Ministério Público Federal desmente que exista agendamento de Procurador para ser ouvido em CPI na Câmara de Divinópolis

Publicado por: Redação

O Divinews, em contato com Ministério Público Federal em Divinópolis, e depois com o órgão ministerial em Belo Horizonte, obteve do jornalista da Assessoria de Comunicação, a informação de que, o Procurador Federal,  Lauro Coelho, até às 17h47min desta segunda-feira (11), não havia recebido nenhum tipo de oficio da Câmara de Divinópolis, o convidando para ser ouvido na CPI DOS ÁUDIOS, como consta em um release enviado pelo Legislativo, na última sexta-feira (08), que além do dia da oitiva do Procurador, marcado para 25/06, agenda até a hora, 15h30min, sem que houvesse sequer a confirmação da presença dele, pois é sua prerrogativa comparecer ou não.

Conforme a Assessoria de Comunicação, é normal que Procuradores Federais sejam ouvidos em algumas poucas situações, no Senado, na Câmara Federal, na PGR. Porém, não existe histórico de convocação de oitivas em Câmaras Municipais.

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O nome do Procurador Lauro Coelho Junior, que já foi coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato, no Rio de Janeiro, na Operação Calicute, que levou o ex-governador do Rio de Janeiro para a prisão, aparece no seguinte texto produzido pela Câmara de Divinópolis:

“A primeira oitiva foi definida para o dia 25 de junho (segunda-feira) e por decisão unânime dos membros, nesta data haverá uma espécie de mutirão, para que seja possível dar agilidade ao processo considerando o período de recesso parlamentar no mês de Julho. Segundo o Presidente Ademir Silva na parte da manhã do dia 25, o primeiro a ser ouvido pela CPI será o cidadão Marcelo Máximo “Marreco” às 9 horas, já às 14 horas será o depoimento do Prefeito Galileu Machado, Ás 15:30 DO PROCURADOR LAURO COELHO, e pôr fim, às 16:30 o Assessor de Gabinete Djalma Guimarães. Todos os depoimentos serão colhidos no plenário da Câmara e serão abertos à imprensa e população interessada. As oitivas também serão transmitidas pelo Portal do Legislativo www.divinopolis.mg.leg.br “

O procurador Lauro Coelho, foi entrevistado pelo Divinews em 2017, ocasião em que ficou claro a questão do PAC Saneamento em Divinópolis, com a responsabilização dos ex-prefeitos Demetrius Arantes Pereira, e Vladimir de Faria Azevedo, na ocasião não houve nenhuma citação ao atual Prefeito Galileu Teixeira Machado, que ao assumir o Governo, suspendeu todos os procedimentos que envolvia o PAC.

O assunto PAC, só voltou à tona em consequência de uma gravação clandestina e confessadamente montada, que Marcelo Marreco fez do Prefeito Galileu Machado. Que em uma conversa ininteligível, ele cita o Programa de Aceleração do Crescimento, e o Pró-Transporte.

Veja o surrealismo, somente deste trecho da gravação, em que Galileu comenta sobre um documento que Marcelo Marreco deixou com Djalma Guimarães:

GALILEU: “Ele passou um negócio pra mim aqui, parece que é assim….Deixe eu ver aqui…espere ai. O negócio do, do (titubeante tentando se encontrar no texto que Marreco passou). Vou ligar para o Marcelo que não estou sabendo o que é isso. Perai!

MARCELO (interrompe ele, e diz): “Eu sei o que é, é lá do Centro Tecnológico da Confecção, do terreno)

GALILEU, DIZ: “Não, não, não, é do Promotor Lauro Coelho”

MARCELO, AFIRMA: “É isso mesmo”

GALILEU: “Solicito ao senhor procurador para tratar do inquérito, na execução da obra de saneamento para todos, eu Marcelo Morais, pá, pá, pá. Marcelo Morais é você mesmo, né?”

MARCELO RESPONDE: “Marcelo Máximo de Morais, é”

GALILEU, PERDIDO: “Eu não sei o que é isso? É obra do PAC né, eu já fiz a denúncia né?”

MARCELO: “Não. Isso aí Galileu é trem que o Lauro Coelho, que é o Procurador Federal, que tá olhando esse negócio do PAC, só que já foi liberado, já foi até liberado os recursos”

GALILEU: “Pois é, foi, uai”

MARRECO PREVIAMENTE INOCENTANDO GALILEU DIZ:  “Tem nada a ver não”

GALILEU: “É por que já resolveu já. O Lauro…. Nós fizemos novas planilhas de custos. Por que eu não queria receber nada sem fazer, sem testar a planilha de custo. Então eu mandei fazer as planilhas de custo para testar se estava tudo conforme os preços, né. Os que fizeram até agora deu. …() Já foi liberado o PAC

MARCELO REFORÇA O NÃO ENVOLVIMENTO DE GALILEU:  Eu sei que foi liberado do PAC, do Pró Transporte”

NESTE MOMENTO ENTRA OUTRA GRAVAÇÃO DO GALILEU, DE UM AMBIENTE DIFERENTE, COM ELE ABORDANDO UM ASSUNTO DESCONECTADO TOTALMENTE DO QUE ESTAVAM FALANDO, QUE ERA SOBRE O PAC.

 


Veja agora a matéria, texto e vídeo, que o Divinews publicou em 2017 sobre o PAC, e a fala do Procurador da República. Pela gravação clandestina de Marcelo, e pela entrevista que o Promotor concedeu, não faz nenhum sentido que a CPI DOS ÁUDIOS, possa ter tido a ideia de ouvir um Procurador Federal em oitiva.

MATERIA DE 2017

O Divinews entrevistou no início da manhã desta sexta (14), o Procurador da República, Lauro Coelho Junior, que foi coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio e da Operação Calicute que levou o ex-governador do Rio de Janeiro à prisão – Lauro Coelho explicou que a demora em o Ministério Público Federal oferecer denúncia no caso do PAC Saneamento em Divinópolis, foi em consequência de que, inicialmente um dos investigados, o ex-prefeito Vladimir Azevedo, ainda no exercício do cargo, tinha foro privilegiado, então a investigação teve que ser enviada para o Tribunal Federal da 1ª Região, e retornou ao término do seu mandato – O procurador ao final da entrevista, explicou que todo esquema começou em 2006, na gestão do ex-prefeito Demétrius Arantes. Contudo, ainda segundo o procurado o nodal (ponto essencial) foi a celebração de um termo aditivo ao contrato, em 2008 – O Divinews que acompanha esse caso desde a denúncia inicial do inconformado cidadão conhecido como Marcelo Marreco, que municiou o MPF e a PF com muitas informações, fotos e documentos, apurou que o aditivo do contrato foi sim assinado em 2008, ainda na administração do ex-prefeito Demétrius, mas em dezembro, ocasião em que Lúcio Espindola, o superintendente da Usina de Projetos, considerado pelo MPF como mentor de tudo, já fazia parte da equipe de transição do também ex-prefeito Vladimir Azevedo, e continuou no cargo durante todo o seus primeiro mandato. 

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