A exemplo do que ocorreu no país, o mês de abril de acordo com informações dos boletins emitidos pela Secretaria de Saúde, foi o mais letal de toda história da pandemia desde a primeira morte que coincidentemente foi registrada também no mês de abril, de 2020. Já no mês seguinte, em maio, a cidade registrou dois óbitos; subindo absurdamente, naquela ocasião para 10 mortes no mês de junho; em julho, foram 11; em agosto, 18; setembro, 15; outubro, 12; novembro, 10; e dezembro, o recorde do ano com 23 mortes.
O ano de 2021 começou com um cenário ainda pior, quando janeiro registrou 44 mortes, representando 43% de todos os óbitos de 2020. Esse alto número foi atribuído pelos especialistas em saúde, às festas de fim de ano, Natal e Ano Novo.
No mês seguinte, fevereiro, foi um alento de esperança quando o número diminuiu para 19 óbitos. Também segundo as análises dos técnicos em saúde, em consequência de um maior índice de isolamento social, pelo “medo” da população com o que ocorreu no mês anterior, e fevereiro ter sido mais curto com 28 dias.
Contudo, no mês de março a situação piorou novamente, e foram registradas 60 mortes, ou seja, três mortes a menos do que o somatório dos dois meses anteriores, janeiro (44) e fevereiro (19), representando ainda 58% dos óbitos de 2020. A análise é que mesmo sem ter carnaval, muitos viajaram e se aglomeraram e as consequências, como histórico da pandemia, as consequências acontecem entre 15 e 30 dias após as aglomerações.
O pior cenário, até então, ocorreu no mês passado, abril, que terminou na última sexta-feira (30), com o registro estratosférico no Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde de Divinópolis de 117 óbitos, e ainda com mais quatro em investigação, que se forem contabilizados como covid-19, o total chegará a 121 mortes. Caracterizando abril como o mês mais letal da pandemia. Superando o número de óbitos de todo ano de 2020, que foram 102, e bem próximo ao total de janeiro, fevereiro e março de 2021, que somaram 123. Se existirem óbitos residuais não registrados ainda, além dos quatro que estão em investigação, abril será ainda mais devastador para o município.
Contribuiu para o recorde de mortes em abril, a Semana Santa, que foi prolongada com antecipação de feriados. As pessoas também viajaram e se aglomeraram em sítios e praias.