São Sebastião do Paraíso, na Onda Verde, não aceita “goela abaixo” do Estado; rejeita transferências de pacientes; “só com mais leitos”, diz prefeito

Publicado por: Redação

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais nesta quarta-feira (11) insistiu na proposta de transferir para São Sebastião do Paraíso, pacientes de municípios que estão na “onda roxa” no Programa “Minas Consciente”, e sem leitos de UTI. O prefeito Marcelo Morais de São Sebastião do Paraíso não aceitou – Ele argumento que a cidade é um dos poucos municípios que se encontram na “onda verde”, e caso recebesse pacientes acometidos por coronavírus de outras cidades, poderia implicará na volta para a “onda vermelha”, e consequentemente a adoção de medidas como o fechamento de estabelecimentos comerciais entre outras medidas restritivas. E explicou que não é surpresa que Paraiso em meio ao caos da pandemia esteja na Onda Verde, segundo ele, é o resultado de trabalho, pois desde que assumiu o governo, no início do ano, ele e o vice-prefeito acompanham policiais militares, guarda municipais e fiscais da prefeitura, até de madrugada, com risco de vida, na tentativa de impedir festas, e aglomerações em sítios, fazendas e estabelecimentos comerciais.

Em reunião por videoconferência solicitada pela superintendente da Regional de Saúde de Passos, Kátia Rita Gonçalves participaram o prefeito Marcelo Morais, o vice Daniel Tales, a secretária de Saúde, Adelma Lúcia, o presidente da Câmara Lisandro Monteiro e alguns vereadores, bem como representantes de representantes da macrorregião.

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Em alguns municípios da Macrorregião Sul, conforme foi enfatizado, “a questão é de vida ou morte”, e não há mais leitos disponíveis para pacientes Covid-19.

O prefeito Marcelo Morais discordou quando uma participante afirmou que “surpreendentemente” Paraíso está na “onda verde”.

Não há com que se surpreender. É o resultado de trabalho desde que assumimos a gestão em janeiro, de trabalho que temos participado eu e o vice-prefeito, acompanhando policiais militares, e guardas municipais e fiscais da Prefeitura até de madrugada, correndo risco de vida, para impedir festas, aglomerações em estabelecimentos e até em fazendas, salientou o prefeito.

Demonstrando gráfico contendo casos de Covid no município, Marcelo salientou que o acompanhamento e análise são feitos a cada 12 horas, e os “picos” ou seja, a maior incidência, ocorreram após as comemorações de fim de ano e pós-carnaval.

Sobre a proposta da Santa Casa de São Sebastião do Paraíso receber pacientes de outros municípios, o prefeito afirmou ser possível, desde que a Secretaria de Estado de Saúde credencie novos leitos.

“Se forem utilizados os existentes, aumentará a ocupação, e nosso município migrará para outra faixa no “Minas Consciente”. Não acho justo depois de um trabalho desse, a Prefeitura ter que determinar o fechamento de estabelecimentos, sacrificando empresários que têm feito sua parte. Enfrentamos a situação sem fechar o comércio, e não vai ser agora que farei isso”, disse Marcelo.

O prefeito lembrou que quando os leitos Covid na Santa Casa chegaram à ocupação máxima ele solicitou ajuda e não foi atendido. “O governo do Estado “picou a mula”, disse.

No fim de semana a Secretaria de Estado de Saúde havia proposto que pacientes de Paraíso, internados na Santa Casa, fossem transferidos para Passos, para abrir vagas para a vinda de pacientes da região do Triângulo Mineiro.

Marcelo não concordou e teve o apoio do prefeito de Passos, Diego Oliveira, que na reunião desta quarta-feira, novamente se solidarizou com a decisão do prefeito de Paraíso.

“Vou deixar claro que não aceitamos decisões goela abaixo. Se insistirem, Paraíso deixará o “Minas Consciente”. Se houver necessidade de regredir, assim o faremos, mas orientado por nossa equipe técnica, e de acordo com o comitê criado em Paraíso para acompanhamento da pandemia”, afirmou.

Marcelo disse a Kátia Gonçalves que está pronto a socorrer a Superintendência Regional e municípios que a integram, e isso poderá ser tratado junto ao provedor da Santa Casa, Fernando Alvarenga, que certamente será solidário. Se preciso for, até abriremos hospitais de campanha, mas deve haver a contrapartida do Estado, pontuou o prefeito.

Em comunicado postado em redes sociais a Prefeitura convidou proprietários de bares, restaurantes para reunião às 14 h. desta quinta-feira (11) no Teatro Municipal, para atualização sobre o Covid em Paraíso.

 

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comentários

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  1. Anônimo disse:

    A CULPA NAO E DE DIVINOPOLIS
    E DAS CIDADES QUE NAO PREPARAM
    NAO ACEITAMOS MAIS ISSO IMPOR GOELA ABAIXO

  2. VIVIANE PEIXOTO PIO disse:

    O prefeito está mais do que certo NÃO aceitar.Aqui em DIVINÓPOLIS encheram os hospitais de doentes de Coromandel e agora estamos na onda vermelha.

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