Cleitinho cria novas polêmicas ao dizer que, só quem assiste TV Assembleia é cabo eleitoral e politiqueiro; desafia deputados para debates

Publicado por: Redação

Cleitinho Azevedo, eleito vereador em 2016, que tomou posse em 2017 e logo a seguir em 2018 foi eleito deputado estadual com 115 mil votos, e tomará posse em 1º de fevereiro, como o 4º deputado mais votado de Minas, após ter solicitado que em seu gabinete fosse instalado um chuveiro, para dormir no local quando eventualmente venha a precisar, que foi interpretado pela imprensa de que ele moraria no local, em entrevista na última semana para o programa “Café com Política” da Rádio Super, do grupo do jornal o Tempo. Como características próprias suas,  de sinceridade, talvez além do razoável, de falar o que pensa, criou novas polêmicas. Primeiro criticou a existência da TV Assembleia, que segundo ele tem um custo de R$ 1 bilhão de reais a cada legislatura. E ainda que, ela não tem visibilidade, que só quem a assiste são os cabos eleitorais e os politiqueiros, que o cidadão não perde tempo em assisti-la, e também que não precisa da emissora de TV do Legislativo por que tem suas próprias redes sociais – Quer também conscientizar os demais parlamentares estaduais, que o político é para servir ao povo, e não para ser servido. E que está pronto para debater com qualquer deputado engravatado e ele do seu jeito, de bermuda e boné. 

Cleitinho foi entrevistado no Programa Café com Política, na Rádio Super, que pertence ao Grupo do Jornal O Tempo, pelos jornalistas Rodrigo Freitas e Talita. O objetivo da entrevista era que, o deputado Cleitinho Azevedo explicasse sobre a questão de morar ou não morar na ALMG. Porém, antes que ele esclarecesse a situação, entrou em outros assuntos ainda mais polêmicos.

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Quais são as suas principais prioridades?

Meu trabalho é voltado para a educação, a gente sabe a situação que está hoje, a questão do salário dos servidores, a questão dos salários dos professores. O que a gente puder fazer para levantar essa bandeira para colocar prioridade nesses pagamentos, a gente vai estar lutando com isso. E também a questão de uma reforma da consciência política. Conscientizar o político, para eles saberem que a situação que se encontra o país hoje, foi por causa dos políticos. Cabe a nós que entramos agora e os que estavam, é tomar vergonha na cara e fazer o melhor para o povo mineiro.

O senhor também tem uma atuação com críticas aos privilégios dos políticos, e acabou de dizer que a situação que o país se encontra, tem muito a ver com a situação política.  Queria saber que o senhor já pensou se vai abrir mal de algum privilégio que tem o deputado?

Vou abrir mão do auxílio moradia, e do auxílio paletó, aquele que a gente recebe no início do mandado, que deve ser quase R$ 25 mil reais, e no final do mandato a gente recebe ele de novo. A gente fica sem entender. Fico pensando nesses deputados que perderam, que não foram reeleitos, por que eles têm que receber esse dinheiro agora no final do mandato. Não tem sentido. Na minha verba de gabinete, que a gente pode ter 23 assessores só vou usar o que achar que é necessário, vou usar menos neste momento. Como tive 115 mil votos, minha demanda é grande, então não posso trabalhar com pouca gente também. Tenho que colocar uma estrutura de pessoas capacitadas do meu lado, pra gente fazer o melhor para Minas Gerais, mas não vou usar os 23 assessores. Tem a verba indenizatória também, que se eu puder vou economizar o máximo possível dela, vou economizar também.

O senhor tem conversado com outros deputados para tentar convencê-los, de que essas atitudes que o senhor vai tomar pode ajudar de alguma forma?

Eu ainda não conversei. O único que falei foi o Bartô, do Novo, que acho que vai fazer a mesma coisa. Mas não tive contato com muito deputado, não. Como eu ganhei, e estava em exercício de mandato de vereador ainda, fiquei mais em Divinópolis, acredito que vou ter mais contato agora. Só eu abrir mão, não tem relevância nenhuma tem que ser todos. Você dar bom exemplo, é o começo de tudo, tem que tomar essas atitudes.

Deputado o que o senhor acha das exonerações quer foram feitas pelo Governador Zema, que exonerou todo mundo e isso começou até mesmo a prejudicar a população em consequência de tais exonerações?

Sou totalmente a favor, acho que um pouco do câncer da política são os cargos comissionados, são as indicações que existem. Colocam pessoas que não tem capacidade nenhuma. Isso não acontece só em Minas Gerais, e no Brasil inteiro, tem que ter é mais choque de gestão.  Com essa transição o povo mineiro tem que ter um pouco de paciência, mesmo prejudicando algumas áreas, mas isso é questão de tempo. Não tem como melhorar do dia para noite, mas quando você quer a mudança, ela vai acontecer. Então, sou totalmente a favor. Até acho que não deveria ser só no governo.

Dentro da Assembleia a gente sabe que tem muito cargo indicado. E se a gente quer cobrar do Governo tem ser os primeiros dar exemplo. Eu como vereador em Divinópolis, nunca tive cargo dentro de Câmara, nunca tive cargo dentro de prefeitura. A gente sabe que a troca na política é essa. Você indica fulano, indica beltrano, depois você fica amarrado na Prefeitura, fica amarrado no Governo. Então é de suma importância, tem que ser radical mesmo. O país precisa deste momento.

A repórter perguntou onde mais precisam ser feitos cortes para melhorar a situação que o Estado se encontra atualmente.

Vou falar sobre a questão da Assembleia. Lá tem a TV Assembleia, se não me engano é TV Assembleia. Estava anotando algumas coisas para a gente propor, dar ideias. Queria perguntar a quem está nos assistindo se alguém já parou na TV Assembleia e já assistiu.

Acho que a TV Assembleia é cabo eleitoral, politiqueira. É só a gente que está no ramo da política que vai parar para ver a TV Assembleia.

A TV Assembleia no final do mandato fica quase em R$ 1 bilhão de reais. Então, são coisas que não precisa.

Deram poder demais para político, onde não é necessário. É o que canso de falar, não adianta nada falar de educação, de saúde, de segurança, se a gente não conscientizar o político. Hoje o dinheiro está nas mãos dos poderes e a gente precisa tirar o dinheiro das mãos deles e dar para o povo.

O senhor não acha que a TV Assembleia poderia ser boa para o senhor por exemplo?

Pra mim? Eu tenho a minha rede social. Tem Instagram, Facebook. A prova que TV não ganha mais jogo na política foi Bolsonaro. Não usou a TV e ganhou para presidente. Eu não usei TV e ganhei para deputado tive 115 mil votos, gastei pouco mais de R$ 20 mil reais. Então tem certas coisas que a gente precisa mudar. Ela chega e você tem que se adaptar a ela.

O jornalista, questionou: Ter a TV Assembleia transmitindo as sessões plenárias é que algumas aberrações acontecem e são mostradas, e algumas coisas que a gente mal acredita. As reuniões de comissões que muitas vezes são transmitidas ao vivo pela TV Assembleia. Não tem um papel importante de conscientizar aquele cidadão que quer ver, quer acompanhar o trabalho do seu deputado?

Vou ser bem sincero com você. O cidadão hoje não perde tempo em ver TV Assembleia. Mas vou deixar bem claro, não estou falando que tem que tirar a TV Assembleia não. Mas o custo de uma TV Assembleia ficar em R$ 1 bilhão em um mandato, é brincadeira um negócio desse! A gente tem que fiscalizar, por que não adianta nada eu fiscalizar o Governo se não estou fiscalizando a Assembleia. Eu sou o primeiro a dar bom exemplo na Assembleia. Então, o cidadão mesmo não perde tempo em ver a TV Assembleia, não. A mudança chega você tem que se adaptar a ela, usa as redes sociais. São 77 deputados, estou aqui para aprender também. Eu acho totalmente desnecessário, pra mim, eu acho que é.

O Jornal, O Tempo publicou que o senhor queria colocar cama e chuveiro e morar na Assembleia. Com essa atitude qual o exemplo o senhor acha que passaria para quem votou no senhor e para os seus colegas de assembleia?

Se eu não me engano foi o Bernardo Miranda que fez essa matéria comigo, e acho que a matéria foi totalmente distorcida. Em nenhuma hora falei que ia morar na Assembleia. Eu tenho moradia, tenho minha casa em Divinópolis, eu não estou vindo passear aqui em Belo Horizonte, estou vindo trabalhar, servir ao povo. Então a minha ideia, quando eu terminar de trabalhar, é eu voltar para minha casa. Caso eu precise um dia dormir no gabinete, que é extremamente grande, ótimo. Eu perguntei se tinha algum problema de eu passar a noite em meu gabinete. Ele espantou e falou que ia verificar se puder não via problema. A gente vai adaptar para você, já tem o banheiro, vamos colocar o chuveiro. Se eu precisasse de passar uma noite. Não tem nada a ver eu querer passar uma noite no meu gabinete –

O importante dessa história é que não precisa do auxílio moradia. Estava parecendo que eu queria levar minha família para morar no gabinete não tem nada disso. Minha ideia é ir e voltar, só se acontecer um imprevisto eu passo a noite no gabinete.

Parlamentares da Suécia, Noruega fazem isso, parece que estou querendo aparecer. – Um cara que é público como eu não tem jeito, qualquer ato que eu fizer é público.

 

Respondendo a questão de que poderia alugar um local ou passar uma noite em um hotel, cleitinho afirmou que quer economizar o seu salário que ele vai ganhar honestamente

A seguir o vereador Cleitinho falou sobre a causa animal dizendo que atua mais nos bastidores não fica aparecendo, pois é uma causa que todos se sensibilizam com ela e fica parecendo que todo mundo quer ganhar votos. Mas reconheceu que o deputado Noraldino já está com a causa, e ele o respeitará para fazerem projetos juntos.

Os repórteres alertaram e questionaram o fato de Cleitinho estar chegando como um parlamentar que vai ter uma fala de impacto e que isso vai causar um estranhamento nos antigos, que não querem ouvir determinadas coisas. Perguntou como ele vai lidar com essa questão.

Cleitinho respondeu dizendo que, a política tem muita vaidade, o poder sobe na cabeça das pessoas, e graças a deus, eu cheguei na idade que estou, e desde pequeno meu pai me ensinou que temos que ter é humildade, pé no chão. Estou aqui para somar, para ajudar.  

O ainda vereador, Cleitinho relatou um caso, e posteriormente afirmou que eles estão querendo passar a sua imagem como barraqueiro. Essa imagem que estou aqui agora, de boné e de bermuda. Desde pequeno que uso isso, por que agora que virei um mero deputado, que não é nada demais. Por que tenho que chegar aqui de terno e gravata, eu nunca usei.

O repórter questionou se Cleitinho vai cumprir o regimento interno da ALMG,  que exige que no plenário se use terno e gravata. O agora deputado eleito, afirmou ser normal por que Jesus Cristo foi o maior político que veio à terra e andava na maior humildade.

É preciso acabar com esse negócio de tratar político como se fosse um ser de outro mundo. A minha política que vim fazer é uma reforma de consciência mesmo, de conscientizar o político, que ele é um servidor, ele está aqui para servir e não para ser servido.

Alguns dias atrás, um repórter da minha cidade tirou uma foto minha, que eu estava na Câmara de bermuda e de tênis, e algumas pessoas me questionaram: esse cara de bermuda, de tênis, o cara agora é deputado.

Eu queria só falar uma coisa: coloca qualquer deputado que estiver aqui de terno e gravata e eu de bermuda e boné e vem debater comigo. Quero mostrar que roupa não ganha jogo. O que adianta entrar no plenário de terno e gravata, falar bonito, se o país está da forma que se encontra hoje. Então queria falar para essas pessoas que estão me questionando do jeito que eu visto, traga qualquer deputado aqui, do Congresso, do Senado, prefeito, senta comigo aqui e vem debater política comigo.

Vou mostrar que vou produzir muito mais que eles. Então, que boné, bermuda, não ganha jogo. Vou deixar bem claro: meu pai me ensinou a ter educação, a respeitar o próximo. Se lá tem Regimento e eu tenho que seguir, pode ter certeza que vou seguir. Se tenho que usar terno e gravata lá, eu vou usar. A partir do momento que eu sair de lá. Eu uso a roupa que eu quiser.

Cleitinho, em suas últimas palavras na entrevista, usou o seu mote habitual de humildade, em que sempre diz, que está para aprender, e que as críticas que venha a ouvir tentará melhorar. Afirmando, como também é seu costume, querer ser parceiro da imprensa, e que está à disposição dela.    

 

 

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comentários

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  1. anonimo disse:

    e disso que mg estava precizando a muito tempo cabra honesto e direto sem frescuras e sem delongas

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