Michele Bolsonaro despeja santos católicos do Palácio do Governo

Para os católicos que achavam que estavam no mesmo barco dos Bolsonaros, se enganaram, conforme informações do jornalista Ricardo Miranda, as imagens sacras que estavam na residência que será ocupada pela família do presidente serão todas retirada, por desejo expresso da futura primeira-dama, Michele Bolsonaro, que é evangélica, que tem como princípio da religião não aceitar nenhum tipo de imagem, que os católicos tem como santos. E muito menos que Maria,  seja chamada de santa e a veneração que os católicos tem por ela – O jornalista avalia ainda que, em breve os crucifixos sejam também retirados de espaços públicos, já que o país é laico e até então tem todas as características de católico

Santa Bárbara, curiosamente, padroeira da artilharia, deixará o Palácio da Alvorada – ou melhor, uma escultura em madeira da santa, do século 18. Dizem os estudiosos que, “às ocultas dos pais, fanáticos pagãos, conseguiu instruir-se na religião cristã”. A santa é invocada, sobretudo, como protetora contra a morte trágica e contra os perigos de explosões, de raios e tempestades.

Vai para o Jaburu, no próximo ano, depois de passar por uma restauração, acolhida pelo católico vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. Reportagem da Folha apurou que as transferências ocorrerão após a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ter demonstrado um desejo na retirada de obras sacras – não importando seu valor histórico. Hoje, a residência oficial apresenta como parte de seu mobiliário cinco peças de simbologia católica: um par de anjos barrocos tocheiros, na biblioteca, e quatro estátuas de santos nas salas de música e de estado. A mulher do presidente eleito frequenta a Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro. As denominações evangélicas não costumam adorar esculturas de santo.

Restauradores e especialistas dizem que é natural que o novo presidente faça mudanças na área privativa, cujo acesso não é público. Todos fazem. Veja Michel Temer e sua Marcela, que mandou fazer adaptações para Michelzinho. Não deu uma semana, voltaram para o Palácio do Jaburu. Michel Temer disse em entrevista a Veja que desistiu de morar no Palácio da Alvorada porque “sentiu uma coisa estranha”, o que foi interpretado como fantasmas na residência. Lula usava a grama do Alvorada e da Granja do Torto, que também é residência oficial do presidente, para peladas com a família. Fez uma reforma – para resolver problemas hidráulicos e elétricos – bancada por um consórcio de 20 empresas. O general Ernesto Geisel, que era luterano, pediu a retirada da pintura “Orixás”. A previsão é que ela seja cedida ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) para uma exposição, a partir de fevereiro, e depois viaje pelo país. O empréstimo deve durar cerca de oito meses.