O Brasil registrou, entre quinta-feira (07) e ontem, sexta-feira (08), 615 óbitos causados pela covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com os registros, o País supera a marca de 600 mil óbitos por covid-19 e acumula 600.425 vidas perdidas para a doença. O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, relatou ainda 18.172 novos casos de covid-19 em 24 horas, com um total de 21.550.730 registros desde o início da pandemia.
As 600 mil mortes é como se toda a população do estado de Roraima morresse em um ano e meio. Muitas destas mortes seriam evitáveis, não fosse a desastrosa condução do governo de Jair Bolsonaro ante a maior crise sanitária da história do país. O epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal, resumiu, em seu Twitter, o que representa a marca trágica alcançada pelo país: “600 mil pessoas morreram de covid-19 no Brasil. Destas, 480 mil estariam vivas se tivéssemos mortalidade igual à média mundial (…) Definitivamente, não era uma gripezinha.”
O acadêmico defende que o persistente negacionismo de Bolsonaro tem relação direta com o fato de o Brasil ser o segundo do mundo em total de óbitos causados pela covid oficialmente registrados. O país está atrás apenas dos Estados Unidos, que tem população 50% maior e soma 708 mil mortos. Hallal chegou a sofrer censura ao apresentar um estudo sobre o tema ao Ministério da Saúde.