DOENÇA MISTERIOSA: CIEVS envia Nota Técnica para profissionais de Saúde de Divinópolis e todos municípios mineiros; Veja sintomas

Publicado por: Redação

Como o Divinews já havia noticiado, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, enviou nesta última quarta-feira (08) uma Nota Técnica aos profissionais de Saúde de todo Estado alertando sobre os problemas de insuficiência renal aguda associada a alterações neurológicas de etiologia a esclarecer. Ou seja, tais alterações ainda são um “mistério” para a medicina – Veja a íntegra da Nota

Em 30 de dezembro de 2019, o CIEVS Minas foi notificado da ocorrência de um caso de insuficiência renal aguda com alterações neurológicas de etiologia a esclarecer de paciente internado em hospital privado de Belo Horizonte. Em 31 de dezembro foi notificado um segundo caso com a mesma sintomatologia, internado em hospital de Juiz de Fora. A partir dessas notificações foi desencadeada uma investigação conjunta do CIEVS Minas / CIEVS BH com o objetivo de esclarecimento diagnóstico e busca de novos casos.

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Até 06/01/2020 foram notificados 7 casos suspeitos com o início de sintomas mais precoce datando de 19/12/2019.

Os dados iniciais mostraram que 100% dos pacientes são do sexo masculino, mediana de idade 49 anos (23 a 76 anos), 5 residentes em Belo Horizonte, 1 em Ubá e 1 em Nova Lima; 6 deles internados em hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte e 1 em Juiz de Fora.

A média de dias entre início dos primeiros sintomas e a internação foi de 2,5 dias. Todos com insuficiência renal aguda de rápida evolução (até 72 horas) e alterações neurológicas centrais e periféricas.

Exames laboratoriais estão sendo realizados na Fundação Ezequiel Dias (FUNED) para pesquisa de Arboviroses, Febres Hemorragicas, Infecções bacterianas e fungicas sistêmicas, Doenças Neurolinvasivas, intoxicações exógenas, dentre outras.

A partir da análise inicial elaborou-se Nota técnica com orientações para vigilância do agravo inusitado.

DEFINIÇÃO DE CASO: Indivíduo que a partir de primeiro de dezembro de 2019, iniciou com sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vomito e/ ou dor abdominal) associados a insuficiência renal aguda grave de evolução rápida (em até 72 horas) seguida de uma ou mais alterações neurológicas: paralisia facial, borramento visual, amaurose, alteração de sensório, paralisia descendente.

NOTIFICAÇÃO IMEDIATA (em até 24 horas) ao CIEVS BH para os casos de Belo Horizonte e CIEVS Minas para o restante do Estado pele telefone e e-mail. CIEVS BH: 31-3277 77 68 / 31-98835 7767

NOTA DE INVESTIGAÇÃO

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – 8 de janeiro de 2020

Em 30 de dezembro de 2019, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas) foi notificado da ocorrência de um caso de insuficiência renal aguda com alterações neurológicas de um paciente internado em hospital privado de Belo Horizonte. Em 31 de dezembro, foi notificado um segundo caso, com os mesmos sintomas, de um paciente internado em hospital de Juiz de Fora. A partir dessas notificações, foi desencadeada uma investigação conjunta do CIEVS Minas e CIEVS BH com o objetivo de esclarecimento diagnóstico, e busca de novos casos. Até 6 de janeiro de 2020, foram notificados 7 casos suspeitos, com início de sintomas mais precoce datado de 19 de dezembro de 2019. São pacientes do sexo masculino, com idade entre 23 e 76 anos, 5 residem em Belo Horizonte, 1 em Ubá e 1 em Nova Lima; 6 deles internados em hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte e 1 em Juiz de Fora. A média de dias entre o início dos primeiros sintomas e a internação foi de 2,5 dias. Todos com insuficiência renal aguda de rápida evolução (até 72 horas) e alterações neurológicas centrais e periféricas. Exames laboratoriais estão sendo realizados na Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e ainda não há resultados conclusivos.

Na noite de ontem, 7 de janeiro, um dos pacientes foi a óbito em Juiz de Fora, onde estava internado. As investigações seguem seu curso, realizadas pela força tarefa composta por técnicos da SES (CIEVS Minas), da Secretaria Municipal de Saúde de BH (CIEVS BH) e do Ministério da Saúde (EpiSUS). O grupo esteve reunido, desde às 9 horas de hoje, para alinhamento das informações e dados colhidos até o momento e definição dos trabalhos nos próximos dias. Foram notificados 2 novos casos: 2 homens (56 e 64 anos de idade), moradores do bairro Buritis, que estão internados em hospital particular de Belo Horizonte. Dos 9 casos notificados, 1 foi descartado pelo fato de não apresentar os mesmos sintomas dos demais e por ter doença renal prévia.

Desde que foi notificada, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte acompanha e monitora os casos e investiga os aspectos clínicos, epidemiológicos e sanitários que envolvem a ocorrência. Essa investigação abrange, inclusive, ação dos fiscais sanitários na coleta de alimentos e demais produtos, para análise laboratorial, além de vistorias nos locais de aquisição desses produtos.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que trabalha no levantamento de informações para verificar se o fato tem indícios de crime. As investigações estão em andamento, com a realização de entrevistas, comunicação com outras instituições públicas, entre outras providências pertinentes, primando por procedimentos científicos que permitam analisar se existe nexo entre os eventos e/ou vítimas. Até o momento, amostras de bebidas foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística e estão sendo examinadas. Esclarece, ainda, que somente será instaurado inquérito policial se houver indicativos de ação criminosa. Outras informações serão divulgadas em momento oportuno.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informa que devem ser imediatamente notificados (em até 24 horas) ao CIEVS BH (casos de Belo Horizonte) e CIEVS Minas (casos do restante do estado), pelo telefone e por e-mail, os casos ocorridos a partir de primeiro de dezembro de 2019 que iniciaram com sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vômito e/ ou dor abdominal) associados à insuficiência renal aguda grave de evolução rápida (até 72 horas) seguida de uma ou mais alterações neurológicas: paralisia facial, borramento visual, amaurose, alteração de sensório e paralisia descendente.

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