cubu), através do WhatsApp, perguntou se ele sabia o que estava acontecendo, e obteve dele o seguinte texto: “Sei o que vi na TV , mas já esperava né, fico triste com isso , quando entrei com ele na campanha foi achando que ele era uma boa pessoa que agente iria trabalhar com a honestidade e transferência e ele fez tudo errado então sai fora por não concordar com o jeito de política que ele está fazendo, infelizmente viu, porque podia ser diferente, quando começamos foi com muita dificuldade mas ele levou as coisas para o lado errado, por várias vezes eu disse a ele olha o que está acontecendo em Brasília Eduardo cunha foi preso ele nem ligava falava que eu era bobo e que política era assim mesmo”.

A seguir, o Divinews o questionou dizendo que tanto o vereador quanto os assessores disseram que ele (Cubu) estava mentindo. Ele respondeu: “É polícia federal e o MP faz o trabalho deles né, com certeza teve uma investigação e eles chegaram à conclusão de quem estava mentindo, agente sabe que graças a Deus não funciona assim a pessoa faz uma denúncia tem uma investigação para eles saber se tem fundamento”.

E continuou reafirmando que disse a verdade: “Eu só disse a verdade ainda podendo me complicar por eu estar na campanha, e acredito que tudo que eu disse e os documentos que eu apresentei foi analisado, foi ouvido no MP e na federal muitas pessoas que não estava na campanha, testemunhas, pessoas que foram chantageadas, pessoas que receberam alguma coisa em troca dos votos e o MP e a Federal estão fazendo o trabalho deles”

O Divinews pergunta se ele não quer gravar uma entrevista em vídeo, Anderson responde que vai perguntar para o seu advogado, e volta falar sobre a ação: “Eu nunca entrei com processo contra ele quem entrou fui o Nilmar, eu sou a testemunha no processo do Nilmar e esta investigação é continuidade do processo do Nilmar que não foi aceita o pedido de cassação do diploma por o Expedito ter entrado com o prazo vencido, mas o juiz de Belo Horizonte mandou o processo para DIVINÓPOLIS para continuar a investigação dos crimes eleitorais, Tarzan não ganhou o processo e ele não foi arquivado. Se vc puder mencionar isto na sua página já vai desmascarar as mentiras dele”

Imagem 2 – O rascunho, supostamente com a letra do vereador César Tarzan em que ele faz um delineamento como seriam os salários no gabinete. Qual valor o assessor ficaria com ele como salário real, e quanto repassaria para o vereador. A defesa de Tarzan defende na ação,  que é uma montagem (veja outra matéria sobre o caso)

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