Cúpula da Presbiteriana condena campanha dentro da igreja à criação de partido de Bolsonaro

Publicado por: Redação

Embora alguns pastores isoladamente teimem em não seguir a determinação, o fato é que a cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil, a décima maior denominação protestante do país, publicou uma nota rechaçando a postura do Pastor e bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), que usou os fiéis para coletar assinaturas para criação do partido de Bolsonaro “Aliança pelo Brasil”.

A nota diz que “não é apolítica” e tem um compromisso histórico com a democracia, mas afirmou que “em nenhum momento apresentou ou apresenta apoio a qualquer partido político.”

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“Em resolução de sua reunião ordinária em 1990, o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil orienta seus concílios em geral que evitem apoio ostensivo a partidos políticos e que as igrejas não cedam seus templos ou locais de culto a Deus para debates ou apresentações de cunho político”, diz a nota.

Já a matéria do Estadão publicou que a campanha em prol do Aliança pelo Brasil, o partido de Jair Bolsonaro, feita no púlpito da Igreja Presbiteriana Central de Londrina, no último domingo (26), não foi bem recebida pela cúpula da instituição, considerada uma das igrejas mais tradicionais no mundo evangélico.  A igreja de Londrina que está sob o guarda-chuva da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). E que a reportagem do Estadão apurou que o pedido feito no púlpito no momento de um culto incomodou membros do Supremo Concílio, órgão máximo de comando da denominação. Essa instância é responsável por definir os princípios e as condutas dos líderes. Já em Londrina, cabe ao presbitério local eventuais punições.

Em nota, a Igreja Presbiteriana do Brasil afirmou que a instituição “não é apolítica” e tem um compromisso histórico com a democracia, mas afirmou que “em nenhum momento apresentou ou apresenta apoio a qualquer partido político.” A IPB também afirmou que a opinião pessoal de membros ou pastores não refletem o posicional oficial da instituição.

“Em resolução de sua reunião ordinária em 1990, o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil orienta seus concílios em geral que evitem apoio ostensivo a partidos políticos e que as igrejas não cedam seus templos ou locais de culto a Deus para debates ou apresentações de cunho político”, diz a nota, divulgada nesta quarta-feira, 29.

O presidente do Supremo Concílio da Presbiteriana, reverendo Roberto Brasileiro Silva, decidiu divulgar a manifestação após a instituição ser pressionada para se posicionar oficialmente. De acordo com auxiliares de Silva, a cúpula da igreja entendeu que a atitude do pastor em Londrina feriu o princípio da liberdade individual dos fiéis para escolher suas preferências políticas.

O Divinews reforça editorialmente que essa não será a primeira e nem a última vez, isso por que existem pastores em todas as denominações evangélicas que ignoram as decisões dos seus concílios em deixarem que seus membros façam suas opções políticas individualmente, e eles, os pastores, de púlpito durante os cultos não apenas fazem campanhas eleitorais abertamente ou de forma velada para candidatos em todos os níveis, quer sejam municipais, estaduais ou federais, mas quase forçam o voto de cabresto de cunho religioso, dizendo que o candidato de sua predileção é ungido o por Deus. E uma grande parte dos membros segue o voto que pastor está direcionando, pelo dogma de que, tudo que o pastor falar ou fizer é por vontade divina.

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comentários

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  1. Mayler Braga disse:

    A nota em nenhum momento condena o apoio, mas sim, pede que se evitem apoios ostensivos a políticos, isto é, apoio exagerado, como sempre a grande mídia vem distorcer a realidade dos fatos. Concordo com você Geraldo, deve-se evitar o voto de cabresto, mas a igreja deve ser firme e contra, candidatos notoriamente corruptos e que se posicionam a favor do aborto, ideologia de gênero, descriminação de drogas e por ai vai!

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