Milhares de pessoas já tiveram de recorrer aos postos de saúde e farmácias para realizar o teste da covid-19 no Brasil, desde o início da pandemia, em março de 2020. Os exames eram exigidos para comparecer em estádios de futebol, shows e outras atrações, enquanto a população não completava o esquema vacinal. Porém, a tão pecada falta da testagem em massa pode estar com os dias contados. De acordo com informações, o Ministério da Saúde vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta semana uma autorização para o uso de autoteste do Coronavirus. Outros países já utilizam esse teste para agilizar o diagnóstico da doença.
Atualmente, a venda do autoteste não é liberada no Brasil. O exame pode ser feito em casa com a coleta do material no nariz com cotonete ou por saliva. O autoteste, no entanto, tem sensibilidade menor do que outros exames, como o RT-PCR, e está sujeito ao erro do paciente não treinado.
Ainda segundo informações oficiais, a Anvisa no entanto ainda não recebeu uma solicitação formal por parte do Ministério da Saúde.
Na última sexta-feira (7), a Anvisa publicou uma Nota sobre as regras atuais que só permitem “o registro de autoteste de doenças infectocontagiosas passíveis de notificação compulsória, como a Covid-19, caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecida pelo Ministério da Saúde(…)”, explanou a Nota.
Continua a Anvisa. “Para a adoção de uma eventual política pública que possibilite o uso de autoteste para Covid-19, é fundamental considerar os fatores humanos e a usabilidade do produto, medidas de segurança do produto, limitações, advertências, cuidados quanto ao armazenamento, condições ambientais no local que será utilizado, intervalo de leitura, dentre outros aspectos.”, concluiu.