Câmara de Divinópolis empenha R$ 380 mil para instalar energia fotovoltaica no prédio; presidente recebe críticas

O presidente da Câmara Municipal de Divinópolis, Adair Otaviano, ao terminar o seu mandato, decidiu que por medida de economia de energia elétrica, e por já estar programado, segundo ele desde 2017,  abriu licitação no estilo pregão eletrônico para instalar energia fotovoltaica no prédio do Legislativo – Adair afirmou para o Divinews que não sabe o valor exato da instalação, mas que foi empenhado R$ 380 mil reais, e que, se o valor for maior do que isso, no dia 31 quando forem abertos os envelopes, a diferença será paga com a própria economia de energia elétrica, que ele afirma ser de uma conta de R$ 100 mil reais/ano – O presidente da Casa, afirmou que estava ouvindo algumas críticas a respeito do assunto. Contudo, afirmou que o seu compromisso com o SINTRAM era devolver alguma coisa para ajudar no pagamento da folha dos servidores, mas que não pode “desprogramar” o que já estava programado. “Não posso deixar de cumprir compromissos já assumidos”.

Adair disse que no ano passado, 2017, devolveu para os cofres do Executivo, R$ 84 mil reais. Esse ano ele não sabe dizer quanto será devolvido, por que em primeiro lugar estão as despesas do Legislativo, “mas que alguma coisa será devolvida”.

Quando questionado por que razão a licitação, o pregão será realizado no dia 31 de dezembro, o último dia do ano, o presidente explicou que foi em consequência de equívocos do corpo administrativo da Câmara que já deveria ter programado a licitação e não o fez.

Ele reclamou também de que alguns servidores da prefeitura e da Câmara se uniram para boicotar o seu projeto de instalação de uma TV Câmara independente, que “forças ocultas” atuaram neste sentido. Esse era um projeto que ele gostaria de deixar como realização, mas não foi possível, por que houve boicote à sua ideia. E que isso traria economia para os cofres públicos.

Enquanto isso as redes sociais, e mesmo internamente, à boca pequena, pelos corredores do legislativo, ele é criticado sobre se esse era o momento de fazer tal investimento, se não seria melhor auxiliar o Executivo com sua folha, já que os servidores da Câmara passam ao largo de qualquer crise no pagamento dos seus salários, por causa do repasse do duodécimo, que o Executivo é constitucionalmente obrigado a passar para todas os legislativos, os servidores de tais poderes, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, passam ao largo de qualquer crise de recebimento dos seus salários.

Adair Otaviano rebate, afirmando que o dinheiro da Câmara é da Câmara, para ela pagar suas despesas, e que os poderes são independentes.