Raridade: Divinópolis pode ter descoberto uma pessoa com sangue Rh nulo, ou popularmente conhecido como ‘sangue dourado’

Publicado por: Redação

O Divinews recebeu a informação nesta última terça-feira (15), que teria sido identificado na última sexta-feira (11) em Divinópolis, no Hospital Santa Lúcia uma pessoa com o sangue Rh nulo, que é popularmente conhecido como ‘sangue dourado’, tido como uma raridade, pois estima-se que apenas uma em cada 6 milhões de pessoas faz parte desse seleto grupo sanguíneo – O sangue dourado é a ausência total de antígenos Rh nos glóbulos vermelhos do sangue – E em todo o mundo só existem 46 pessoas que possuem esse tipo de sangue. Contudo, o Divinews em contato com a direção do hospital obteve a informação, como é praxe neste tipo de descoberta, é que eles não confirmam a informação, e ainda que os exames da unidade hospitalar são realizados pela empresa terceirizada, Prontolab, que por sua vez por questão de ética médica não pode falar a respeito.

Segundo publicação no Viva Bem, do site da UOL,  o “Sangue dourado” soa elegante, mas quem tem esse tipo sanguíneo corre mais riscos que a maioria da população em situações de vida ou morte. O RH nulo, também chamado de sangue dourado, é o tipo sanguíneo mais raro do mundo.

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Para entender do que se trata é preciso analisar a classificação dos grupos sanguíneos. Os glóbulos vermelhos que formam o sangue estão cobertos de proteínas chamadas de antígenos. O sangue tipo A tem antígenos A, o sangue B tem antígenos B, o sangue AB tem antígenos de ambos e o tipo O, nenhum dos dois. Os glóbulos vermelhos também têm outro tipo de antígeno, o chamado RhD, que é parte de uma família formada por 61 antígenos tipo Rh.

Quando o sangue tem RhD, é de tipo positivo. Quando não tem, é tipo negativo. É assim que se formam os tipos de sangue mais comuns: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+, O-

O tipo de sangue é vital no momento de uma transfusão

Se uma pessoa é do grupo negativo e recebe sangue de um doador positivo, seus anticorpos vão reagir ao detectar células incompatíveis com seu sangue, o que pode ser fatal

Com base nessa mesma lógica os portadores de sangue O- são considerados os doadores universais. Como seus glóbulos vermelhos não têm antígenos A, B, nem RhD, o sangue pode mesclar-se com outro tipo sem ser rechaçado como agente estranho.

Tesouro perigoso

Entre todas as possíveis combinações, o sangue Rh nulo é o mais raro. Um tipo de sangue é Rh nulo quando seus glóbulos vermelhos não têm nenhum tipo de antígeno Rh.

Segundo a explicação de Penny Bailey no Mosaic, um portal de investigação biomédica, este tipo de sangue foi detectado pela primeira vez em 1961 em uma mulher australiana. Desde então, só foram registrados 43 casos de pessoas com Rh nulo no mundo todo

Esse tipo de sangue é adquirido de maneira hereditária, segundo explicou à BBC Mundo Natalia Villarroya, médica especialista em hematologia da Universidade Nacional da Colômbia.

“Pai e mãe devem ser portadores dessa mutação”, afirma.

O sangue Rh nulo pode ser um “tesouro” ou um risco, dependendo do ponto de vista. Por um lado, pode ser doado a qualquer pessoa com os tipos sanguíneos tradicionais dentro do sistema Rh e Rh negativo.

Portanto, em tese, o “sangue dourado” tem alta capacidade de salvar vidas

No entanto, ele é extremamente difícil de conseguir. “É por isso que recebeu o apelido de sangue dourado”, explica o médico Thierry Peyrad, diretor do Laboratório Nacional de Referência em Imunohematologia de Paris, citado no artigo de Bailey.

Trata-se de um tipo sanguíneo tão precioso e raro que, ainda que os bancos de sangue sejam anônimos, houve casos de cientistas que conseguiram rastrear os doadores para pedir amostras para investigações científicas.

Riscos

E o portador deste tipo raro de sangue paga um preço caro. Segundo o Centro de Informação de Doenças Raras dos Estados Unidos, quem tem sangue Rh nulo pode padecer de anemia leve.

Além disso, no caso de precisarem de transfusão, só poderiam receber Rh nulo- algo extremamente complicado, não apenas pela pouca quantidade de pessoas com esse tipo sanguíneo, mas também pelas dificuldades de transporte do sangue de um país a outro.

Atualmente, as pessoas que tem “sangue dourado” vivem em diferentes países, alguns distantes entre si, como Colômbia, Brasil, Japão, Irlanda e Estados Unidos.

Os portadores de Rh nulo, portanto, costumam tirar sangue para guardar de reserva caso tenham que doar a si mesmos no futuro. Também são encorajados a disponibilizar quantidades para servirem de reservas às outras poucas pessoas que compartilham dessa condição, caso venham a necessitar de transfusões.

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