Entusiastas do tratamento precoce intimidam assessores de Comunicação da Prefeitura de Itaúna

Publicado por: Redação

Algumas pessoas da cidade de Itaúna tem se mostrado irritadas com a assessoria da prefeitura da cidade, no que diz respeito as publicações sanitárias nas redes sociais do órgão. Elas alegam que a comunicação, supostamente estaria apagando os comentários do grupo nos posts, em mensagens as quais fazem a defesa do tratamento precoce à covid-19 – que ainda não tem nenhuma comprovação da medicina. A equipe que assessora o poder Executivo, por sua vez, destaca que trabalha baseado com a ciência e com os fatos e desmente o público – Aqui cabe refrescar o cenário eleitoral de 2018, quando a cidade concedeu mais de 77% dos votos à Jair Bolsonaro (Sem Partido). Retrato que ajuda a ilustrar o “cabo de guerra” entre o isolacionismo e negacionismo por lá, que se estende por todo estado e pelo Brasil, em margem percentual que já é bem menor do que há três anos atrás.

Entretanto, por meio de um abaixo-assinado, parte da população itaunense tem se organizado para publicar incentivos ao que chamam de “atenção primária” contra a doença. Eles até mesmo já distribuíram panfletos pelo município e produziram um outdoor com registros de supostas pessoas quem se trataram e que foram “curadas” pelos medicamentos. Dentre eles, os mais conhecidos, a azitromicina, hidroxicloroquina, e ivermectina. Todos sem estudos comprobatórios.

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Conforme informações de moradores de Itaúna, uma clínica tem sido bancada por empresários locais, na qual alguns médicos tem ofertado consultas gratuitas e receitas dos remédios descritos acima.

Ainda sobre o abaixo-assinado, os militantes digitais levantam a hipótese de não estarem tendo liberdade de expressão do coletivo. “As redes sociais da Prefeitura de Itaúna, gerenciadas pela assessoria de comunicação, vêm demonstrando um comportamento incompatível com os princípios democráticos que regem as liberdades em um Estado de Direito. Os administradores da página apagam comentários discordantes (o que fere o princípio da liberdade de expressão), bem como não perdem a chance de imputar responsabilidades ao governo federal sobre problemas no combate à pandemia onde, na realidade, a própria prefeitura se demonstrou omissa. A assessoria de comunicação também ataca o tratamento precoce de forma sistemática, sendo que este tem se demonstrado um meio de combate ao vírus e que não exclui outras formas de prevenção”, dizem na peça veiculada na internet.

O autor da petição online, Victor Teles, salientou que a meta da recolhida das assinaturas e da visibilidade desta causa seria mais pelo direito de terem a opinião, do que pela manutenção dos medicamentos preconizados em si. “Quando a prefeitura, em sua rede social, ameaça bloquear cidadãos eles ferem os incisos 14 e 33 do artigo 9 da Constituição, que fala sobre o direito à informação. Quando você veda o cidadão de ter acesso ao principal meio de comunicação da prefeitura, isso também, na minha visão, é inconstitucional”, salienta.

Retaliação

O assessor concursado, Hermano Martins comentou que tem sido perseguido pelo coletivo que defende os remédios. Segundo ele, o grupo teria o retalhado para colocá-lo contra o prefeito Neider Moreira (PSD). “O prefeito me mostrou uma mensagem que uma pessoa desse grupo mandou para ele dizendo que eu estava acabando com o nome dele nas redes sociais. Isso foi uma tentativa clara de me intimidar e de tentar colocar o prefeito contra mim, forçando a minha demissão”, comenta.

Hermano reafirmou que a postura da prefeitura nas redes sociais não irá mudar “Seguiremos trabalhando pautados pela ciência, técnica e respeitando a liberdade de expressão, sem permitir excessos e falta de respeito”, reafirma.

O que diz a Prefeitura

A Prefeitura de Itaúna é contrária ao uso dos remédios, tanto em ações de conscientização, quanto na prática, pois nem mesmo cogitaram institucionalizar o tão especulado tratamento. Em nota, o Executivo concluiu.“A Gerência de Comunicação faz um trabalho baseado em fatos, verdades e ciência. Pregamos pelo livre exercício do jornalismo bem como a atividade publicitária que atenda de maneira mais assertiva junto à comunidade. Quando falamos contra o tratamento precoce / imediato, falamos sobre um tema já pacificado no mundo, inclusive pelos próprios fabricantes dos remédios comprovadamente ineficazes contra a Covid-19. Em nossas publicações também informamos que o governo não faz imposição na atividade médica, deixando a cargo de cada profissional escolher o melhor tratamento ao seu paciente. Por fim repudiamos essa clara tentativa de intimidação, com toques de censura direcionada à Gerência da Comunicação, o que lamentavelmente é um óbvio reflexo do que profissionais da área têm sofrido em todo o país” afirmou a Prefeitura de Itaúna no comunicado sobre o assunto.”, conclui.

A pandemia em Itaúna

Até quinta-feira (13/5), Itaúna já computou 8.465 casos confirmados, 352 pessoas com o vírus ativo e 175 mortes pela covid-19, de acordo com a Secretaria de Saúde.

 

Fonte: Assessoria de comunicação da prefeitura de Itaúna, Estado de Minas e Helem Lara.

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comentários

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  1. Cleiton disse:

    O tratamento precoce saúva vidas e tem sim publicação científica , uma na universidade de Liverpool e outra na universidade de Keio .
    Na Austrália foi publicado que em vitro a Ivermectina elimina o vírus em 48 horas.
    Pra um jornalista publicar que não existe comprovação , e muita falta de carácter .
    Olhem os relatos de quem já usou os remédios , não deixem política ou militância disfarçada de jornalismo , influenciarem decisões médicas.

  2. Anônimo disse:

    O tratamento precoce pode ser feito sem prescrição de receitas, então mal não faz e além do mais toma quem quer, ninguém é obrigado a nada.
    Sobre a vacina tem muitas pessoas com dúvidas, toma vacina quem quiser ou tiver medo.
    Muito simples não precisa da mídia dar está atenção toda, quem nunca foi na farmácia e comprou um analgésico, um comprimido pra gripe, um antibiótico, ante inflamatório?
    O pessoal que quer tomar os remédios sem comprovação científica também vão tomar sua vacina.
    Qual mal disso?

  3. Jesse James disse:

    Vacina pra essa tchurma ai é a contra aftosa.

  4. Marcos Alves de Almeida disse:

    Penso que deveriam abrir mão da vacina com um termo assinado. Ás vezes tem pessoa vacinada aí no meio…

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