Moda brasileira precisa ampliar mercados e agregar valor para exportar mais, diz Apex

Publicado por: suporte

As expectativas da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) são positivas com relação ao crescimento das exportações da cadeia produtiva da moda brasileira este ano, disse o diretor de Negócios da entidade, Maurício Borges.

A Apex Brasil inaugurou na bolsa de negócios da moda Fashion Business, na Marina da Glória, a exposição interativa e multimídia Brasil Fashion. A mostra foi construída com base nos cinco pilares que serão foco da atuação da agência nos próximos anos e de sete entidades setoriais da moda, visando à consolidação da imagem da moda nacional no exterior. Os cinco pilares são sustentabilidade, tecnologia, diversidade da matéria-prima, estilo de vida e negócios.
 
Os investimentos da Apex Brasil e das entidades setoriais para a exportação da moda brasileira somam R$ 233 milhões entre os anos de 2006 a 2009. Maurício Borges salientou que a perspectiva é positiva, apesar da crise cambial. “Apesar do dólar estar no patamar atual, a gente está procurando diversificar as exportações para vários mercados”.
 
A Apex procura também estimular a agregação de valor aos produtos exportados. “Você vai procurar sempre agregar valor, se diferenciar por meio de um design criativo, além de diversificar mercados. Essa é a expectativa da gente: criar mais condições para que os produtores de calçados, cosméticos, confecções e jóias possam se beneficiar disso”.
 
Ele alertou que não adianta ficar reclamando do câmbio porque “os outros países vão aproveitar essa oportunidade. Porque a desvalorização [do dólar] não é só no Brasil, não. O dólar desvalorizou no mercado mundial”. Segundo Borges, a saída é buscar novas alternativas e soluções e ser criativo, usando o momento de crise para aumentar a exposição do país.
 
No ano passado, as exportações da cadeia da moda, envolvendo 1.913 empresas, atingiram US$ 2 bilhões, já como resultado das ações empreendidas em conjunto pela Apex Brasil e as entidades setoriais, salientou Borges. O importante, entretanto, frisou, não é o valor. “Para nós, [o importante] é mostrar que eu sou diferente, que eu sou criativo, que eu tenho design. Nós somos essa complexidade, no sentido positivo, no sentido criativo. E nós temos que aproveitar isso”.
 
A meta, afirmou o diretor da agência, é aumentar a participação brasileira no mercado mundial em termos de volume, qualidade e valor agregado, a partir da identificação de novos nichos de mercado e da ampliação dos mercados antigos, com produtos específicos. A Apex Brasil está identificando novos mercados para a moda brasileira com potencial acima da média mundial, que não são os destinos tradicionais. “Por que não exportar para o Irã, Polônia, Chile, Rússia, Singapura, Japão?”, indagou.
 
Citou como exemplo o caso do setor de gemas e jóias, que, após a realização de um evento da Apex na Rússia, começou a exportar para aquele país. “E hoje dez ou 13 empresas que participaram do evento são os maiores exportadores para a Rússia já há cerca de três anos”, revelou. O estilo e o design brasileiros cativaram os compradores russos, explicou.
 
Nesta edição do Fashion Business, a Apex está trazendo ao Brasil 31 jornalistas especializados e 32 compradores de diversos países.

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