Fechamento do comércio e isolamento social foram essenciais para estruturação da saúde em Divinópolis, aponta secretário

Publicado por: Redação

Nessa semana, o secretário de Saúde de Divinópolis, Amarildo Sousa, realizou uma coletiva online com a presidente da Fundação Geraldo Corrêa, do Complexo São João de Deus, Elis Regina, para explicar como foi realizada a estruturação e assistência hospitalar na pandemia.

O secretário contou que quando a primeiro caso de Covid-19 foi confirmado na cidade, em 17 de março, começou toda uma estruturação, uma vez que Divinópolis não possuía nenhum leito preparado para receber pacientes com a doença, devido a necessidade de isolamento que esses leitos precisam ter.

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Então nesse sentido, o Estado suspendeu todas as cirurgias eletivas e decretamos o isolamento para que nossos hospitais ficassem com o mínimo de atendimento, e conseguimos. Entre final de março e abril, zeramos, praticamente, os acidentes de automóveis que ocupavam muitos leitos, e isso foi necessário para que desse tempo de prepararmos para receber esses primeiros pacientes de Covid-19, chegamos a ter a taxa de isolamento de 75%. Com isso, o hospital São João de Deus e os demais hospitais prepararam suas áreas no sentido de isolamento, de porta de entrada”, explicou Amarildo.

Concomitante a essas ações, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) preparou a estrutura para o hospital de campanha na UPA, que também precisava de isolamento do público, desde a porta de entrada até ao atendimento a Covid. “Montamos uma grande estrutura, mas o esperado é que ela não seja totalmente ocupada, é uma prevenção ao que pode acontecer”, disse o secretário.

O Hospital São João de Deus foi um grande parceiro do sus e também se prontamente se preparou para receber e abraçar a causa do enfrentamento da pandemia, todos se prepararam e capacitaram sua assistência hospitalar.

Elis Regina ressalta que esse é o maior desafio da sua vida profissional. “A estrutura hospitalar parece uma locomotiva, e no caso do São João de Deus, nós tivemos que trocar as rodas dessa locomotiva em pleno vapor e o que aconteceu de principal nessa mudança foi na parte de segurança dos clientes e dos nossos profissionais. Porque no início, muitos profissionais ficaram com medo, quiseram sair do hospital”, relatou a presidente.

De acordo com Elis, a primeira mudança foi o acesso do pessoal ao hospital, com profissionais totalmente equipados. “A rotina de preparação e limpeza que levava um minuto, hoje, o profissional gasta 10. E se vocês perceberem, nós tivemos pouquíssimas mortes na instituição, foram quatro e mesmo assim, de pessoas de fora da cidade, que já vieram em estado grave”, afirmou.

O São João de Deus é referência na macrorregião em relação à pandemia e os cuidados também ocasionaram a diminuição da taxa de infecção hospitalar, que já era baixa no complexo.

Contudo, o aumento de custo foi inevitável para a instituição, chegando a 35%, devido a alta procura de muitos equipamentos e remédios para o enfrentamento da doença. “Nós comprávamos o fentamil por R$ 9, neste último lote, nós conseguimos apenas por R$ 68, é um grande aumento”, disse Elis.

O secretário confirmou e aproveitou para esclarecer, após acusações de superfaturamento, a mesma situação pela qual a Semusa passou ao comprar equipamentos essenciais no momento.

“Máscara, protetores facial, luvas, tudo isso são para a proteção individual, mais o álcool em gel, então houve uma corrida pelo país para conseguir esses equipamentos, a dificuldade que tivemos para adquiri-los, além dos dispositivos, houve um disparo nos preços, isso aconteceu não só com o medicamento, mais com as máscaras, as luvas e não tínhamos de quem comprar, saímos à caça desses produtos”, revelou Amarildo.

Ambos concordam e pedem que a cidade tem a estrutura para atender diversos casos, mas é preciso a ajuda da população, que não pode deixar de se cuidar.

“Esses números estão um pouco melhores, porque nossa taxa de ocupação caiu um pouquinho, ainda precisamos crescer nesse isolamento. Nossos leitos estão ainda com uma taxa que permite que a gente faça essa flexibilização”, reforçou o secretário de saúde.

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