A posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice, Geraldo Alckmin acontecem no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Itamaraty – A cerimônia começa às 14h20, com a ida de Lula e Alckmin à Catedral Metropolitana de Brasília, e vai até 18h, com um jantar no Palácio do Itamaraty – O evento que está sendo organizado pela equipe do novo governo e tem shows com 60 cantores e bandas, além do tradicional rito de posse, com a participação do presidente eleito e do vice.
São esperadas centenas de milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios.
Veja abaixo detalhes sobre:
- os shows da posse
- o trajeto de Lula e Alckmin
- a polêmica sobre o Rolls-Royce
- discussão sobre a passagem da faixa presidencial
- os chefes de Estado que confirmaram presença
Uma das novidades da posse de 2023 será a realização de um festival de música, no gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que terá início já na manhã de domingo.
Chamado de “Lulapalooza” nas redes sociais, o Festival do Futuro terá os seguintes horários
- 10h: início das atividades culturais
- Às 13h: pausa para a cerimônia protocolar
- 15h50: show com Juliano Maderada, do hit “Tá na hora do Jair já ir embora”
- 18h30: retomada das atividades culturais
- 3h30: previsão de encerramento
O festival também será transmitido pela internet. Os canais ainda não foram divulgados.
Até esta quarta-feira, mais de 60 artistas estavam confirmados. Entre os destaques:
- BaianaSystem
- Chico Cesar
- Duda Beat
- Ellen Oléria
- Fernanda Takai
- Fernanda Abreu
- Gaby Amarantos
- Geraldo Azevedo
- Johnny Hooker
- Luedji Luna
- Marcelo Jeneci
- Margareth Menezes (futura ministra da Cultura)
- Maria Rita
- Martinho da Vila
- Pablo Vittar
- Teresa Cristina
- Valesca Popozuda
- Zélia Duncan
Segundo a equipe do presidente eleito, ainda há previsão de participação de Lula no local destinado ao evento, o que seria uma quebra de protocolo. O horário, no entanto, ainda não informado.
A entrada no festival é gratuita e não haverá necessidade de retirada antecipada de ingressos.
Junto ao festival, uma feira gastronômica vai atender o público das 9h às 2h.
Além disso, telões serão instalados na área do evento para que o público possa acompanhar as cerimônias protocolares, como o ato que oficializa a posse, no Congresso Nacional, o pronunciamento e a transmissão da faixa presidencial.
Trajeto de Lula e Alckmin
A sessão solene destinada a dar posse ao presidente e ao vice-presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, acontecerá no plenário da Câmara dos Deputados, a partir das 15h.
Antes, haverá um cortejo pela Esplanada dos Ministérios. Ele começará próximo à Catedral Metropolitana de Brasília, com desfile dos eleitos até o Congresso Nacional, sede da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Após a posse, já na Praça dos Três Poderes, no Palácio do Planalto, o presidente eleito deverá receber a faixa presidencial e fazer um pronunciamento. E, por fim, haverá recepção de chefes de Estado e representantes de vários países no Palácio do Itamaraty.
Veja os horários:
- 14h20 às 14h30 – O presidente e o vice-presidente eleito chegarão à Catedral Metropolitana de Brasília
- 14h30 – O cortejo presidencial desfilará pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. O trajeto tem 1,4 km
- 14h40 – Chegada de Lula e Alckmin ao Congresso Nacional. Eles estarão acompanhados das respectivas primeiras-damas, Janja da Silva e Lu Alckmin
- 15h – Sessão solene de posse (expectativa é que dure entre 40 e 50 minutos)
A sessão solene será comandada pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Estarão na Mesa, além de Pacheco, Lula e Alckmin, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o primeiro-secretário do Congresso, Luciano Bivar (União-PE), a presidente do STF, Rosa Weber, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.
O desfile em carro aberto a bordo do famoso Rolls-Royce pode não ocorrer em 2023. Isso porque a equipe responsável pela posse presidencial analisa a possibilidade de Lula usar um veículo blindado por causa dos recentes atos de violência de bolsonaristas em Brasília.
Além disso, a futura primeira-dama Janja da Silva, disse no início deste mês que o tradicional veículo teria sido “danificado” pela gestão de Jair Bolsonaro. Janja, no entanto, não deu detalhes sobre o dano.
De modelo Silver Wraith, o Rolls-Royce foi fabricado em 1952, na Inglaterra, e transportado por navio de Londres para o Rio de Janeiro, então capital brasileira, em 1953. Desde então, pertence à Presidência da República e já conduziu todos os presidentes do Brasil, em diferentes ocasiões.
A passagem de faixa é uma tradição que já tem mais de 100 anos. Nas cores verde e amarelo, com detalhes em ouro 18 quilates e com 21 brilhantes, a faixa aparece nas fotos oficiais dos presidentes e simboliza a transferência de poder nas cerimônias de posse.
Mas, como o Brasil tem uma história política marcada por golpes, renúncias e impeachments, nem sempre o novo presidente recebeu a faixa do seu antecessor. E isso deve ocorrer novamente em 2023.
O presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que não deve entregar a faixa ao petista. Na cerimônia de diplomação, que aconteceu em dezembro, Bolsonaro não esteve presente.
Livro Histórico de Posse Presidencial
As assinaturas do termo de posse devem estrear o terceiro volume do Livro Histórico de Posse Presidencial. Os livros guardam os termos de posse desde o início da República.
O primeiro foi assinado em 1891 pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O segundo, aberto para a assinatura de Café Filho, em 1954, registrou, em 2003 e 2007, as assinaturas de Lula e seu vice José Alencar.
O termo de posse é o registro formal de que o candidato eleito, de fato, assume a Presidência da República. Atualmente, os livros estão guardados no Arquivo do Senado Federal, e podem ser acessados on-line.
Esses livros são manuseados apenas nos períodos de posse: de quatro em quatro anos. Todo o acervo histórico é guardado sob monitoramento constante de temperatura e umidade. Há controle biométrico para acesso às salas dos acervos e câmeras de monitoramento.
No dia da posse, o livro é retirado do arquivo no momento da Sessão Solene e levado aos cuidados da Secretaria Legislativa do Congresso Nacional (SLCN), que é a responsável pela produção, elaboração e coleta das assinaturas do novo termo. Além do registro no livro histórico, a secretaria produz outros seis termos avulsos.
Todos os presidentes e vices devem assinar o livro dos Termos de Posse Presidencial.