ESTARRECEDOR: Por orientação de Bolsonaro, Ministro da Saúde deixou pacientes morrerem sem oxigênio, para usar Manaus como teste de imunidade de rebanho, acusa ex-esposa de Pazuello (vídeo)

Publicado por: Redação

Andrea Barbosa, ex-esposa do general Eduardo Pazuello, que foi Ministro da Saúde do governo Bolsonaro, participou de uma entrevista ao canal My News, no YouTube e fez revelações estarrecedoras sobre as decisões tomadas pelo governo durante o auge da pandemia. Ela disse que Pazuello, e Bolsonaro, não se importavam com o número de mortes e usaram Manaus como “laboratório de imunidade de rebanho”, para testar os efeitos da contaminação, ainda que isso custasse a vida de muitas pessoas.

A ex-esposa do ministro de Bolsonaro contou que estava em Manaus quando a onda de casos atingiu a cidade e milhares de pessoas morreram sem atendimento e por falta de oxigênio. Ela se emocionou ao lembrar das imagens que viu, de corpos amontoados em valas comuns e pessoas mortas em casa, esperando por dias até que o IML conseguisse retirar os corpos. Enquanto isso, segundo Andrea, o Ministro da Saúde promovia festas regadas a whisky e dizia que só estava preocupado em “comprar sacos pretos”. Andrea disse que ligou para o marido durante uma das festas. “Uma pessoa que estava lá fotografou e me mandou. Estava rolando uísque a solto aqui. A equipe do ministério estava regada a uísque”

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Andrea é dentista e diz que se aprofundou em artigos científicos para entender o comportamento do vírus da Covid, bem como os possíveis tratamentos. Por outro lado, ela diz que Pazuello, escolhido por Bolsonaro para comandar o Ministério da Saúde em um dos momentos mais delicados da pandemia, não tinham nenhum conhecimento científico. “O Eduardo não sabe o que é um vírus. Ele não sabia o que era SUS. O Ministério era militarizado, cheio de pessoas incompetentes e ele só aceitou o cargo em busca de poder e status”, revela a ex-esposa de Pazuello.

Ela contou, durante a entrevista, que Pazuello morou desde a infância em Manaus, apesar de se dizer carioca. Nas eleições deste ano ele inclusive se elegeu deputado estadual pelo PL do Rio de Janeiro. O casal estava na capital do Amazonas quando a cidade enfrentou o pior momento da pandemia, sem oxigênio para os pacientes. Andrea diz que viveu de perto a forma como Bolsonaro e o Ministro lidaram com a situação e revelou que, com o aval de Bolsonaro, Pazuello usou Manaus como uma espécie de laboratório para testes em seres humanos. Como a cidade fica no norte do país, afastada do eixo Rio-São Paulo, onde há mais visibilidade, o local foi visto como ideal para que o governo Bolsonaro pudesse fazer as experiências que planejava.

Com bastante conhecimento técnico sobre infecções e medicamentos, Andrea afirma que alertou Pazuello de que a Cloroquina não teria nenhum efeito contra o vírus da Covid, mas segundo ela, os avisos foram ignorados. Ela disse ter vivido um relacionamento extremamente hostil e era tratada como “louca” por discordar das decisões de Bolsonaro. “Não existiu movimentação do ministério para enviar oxigênio para Manaus, os primeiros que chegaram foram de doações, inclusive do Paulo Gustavo”, disse ela.

Andrea diz que Bolsonaro sabia e concordava com as decisões de Pazuello, sendo responsável pelo uso de Manaus como laboratório. A ideia era que a cidade tivesse o maior número possível de infectados, para testar como seria a resposta dos organismos a respeito do que, na época, era chamado de “imunidade de rebanho”. O uso de remédios sem comprovação científica foi outra determinação de Bolsonaro, seguida à risca pelo Ministro da Saúde. “Eu surtei. Eu falava para ele que o que ele estava fazendo era crime, que ele ia ser responsabilizado, que era negligência sim, que tinha gente morrendo 1km abaixo da casa dele, no momento em que ele estava dando uma festa e eu sei disso, infelizmente, porque minha filha esteve lá. A minha filha estava lá e pediu para nossa empregada ir buscá-la. Ele dizia assim: Você não tem nada a ver com isso. Eu tenho preocupação sim, eu tenho preocupação em comprar os sacos pretos”, revela Andreia. A fala dela deixou os jornalistas impressionados com o descaso do Ministro da Saúde e com a irresponsabilidade de Bolsonaro, que sabia que muitas pessoas estavam morrendo, mas escolheu deixar a cidade sem oxigênio.

Além de falar sobre a má condução das decisões tomadas pelo ex-marido durante a pandemia, Andrea disse que chegou a procurar a CPI da Covid para denunciar os erros do governo e do ministério, mas afirma ter sido “silenciada”. Apesar de ser casada com o general, ela conta que sempre foi vista como “comunista” e “anti-Bolsonaro”, por isso, as falas dela eram desconsideradas. Andreia contou, inclusive, que chegou a se encontrar com o presidente uma vez, e diz que sentiu vergonha por ser casada com um ministro do governo Bolsonaro. Esse foi um dos motivos que levaram à separação do casal.

Andrea disse ter reunido provas para mostrar que a situação de Manaus não acontece “por acaso” e, sim, por escolha e crueldade de Bolsonaro e a equipe do Ministério da Saúde. Na cidade, foram centenas de mortes por falta de oxigênio. Ela revelou, inclusive, que o autoritarismo de Bolsonaro escolheu negar a eficiência das vacinas e decidiu atrasar a compra dos imunizantes, pelo simples prazer de testar as teorias criadas por Bolsonaro.

A ex-esposa de Pazuello disse que escreveu um e-mail com denúncias à respeito do então marido, e também sobre a equipe dele. Ela afirma que havia provas robustas sobre os erros e crimes cometidos pelo Ministério, mas a situação não teria sido apurada pela CPI, por pressão política de Bolsonaro, que inclusive protegeu um membro do Ministério que foi investigado por crime sexual contra crianças. “Eu fui silenciada. Havia uma pessoa que tem três processos nas costas por pedofilia. É reincidente, inclusive. Ele era assessor especial do Pazuello e foi depor na CPI, mas foi muito bem tratado pelo presidente da mesa, que já sabia das minhas denúncias”, diz Andrea.

Bolsonaro e Pazuello não se pronunciaram ainda sobre as acusações feitas por Andrea.

 

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comentários

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  1. antonio disse:

    ahhhhhhhhhhhh, se esta fulaninha aí tivesse feito estas denúncias no calor dos acontecimentos, o Brasil hoje, com certeza seria outro bem melhor.
    más denunciar hoje? hoje não tem credibilidade alguma. hoje dona Andrea Barbosa é só uma mulher velha enfurecida, por ter sido trocada uma uma menininha novinha e gostosa.

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