Em declaração ao Divinews por telefone celular, o Promotor de Justiça e Coordenador Regional das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente da Bacia do Alto São Francisco, Mauro da Fonseca Ellovitch, explicou que o objetivo da reunião foi para tratar da poluição do Rio Itapecerica, tão prejudicado pelo esgoto que nele é jogado.
Segundo o promotor, o município apresentou estudos técnicos, realizados por uma empresa especializada em tratamento de esgoto e o poder Executivo, na pessoa do prefeito, se comprometeu em agilizar todos os procedimentos necessários.
Foram muitos discursos de cunho políticos, uns de ataques e outros de defesas, entre a oposição e o governo. Contudo, o promotor afirmou ao Divinews categoricamente que O MP não está interessado nas questões políticas, “chega desta coisa de um transferir a responsabilidade para o outro, tem que ser resolvido”, disse o Promotor.
O Divinews perguntou ao promotor se era verdade que ele teria passado um “sabão” nos políticos presentes na reunião, que por questões menores deixou chegar a este ponto. Ele riu, e disse que as rivalidades pontuais precisam ser superadas para que o objetivo maior seja alcançado.
Ellovitch disse ainda que o Ministério Público está enviando um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, com prazos definidos para que o Município tenha o esgoto 100% em cinco ou seis anos. Este prazo terá que ser acertado entre as partes.
Divinópolis poderia estar bastante adiantado na questão do tratamento do esgoto e o Rio Itapecerica sofrendo menos poluição, não fosse a oposição feroz de quatro vereadores, entre eles o agora prefeito Vladimir Azevedo.
O vereador Milton Donizete, explicou que votou autorizando ao então prefeito, Demetrius Arantes, a fazer um convênio para tratamento do esgoto de até 70% sobre a água que a pessoa pagasse e ainda teria uma taxa social que abrangeria uma grande parte da população.
A autorização, explicou o vereador Milton Donizete, que na época da votação e aprovação da Lei era o presidente da Câmara, “seria para o tratamento do esgoto, que necessariamente poderia não ser a Copasa. Mas, por motivos políticos denegriram demais a minha imagem como presidente, me causando sérios prejuízos políticos”, afirmou.
Continuou: “Eles, (Vladimir Azevedo, Anderson Saleme, Adair Otaviano e Aristides Salgado) entraram na justiça pedindo a anulação da aprovação da Lei, que ficou sob judice” – “Vladimir depois que foi eleito prefeito, retirou a sua assinatura do pedido”
O vereador Edson Sousa, explicou ao Divinews que mesmo depois do parecer número 196/2007 da Comissão de Justiça, Legislação e Redação favorável à Emenda CM-033/2007 modificativa, de autoria dos vereadores, Vladimir, Anderson, Adair e Aristides e sua conseqüente aprovação em plenário, eles entraram na justiça, solicitando a anulação da aprovação. Em uma ação meramente política para “barrar a Lei.”
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