Mesmo defendida Por Zema e prefeitos de grandes cidades, maioria dos pré-candidatos em BH acham que é precoce falar em adiar eleições

Publicado por: Redação

De acordo com uma matéria do Jornal O Tempo, apesar de ser uma medida defendida pelo governador Romeu Zema (Novo), por prefeitos de importantes cidades e diversas lideranças políticas do país, para a maioria dos pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte entrevistados pelo jornal, ainda é muito cedo para se falar em adiamento das eleições municipais de outubro deste ano.

O assunto acabou tomando forma depois que a pandemia da Covid-19, o coronavírus, passou a afetar toda a estrutura do país. No Congresso Nacional, deputados e senadores já correm para apresentar Projetos de Emendas à Constituição (PEC) para alterar a Lei Maior da Federação e implementar mudanças no calendário eleitoral. A principal justificativa é que a manutenção da data para a votação, que é 4 de outubro, poderia prejudicar os candidatos, que não teriam tempo hábil para fazer suas campanhas.

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No Congresso, há duas vertentes: uma é de defensores do adiamento do pleito em alguns meses e, assim, os eleitos assumiriam os seus cargos ainda em janeiro de 2021. A outra defende a união das eleições municipais deste ano com as de 2022. Nesta última alternativa, todos os eleitores votariam para presidente, governador, senador, deputado federal e estadual, prefeito e vereador de uma só vez. Os atuais mandatos seriam prolongados até lá.

Pré-candidato à PBH e que aparece nas primeiras colocações nas pesquisas de intenções de voto, o deputado estadual Mauro Tramonte (PRB) diz que é da mesma opinião da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber. Para ele, é precoce falar em adiamento das eleições. “O país atravessa uma pandemia que ainda não sabemos qual será o resultado desse quadro, quais serão as consequências, inclusive, em relação às eleições marcadas para outubro. Portanto, é muito cedo falar sobre prorrogação do pleito, já que existe uma legislação vigente que serve de norte para essa questão”.

A secretária adjunta de Planejamento e Gestão do Estado, Luísa Barreto, pré-candidata pelo PSDB, acredita que neste momento todos os esforços devem ser focados no combate ao coronavírus. “A questão eleitoral pode ser debatida em momento mais oportuno”.

Quem é da mesma opinião é o pré-candidato à PBH pelo Novo, Rodrigo Paiva. Ele diz que concorda com a unificação dos pleitos em uma grande eleição geral. “Mas acredito que agora não é o momento para se pensar nisso. É algo que precisa ser planejado”, diz. “Se a doença continuar em expansão, é preciso, sim, falar em adiar as eleições. Mas deve acontecer dentro deste ano, de 2020, para que os eleitos tomem posse em janeiro do ano que vem. Mas isso é algo que deve ser pensado mais à frente”, completa.

O deputado estadual Reginaldo Lopes (PT), que também deve pleitear o Executivo na capital mineira, se diz contra a prorrogação de mandato. “Seja de quem for. Só o povo brasileiro que pode ampliar mandatos. Nós temos que acompanhar a curva do contágio do coronavírus. E aí, sim, avaliar se vamos ou não adiar as eleições”.

Para deputado federal André Janones (Avante), que chegou a ser cogitado para a Prefeitura em BH, disse que é insensibilidade discutir o assunto neste momento. “Também vejo um traço de oportunismo nisso”, disse. Ele adiantou que, se a proposta de unificar as eleições for apresentada no Congresso, ele vai votar contrário e que o adiamento das eleições deve ser avaliado futuramente.

O vereador da capital mineira Gabriel Azevedo (sem partido), que já manifestou vontade de se candidatar à Prefeitura de Belo Horizonte, também chamou de “oportunismo” falar sobre adiar o pleito ou unificar as eleições municipais e gerais neste momento.

Também do PT, Rogério Correia disse que, além de ser contrário à unificação das eleições, é contra qualquer tipo de mudança no calendário eleitoral.

A pré-candidata Vanessa Portugal (PSTU) também considera precoce a discussão do assunto. “Não temos ainda uma definição sobre adiamento ou não das eleições para dezembro. No entanto, a hipótese de extensão dos atuais mandatos das Câmaras legislativas e prefeituras para 2022 é inaceitável”, disse.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, candidato à reeleição, acha que este é um assunto para o Congresso e se recusa a tratar do tema neste momento. “O Congresso é que resolve. Temos coisas mais importantes para tomar conta. Esse assunto ofende a população trancada em casa”, disse.

Favoráveis

Na outra ponta do debate, o deputado estadual João Vitor Xavier (PSDB) diz que o cenário político no Brasil corre o risco de chegar ao momento de realização das campanhas e o país ainda estar preocupado em lidar com o combate ao coronavírus. “E não acho, por exemplo, que um prefeito que é candidato à reeleição tenha condição de cuidar da saúde da cidade ao mesmo tempo que faz campanha”, diz.

O deputado federal Júlio Delgado também adiantou que é favor do adiamento das eleições. “Talvez para janeiro ou para fevereiro do ano que vem (o adiamento). Mas isso deveria ser feito agora. Não adianta esperar até agosto (quando é previsto o início da campanha eleitoral), quando todos os prazos já tiverem sido cumpridos”, defende.

A pesquisa de opinião foi realizada na tarde da última terça-feira, quando foram contatados dez pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. Sete disseram que ainda é cedo para falar sobre o tema, enquanto dois se posicionaram favoráveis ao adiamento das eleições em alguns meses. O deputado estadual Bruno Engler (PSL) foi o único dos procurados que, até o fechamento desta matéria, não havia respondido ao contato.

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comentários

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  1. Osvaldo disse:

    CACHORRADA, muitas pessoas morrendo de COVID-19 e pegando no Brasil essa PANDEMIA, estes políticos CRETINOS, estão pensando em gastar os 2 bilhões NOSSOS DE IMPOSTOS QUE PAGAMOS, pra gastar este ano de muita crise na SAÚDE E NA ECONOMIA, onde muitas pequenas e médias empresas irão fechar mês que vem.

    SEUS POLÍTICOS CRETINOS.

  2. Lucimary disse:

    Isso eles não querem que seja adiados a eleição

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