O ilustre torcedor e conselheiro celeste foi agraciado também com o troféu Raposão de Ouro. Ambas as homenagens foram entregues pela primeira vez. Além de inaugurar o rol de figuras ilustres que o Cruzeiro homenageará anualmente, o Governador foi surpreendido com o batismo do reformado plenário da Sede Social, que a partir de agora chama-se Plenário Conselheiro Aécio Neves da Cunha.
O evento começou com a execução do Hino Nacional Brasileiro, seguido da exibição de um vídeo que contou a história do Clube e a relação dele com o homenageado, cujo pai, Aécio Cunha, foi conselheiro e vice-presidente. Em seguida, o Hino do Cruzeiro foi cantado por todos os presentes, entre autoridades, dirigentes, conselheiros e convidados.
Aécio Neves recebeu das mãos do presidente celeste, Alvimar de Oliveira Costa, e do presidente do Conselho Deliberativo, Cesário Almada, a comenda, acompanhada de diploma, e o Raposão de Ouro.
O vice-presidente de futebol, Zezé Perrella, foi o primeiro a discursar. Ele falou sobre a unanimidade em torno do nome do Governador para o plenário da sede social e da forma com que ele foi aplaudido recentemente, no jogo entre Brasil e Argentina, no Mineirão.
"Sua condição de cruzeirense enche de orgulho toda china azul espalhada por este País. Você acabou se transformando em nosso torcedor símbolo. Por tudo isto, são justíssimas estas homenagens", afirmou o dirigente cruzeirense.
Em seguida, foi a vez de Alvimar de Oliveira Costa chamar a palavra. "Nosso primeiro Grande Benemérito é um líder nato, respeitado por todo o Brasil, é mais que um simples torcedor. A comenda é um agradecimento pelos relevantes serviços ao esporte de Minas Gerais e em especial ao Cruzeiro", destacou.
Cesário Almada falou em nome do Conselho Deliberativo e destacou a vocação política do Governador, dom herdado do pai, Aécio Cunha, e do avô materno, o ex-presidente Tancredo Neves.
A cerimônia foi encerrada pelo discurso de Aécio Neves, que abriu mão do discurso preparado por sua assessoria para falar de improviso. E não faltou emoção nas palavras do Governador, que relembrou o garoto que cresceu na Sede Social do Barro Preto.
"Eu governo Minas Gerais há cinco anos e meio. Recebi inúmeras homenagens e condecorações, mas nenhuma se iguala a esta. O que me chama a atenção é que aqui não está sendo homenageado o conselheiro do Clube ou o governador, mas sim o torcedor Aécio, que deu aqui os primeiros chutes na bola", disse.
"O Clube que eu freqüentei na minha infância não nenhum dos mais conhecidos clubes de lazer, foi o Barro Preto do Cruzeiro. Foi na escolinha do Lincoln que aprendi ‘mais ou menos’ a jogar bola, no gramado que tinha exatamente onde estamos hoje", prosseguiu.
Em seguida, Aécio relembrou a trajetória como torcedor do Cruzeiro que assistia aos jogos nas cadeiras cativas do Mineirão, com o pai e o avô e listou momentos que acompanhou de perto: a derrota para o Vasco na final do Brasileiro de 1976 e as conquistas da Copa libertadores de 1976, do bi da Supercopa em 1991 e 1992 e da Tríplice Coroa em 2003.
"É fácil fazer essa contabilidade, porque os momentos de alegria são infinitamente maiores que os de decepção. O que alguns dos nossos adversários não podem dizer", disse.
Aécio finalizou o discurso de maneira emocionada. "O Raposão de Ouro não ficará no Gabinete do Governador, mas sim no coração do torcedor. Onde quer que eu esteja, antes de qualquer coisa haverá uma alma cruzeirense", concluiu.
A cerimônia foi prestigiada por convidados como Samuel Rosa e Henrique Portugal, membros da banda Skank, e autoridades que compuseram a mesa. Foram eles o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), Orlando Adão de Carvalho, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), Paulo Roberto Cifuentes, o presidente estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Raimundo Cândido Júnior, o vice-presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Luciano Fagundes e o vereador de Belo Horizonte Alberto Rodrigues.
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