Vereador Ademir, da Câmara de Divinópolis nega ameaça de morte (vídeo), mas confirma ter medo; a prefeitura comprou de empresas já denunciadas à justiça e com empresários presos

Publicado por: Redação

No última sexta-feira (29) diante dos graves rumores que surgiram no meio político, de que o vereador Ademir Silva, autor do pedido de CPI para investigar as compras da Secretaria de Educação realizadas com fortes indícios de superfaturamento, feitas às presas em dezembro de 2021, com o objetivo de cumprir os  25% que a Constituição Federal determina que tal percentual deve  ser investido na educação, que diante da exiguidade do tempo acabou por aderir atas de preços outros municípios que estavam superfaturadas, teria ele sido ameaçado de morte. O Divinews então foi até sua propriedade rural na comunidade de perobas para ouvir o que de fato estava aconteceu – Ademir negou que em entrevista à outro veiculo de comunicação tivesse dito que sofreu ameaça de morte. Segundo sua fala ao Divinews, ele disse que teme por sua vida, pois as empresas que venderam para a prefeitura com preços acima do mercado são viciadas em realizar tais tipos de transações e que estão sendo investigas pelo Ministério Público e já com processos judiciais em andamento. “Os empresários são peixes graúdos. Por isso eu temo pela minha vida”

O presidente da Câmara assinou uma portaria nomeado quatro vereadores, o denunciante, Ademir Silva (MDB), Josafá Anderson (Cidadania), Hilton de Aguiar (PDB) para integrarem a Comissão Parlamente de Inquérito (CPI) para investigar os indícios de irregularidades na aquisição de imóveis para educação.

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Ocorre que o vereador Edsom Sousa (CIDADANIA), e líder do prefeito na Câmara, conforme relato do presidente do Legislativo, Print Junior, também pediu para participar da CPI, e dessa forma foi nomeado, à pedido do próprio e não por escolha espontânea do presidente.

Como, pelo Regimento Interno, o vereador Edsom Sousa, como o mais velho, tem a prerrogativa de ele dar andamento nos trabalhos, ou seja, promover a eleição em que são definidos os cargos na CPI, como presidente, relator e membro/s.

Ocorre que, Edsom Sousa(Cidadania) questionou a proporcionalidade dos partidos da Câmara que compõe a CPI, e logo solicitou ao presidente, que retirasse da CPI o vereador Josafá Anderson (Cidadania) que pertence ao mesmo partido dele. E nomeasse outros integrantes, como ocorreu, com a nomeação da vereadora Lohanna França, que é do PV e do vereador Flávio Marra, do Patriota. O líder do Governo insiste que Hilton de Aguiar também seja retirado, pois é do MDB, o mesmo partido do denunciante, Ademir Silva. E que enquanto isso não for feito ela não vai instaurar a CPI.

Ademir em seu sítio ao Divinews, explicou que a declaração que ele deu sobre correr risco de vida não existe: “Eu não disse que fui ameaçado de forma alma. Mas devido a gravidade encontrada, nesta pré-investigação. A gente acha que pode correr risco de vida, por que várias empresas que estão vendendo para a Prefeitura estão sendo investigadas em diversas operações, como exemplo a “CALVÁRIO” e a “BOLA FORA”, essa no Rio de Janeiro. Existem empresas que estão sendo investigadas no Brasil inteiro e venderam para Divinópolis”

Ademir foi além com a sua preocupação; “Ficamos preocupados com isso, por que são grandes empresas e os donos estão sendo presos. Estou mexendo com peixe grande”

O vereador questionou também o motivo pelo qual a secretária de Educação, Andreia Dimas, assinou os contratos com tais empresas, antes mesmo dos pareceres da procuradoria-geral da Prefeitura. Por que ela fez isso? Será que ela é perita em direito?”

Por tal razão avalia que tem fortes indícios de irregularidades nesta compra para educação, no apagar das luzes de 2021. “Os gastos era feito mês a mês, janeiro, R$ 6 milhões; fevereiro R$ 5, os meses subsequentes, R$ 7, 8, 9. Chega em dezembro torram R$ 30 milhões.

Ainda de acordo com Ademir, os procuradores da Câmara, Bruno Gontijo e Carolyne avaliam sim, ter pelo menos indícios de irregularidades e por isso, tecnicamente o pedido de CPI foi aceito.

O parlamentar falou também sobre o leilão de moveis escolares, que logo após a aquisição foi feito. “Os próprios servidores das unidades escolares denunciaram que estava dispensando moveis novos, sem necessidade. Mas por motivos óbvios não querem se identificar. É claro que existem sucatas, mas existem novos também”, afirmou o edil. Que citou o exemplo de mobiliário que tem o preço de R$ 120 reais e no leilão estava com lance inícios de R$ 2,45, entre outros absurdos.

“Na campanha eles disseram que iam valorizar o dinheiro públicos, mas não é isso que está acontecendo. Está sendo igual. Não tem nada de diferente das administrações anteriores”, lamentou Ademir.

Tropa de choque

Questionado pelo Divinews se ele entendia existir uma tropa de choque do prefeito que tem por objetivo “melar” a CPI. Ademir respondeu: “Não tenho informações sobre isso. Estou esperando que o vereador Edsom Sousa não faça isso comigo. Espero que ele como mais idoso instaure a CPI. Ressalto que ele não faça isso, com pena de Divinópolis sair perdendo – Você conhece o ditado “Quem não deve não teme, o prefeito deveria ser o primeiro a falar que tem que investigar para provar que está certo – Não acredito que tem uma tropa de choque para barrar nossa CPI, por que o vereador Edsom Souza, é o líder do Governo, ele é rodado em vários mandatos, já participou de várias CPI, tem assinado em cartório que é favorável a investigar toda e qualquer CPI. E ele foi um dos vereadores que assinou para abrir a CPI”.

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comentários

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  1. Paulo disse:

    Quem não quer,ou quer atrapalhar essa CPI, não é porque tem algo a esconder?

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