Domingos Sávio em longa entrevista fala do movimento contra ele em Divinópolis; Bolsonaro; Haddad; PT; Impeachment; Zema e Anastasia

Publicado por: Redação

Mesmo tendo participado de uma entrevista coletiva concedida pelo deputado federal e Presidente do PSDB Minas,  Domingos Sávio, deu para vários veículos de comunicação de Divinópolis. o editor do Divinews fez questão de conversar com ele de forma mais ampla e profunda sobre a resistência ao seu nome no municipio e as suas posições políticas diante do atual quadro de embate entre Bolsonaro e Haddad disputando a Presidência do Brasil  e Anastasia e Romeu Zema, na disputa do Estado de Minas.  A entrevista ocorreu no dia 15, na parte da tarde. Data em que o parlamentar fazia um périplo pelas emissoras de rádio e televisão da cidade, e no mesmo dia em que ele embarcou para Brasília para retomar suas atividades na Casa Legislativa Federal. Domingos foi reeleito com 80.990 votos, e ocupará pela terceira vez uma das cadeiras da Câmara dos deputados.  

Domingos começou a entrevista agradecendo pela votação e reconhecendo que foi uma das eleições mais difícil para o político que já estava exercendo um mandato e teve que enfrentar uma campanha de trabalho contra, totalmente adversa. Por que houve um trabalho contra todos os políticos que foram eleitos anteriormente, e que essa atitude dos eleitores foi um perigo do cometimento de injustiças generalizadas, ao avaliar que “ninguém vale nada”

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Lamentando o pensamento corrente dos eleitores e expressando sua opinião, Domingos afirmou: “Se tivesse jeito de fazer uma mágica, vamos tirar todos, por que todos os outros novos, vão chegar lá experientes, honestos, maravilhosos, iluminados por Deus. A primeira coisa que eu teria que fazer era, nem candidatar. Já que tem gente muito melhor do que eu, muito mais preparada. Mas não é essa a verdade. Então as vezes você muda e piora. Se você tem uma trajetória limpa, de trabalho, você precisa colocar a serviço da população. E foi a decisão que tomei. Foi um período difícil. Não digo que é fácil ser deputado federal, hoje. Aliás, acho que hoje a maioria das pessoas já compreendem que para exercer vida pública, a pessoa tem que ter vocação, e é uma missão de vida. Tem alguns que exercem por ambição de vida, não é o meu caso”

O parlamentar falou sobre o seu patrimônio: “O meu patrimônio material é basicamente o mesmo que eu tinha quando eu era vereador. Ser político nunca foi o meu objetivo de enriquecer, ganhar dinheiro. Se eu fosse administrar uma empresa, até por que eu tenho formação, eu pudesse ganhar dinheiro, mas a política sempre me ajudou a me manter. Ter um padrão de vida adequado, criar meus filhos, ter condições de viver dignamente, o que eu também tinha antes de ser político, como médico veterinário que sou, e exerci aqui em Divinópolis mesmo, a minha profissão, tanto que, quando eu foi ser vereador, eu já tinha uma casa própria no sidil. Aliás o apartamento que tenho hoje em Divinópolis, foi fruto da venda dessa casa para comprar esse apartamento. Portanto a minha vida pública me deu uma grande riqueza, que foram os relacionamentos, as amizades, a minha história, que é o meu capital político, foi o que me elegeu nessas eleições”

Domingos não esqueceu de falar das grandes mudanças feitas pelas urnas no último dia 7 de outubro: “Essa eleição estão dizendo que foi um tsunami. Agora, quem tinha raízes, verdadeiros serviços prestados, quem tinha e tem uma história, conseguiu sobreviver. Eu consegui sobreviver dessa forma. Mesmo nas cidades onde caiu a minha votação, eu consegui me manter sendo votado, e hoje sou o deputado majoritário de Oliveira. A votação caiu lá? Caiu!

Em 2010 fui candidato a deputado federal, e tive 10 mil e tantos votos em Oliveira, quando chegou em 2014, o ex-prefeito de Oliveira, o Ronaldo, mesmo sabendo que não ia ganhar as eleições, e ele contou isso, como era meu adversário se lançou candidato a deputado federal, ainda assim consegui me manter lá com 4 mil e poucos votos. Foi uma luta manter aquela votação em Oliveira. Já em 2014 se candidatou o Dr. Gilmar de Assis, um ex-promotor público, que até foi votado aqui em Divinópolis também, e ele sendo filho da cidade teve um apelo enorme”

E continuou explicando sobre sua votação em alguma cidade, em consequência do questionamento feito pelo Divinews, sobre a diminuição de seus votos. “A mesma coisa em São João Del Rei, além de ter um médico da cidade, da Santa Casa, que se candidatou, tem os candidatos tradicionais, o próprio Aécio Neves, que saiu candidato a deputado federal, o Reginaldo Lopes e outros candidatos, e que eu previ isso”

Falou também sobre a cidade que já foi o seu principal reduto eleitoral: “A mesma coisa aqui em Divinópolis, foi candidato o sargento Elton que teve uma votação maravilhosa, ele está de parabéns, foi na onda do Bolsonaro, e ele aliou o nome dele, ele também é um militar, fez parceria com Cleitinho que foi outro fenômeno de voto”

Domingos lamentou o trabalho que foi feito contra o nome dele na cidade: “E além disso houve um trabalho aqui, determinado de tentar evitar que o Domingos Sávio fosse eleito. É uma coisa que a cidade precisa repensar né! Uma coisa é você trabalhar para o seu candidato, outra coisa é você colocar um verdadeiro batalhão de pessoas para trabalhar contra um candidato”

O Divinews pontuou que existia quase que uma aposta de que ele, o deputado Domingos Sávio, não seria eleito e outros o seriam. Domingos então respondeu:

“É perguntar a essas pessoas se elas gostam mesmo de Divinópolis, por que tentar atrapalhar que alguém seja eleito, precisa ser repensado. Se estive tentando atrapalhar o Domingos, por que ele tem ficha suja, fosse um indivíduo que não pagasse os outros, desse cano na praça, tivesse uma vida familiar que não era exemplo para ninguém. Se fosse um indivíduo que tivesse manchado o nome de Divinópolis, envolvido em corrupção –  Eu vou para o supermercado empurrando carrinho, com a minha esposa, eu vou pra missa aos domingos, eu recebo abraços de todo mundo”

“Só que a mesma pessoa que me dá um tapinha nas costa e me abraça, vai para a rede social, dizendo não vota nele não, por que ele votou no Temer, por que ele votou na reforma trabalhista, um jogo mesquinho, um jogo atrasado, ao invés de trabalhar para o seu candidato, a preocupação é a seguinte: a maneira do meu candidato crescer é se eu diminuir o Domingos, teve muito disso aqui em Divinópolis. É uma coisa atrasada isso não vai levar a lugar nenhum. Uma cidade tão prospera como a nossa. São 53 vagas para deputado federal em Minas. Divinópolis poderia ter eleito 3 ou 4, se tivesse um pouquinho mais de bom senso. E essas pessoas ao invés de gastar energia trabalhando contra os outros, trabalhasse para fortalecer o seu candidato, para mostrar que o seu candidato estava prestando um bom serviço para Divinópolis. Infelizmente alguns não pensaram dessa forma e ao invés de ajudar acabaram contribuindo para essa tragédia. Ai, só eu e o Cleitinho fomos eleitos aqui em Divinópolis. Tivemos a felicidade de ter um deputado estadual eleito, poderíamos ter mais – Fiquei pesaroso, por que o Fabiano Tolentino poderia ter sido eleito, o filho do Jaime e o próprio Elton. Acho que precisamos repensar isso”

“Da minha parte, estou muito grato aquelas pessoas que votaram em mim. Por que aquelas que votaram em mim, são meus amigos, são pessoas que me conhecem e me tratam pelo meu nome, e eu também, as trato pelo nome delas. Por que tiveram que enfrentar gente que foram contras, quando manifestaram seus votos. “Mas né possível que você vai votar no Domingos Sávio? por que nas redes sociais estão falando que ele votou contra os trabalhadores, nas redes sociais estão falando que ele é amigo do Temer!! Outros estavam me acusando que eu era do mesmo partido do Aécio. E aí eu não posso ser votado por que eu sou do mesmo partido de uma determinada pessoa? Como se eu tivesse alguma responsabilidade com os problemas, ou eventuais problemas que essa pessoa tive. Isso é uma política muito mesquinha”

“Tenho hoje a tranquilidade de dizer para cada Divinopolitano, tenho uma história de vida e de trabalho aqui em Divinópolis, meus filhos nasceram aqui, meus netos estão nascendo aqui”

E quase finalizando a sua indignação quanto ao comportamento de alguns eleitores, falou sobre os recursos que conseguiu recuperar para a construção das casas do Alto São Vicente: “Dia 8, dia seguinte das eleições, eu já estava trabalhando. Por que o prefeito de Divinópolis, que não é do meu partido me ligou dizendo: “Domingos ainda bem que você foi eleito, estão querendo tirar o dinheiro da construção das casas lá no alto São Vicente. Você me ajuda – Então, fui imediatamente no Ministério das Cidades, na terça-feira e consegui garantir o dinheiro. Ainda na mesma segunda-feira, que eu já estava trabalhando, eu tive a benção, a alegria de ganhar um presente muito maior do que ganhar a eleição, nasceu meu quarto neto. Nasceu aqui em Divinópolis, lá no hospital São João de Deus, o mesmo hospital que eu me preocupo, que é importante para o seu filho, é importante para o meu filho, para o meu neto. É por isso que eu amo Divinópolis, eu trabalho por Divinópolis. Não é por causa de votos, pois tendo votos de Divinópolis ou não, eu seria eleito nas eleições de 2010, 2014 e nesta”

Sobre seus votos em Divinópolis, contou:

“Na eleição passada (2014), a minha votação aqui em Divinópolis não foi das melhores. O Jaime teve quase três vezes mais do que eu. E quem trouxe mais recursos para Divinópolis? O Domingos Sávio!! – Quem foi lá na UPA na hora que ela estava fechando? Eu prometi, outros prometeram. Quem garantiu os recursos? O Domingos Sávio!!”!

“Não estou falando isso para me gabar, é para acabar com essa celeuma. O Domingos Savio está preocupado com eleição – Eu trabalho por Divinópolis, por que é a minha vocação. É por que eu gosto de Divinópolis, eu moro em Divinópolis”

“Se eu não for candidato em 2022, está longe para dizer se eu vou ser ou não vou ser. Mas não vai mudar nada o meu entusiasmo de trabalhar por Divinópolis, de hoje até a próxima eleição, ainda que eu decida não ser candidato. O meu escritório no Costa Rangel, vai continuar de portas abertas. Eu não sou igual outros políticos que fecha gabinete. Eu nunca fechei gabinete, eu não mudo meu celular, não deixo de frequentar a cidade, de cuidar dos interesses da cidade, de torcer pelo Guarani”

Finalizou essa parte da introdução dizendo que nas próximas eleições, que as pessoas trabalhem para quem quiser. Porém, trabalhar contra ele, só para ele não ser reeleito, é muita mesquinharia.

A entrevista continuou, com o foco na eleição Bolsonaro x Haddad – Anastasia x Zema

GERALDO PASSOS: Deputado, vamos para um outro assunto também polêmico, o senhor vai apoiar quem agora na presidência?

DOMINGOS SÁVIO: Pra mim não é polêmico, porque tenho comigo a convicção de que o homem público, ele tem o dever de se posicionar sobre todas as matérias, mesmo as polêmicas. O homem público que fica em cima do muro, o homem público que se omite, o homem público que de manhã ele tem uma opinião e de tarde ele tem outra, não é de confiança. O homem público que um dia tá em um partido, outro dia tá no outro, não é de confiança. Você pode até mudar, pode evoluir, mas você não pode ficar uma “Maria vai com as outras”. Eu no primeiro turno das eleições, o meu partido lançou Geraldo Alkmin como candidato a presidente. Eu comecei a campanha trabalhado para o Geraldo, acreditava que seria possível levá-lo para o segundo turno e inclusive ganhar a eleição, acreditava e continuo acreditando que é um homem preparado, um homem que poderia fazer um belo governo para o Brasil, e apoiei o Geraldo Alkmin. Quando foi chegando próximo da eleição, no dia 7 de outubro, todas as pesquisas mostraram que o Geraldo não ia para o segundo turno e começou a debandada. Teve gente que começou a fazer santinho com Bolsonaro, teve gente que começou a esconder o candidato…Eu não! Mantive a minha lealdade, a minha coerência, todo o meu material continuou com o nome do Geraldo Alkmin e do Anastasia. Gente da minha da minha relação pessoal dizia: “Domingos declara apoio ao Bolsonaro, ou pelo menos anuncia que você vai votar nele no segundo turno, que você vai ganhar mais voto”. Eu falei não. “Mas se você perder a eleição?”, que eu perca a eleição! Mas que eu não perca a dignidade, que eu não perca a lealdade, fui leal ao Geraldo Alkmin no primeiro turno.

Quando passou o primeiro turno, nos primeiros minutos da segunda-feira, acho ainda que no domingo à noite, eu declarei claramente: Eu não vou acompanhar o PT, eu sei o que aconteceu com o Brasil e sei o que o Haddad não tem independência com relação ao PT, esse é o maior problema. Essa não é uma disputa entre o Bolsonaro e o Haddad, não é uma disputa em que o Haddad possa responder sobre o que ele vai fazer, é uma disputa entre o Bolsonaro e o PT, e aí a minha convicção é de que não dá para eleger o PT, já sabendo o que o PT pretende fazer com o socialismo camuflado e que acaba levando a negociatas parecidas com a do “Petrolão”, pra tentar se impor, é aquela história de que os meios justificam os fins.

E outra coisa, o Haddad só parou de visitar o Lula na prisão agora, porque o marqueteiro falou: “oh, nesse negócio tá pegando mal”, mas ninguém tem dúvida de que se o Haddad for eleito, o primeiro lugar que ele vai lá para beijar a mão é lá em Curitiba, porque quem será eleito fatalmente é o próprio Lula.

Então, eu entendo que nesse momento, tá uma disputa entre o Bolsonaro e o PT, e eu entre o PT e o Bolsonaro…eu fico com o Bolsonaro. Alguém pode dizer: “Mas você tem certeza que com o Bolsonaro vai dar tudo certo?”, eu tenho certeza que pode dar certo, que nós podemos ajudar a dar certo, porque aí não é um partido, é uma figura que tá liderando o país e tá liderando o país que quer mudar, e o Bolsonaro sabe disso.

O Bolsonaro sabe que ele tá liderando o Brasil para não ficar do mesmo jeito não, ele tá liderando o Brasil pra fazer grandes mudanças, pra gente ter uma segurança melhor, pra gente ter uma saúde melhor, pra gente ter uma estrutura pública menos burocrática, mais eficiente, e que volte a gerar emprego, que dê confiança jurídica pra atrair investimento e eu não tenho dúvida que eu vou precisar de ajudar.

Então eu já estou fazendo uma opção pelo Bolsonaro, consciente de que eu tenho que ajudar, eu vou ter que arregaçar a manga. Eu estou consciente que também que corro o risco de amanhã levar pancada por causa disso, seria melhor às vezes alguns se prevenir e ficar em cima do muro. “Oh não fala que vai apoiar não, porque depois vira uma desgraça igual esse bendito do Temer, que entrou lá e está sendo uma tragédia de ruim”, e é mesmo, é um governo que tudo bem, alguma coisinha ele tentou fazer.

GERALDO PASSOS: Mas o senhor apoiou o impeachment?

DOMINGOS SÁVIO: Eu não apoiei o Temer, eu apoiei o impeachment, porque eu achava que o país não podia continuar do jeito que estava. Ao apoiar o impeachment, ele assumiu, virou presidente, e eu achei que não era adequado tirar o Temer daquele momento, paguei um preço alto, viu Geraldo.

Eu votei com a minha consciência, não devo favor ao Temer, não tenho o menor interesse de cobrir nada, pelo contrário, já disse isso e vou repetir: Quero que no dia 2, o Temer vá responder na justiça todas as acusações que existem contra ele, e ele terá que responder. Não tenho que poupar ninguém nem do PSDB, nem do PMDB, nem do PT, porque graças a Deus eu não tenho nada que esconder, eu não tenho que fazer complô com ninguém, eu tenho uma vida modesta, mas é uma vida limpa, sem envolvimento com nada de errado. Então o que quero é que esse país seja passado a limpo, que esse país melhore, e a minha esperança, que embora seja polêmico, é que o Bolsonaro possa de fato fazer um grande pacto nacional, fazer uma grande aliança nacional. Acho que hoje, o povo já excluiu o PSDB, o meu partido, não querem o PSDB. Agora a sensação que eu tenho é que o povo vai querer dizer “Não queremos o PT também”, o que eu quero é que a gente se una com o Bolsonaro para fazer um bom governo, é o que vai nos restar.

GERALDO PASSOS: Parece pelo que o senhor está colocando, que as colocações do Bolsonaro, polêmicas à cerca de várias situações, como de armamento da população, toda essa situação. O senhor interpreta isso como uma ação de marketing? Porque o que ele fala realidade, são coisas pesadas, remetem à oposição, coloca como questão de ditadura, ele está nomeando generais, o senhor acha que tudo isso vai acabar no final convergindo com a situação de dar prioridade para o país?

DOMINGOS SÁVIO: Sim, eu acredito, até porque eu só fiz uma pergunta pro Bolsonaro, quando eu estive com ele na casa dele, fui convidado a ir lá. Eu sou membro da frente parlamentar agropecuária, convidaram um grupo de parlamentares, eu fui o único parlamentar do meu partido PSDB, a estar presente e tenho com ele uma relação boa, todo mundo sabe disso, Nós jogamos futebol juntos várias vezes, relaciono bem com ele no plenário, nunca tive dificuldades com o Bolsonaro, o que não quer dizer que os meus pensamentos ou a minha linha política é a mesma dele, não, eu acho que ao longo da trajetória, ele se mostrou em uma linha tendendo a um certo radicalismo, mas à direita, e que acredito eu que nem ele mesmo queira colocar em prática. Ele tem insistido em dizer que é contra qualquer preconceito, ele tem debatido muito de que ele compreende que as mulheres tem que ter todo o respeito nosso, e isso é o óbvio, não dá pra imaginar alguém sendo presidente da república e vacilar com relação à essas coisas, até porque isso tá tudo na nossa legislação, isso não é favor nenhum, é obrigação de todo cidadão respeitar todas as raças, todos os credos, todas as opiniões, todas as opções sexuais, é direito de cada um ser do seu jeito e é dever de todos respeitar o próximo, desde que não estejam cometendo ilegalidade ilícita.

Do ponto de vista do que o Bolsonaro prega, eu fiz uma única pergunta a ele para tirar este temor. “Meu colega deputado Bolsonaro, eu gostaria que você me respondesse algo e ainda fui prudente para não ser deselegante para ele não pensar que eu estava perguntado o obvio, por que as vezes isso ofende. Eu espero, acredito que sei a sua resposta, mas eu tenho o dever de te perguntar o obvio para que eu possa responder para minha consciência, para os meus filhos e para aqueles que eu vou pedir voto, como já estou pedindo. Você eleito presidente vai respeitar integralmente a Constituição Brasileira e principalmente você vai defender o estado democrático de direito em qualquer circunstância?” Fiz questão de acrescentar esta expressão “em qualquer circunstância” é obvio que preparei na minha mente a pergunta, até porque o tempo ali era curto e eu fiz essa pergunta. Ele me respondeu sorrindo. “Sr. Domingos, o senhor me conhece, você sabe que eu sou um democrata, eu não abro mão de respeitar nossa Constituição, mas vou querer que vocês me ajudem a reduzir a maioridade penal e deu uma risada. Vou querer que a gente mude a Constituição para reduzir a maioridade penal. “ O que é normal, aí não é desrespeitar a Constituição é fazer emendas à Constituição, isso é normal e necessário, eu mesmo sou a favor que reduza a maioridade penal para 16 anos, aliás nós já votamos na Câmara, essa Emenda Constitucional Bolsonaro votou a favor, eu votei a favor, ela está parada no Senado, Bolsonaro como presidente da república não vai impor esta mudança, porque presidente da república não tem poder de mudar a Constituição não, o presidente da república só tem o poder de apresentar a proposta ou de agir politicamente. Chamar o seu líder no Senado, por exemplo: olha já aprovou na Câmara, chama o líder, o presidente do Senado e diga, conversa com o presidente da Câmara lá, pede para colocar em pauta e aprova isto, porque eu preciso de disciplinar melhor a segurança pública e não dá para continuar com o jovem de 16 anos cometendo latrocínio, matando, portando fuzil nos morros do Rio de Janeiro e debochando da polícia, porque ele tem 17 anos, e realmente não dá. Tem hora que tem que endurecer com o crime mesmo, e o Bolsonaro usou isso de uma forma habilidosa e agora com provavelmente ele colocará em prática, mas não significa que ele vai implantar ditadura no Brasil, zero chances, nem Bolsonaro, nem Haddad vai implantar ditadura no Brasil, até porque os brasileiros não vão permitir isso e eu espero que eu seja uns do que lidere uma resistência absoluta se tentarem qualquer coisa com as liberdades democráticas.”

GERALDO PASSOS: “Deputado, e o governo do estado, está lá o Anastasia e entrou o Zema. Anastasia diz que o Zema não tem experiência e o Zema é um cérebro novo, como é que o senhor analisa isso?

DOMINGOS SÁVIO: “Todos dois tem experiência, mas cada um em uma área. Se porventura, eu ou você, ou alguém que a gente ama ou qualquer cidadão precisa entrar para um bloco cirúrgico numa situação de emergência, porque a vida dele está em risco e ele precisa ser submetido a uma cirurgia, você vai chamar um cirurgião habilidoso, experiente, o melhor pelo menos que você puder chamar ou você vai aceitar que vá para ali um estudante, um curioso, alguém que diga: eu tenho vontade de ser médico, eu desejo, eu tenho projetos em ser médico, mas não estudei não, me põe lá que eu vou dar conta.

Na verdade, a situação de Minas é grave, não dá para você entregar para alguém de maneira amadora, que vai chegar para ver o que está acontecendo. O Anastasia de fato é um homem experiente em gestão pública, já provou isto, já conhece a realidade e sabe o tamanho do problema, aliás ele só aceitou a vir, porque nós fizemos uma convocação, falamos Anastasia, a gente precisa de você, Minas não pode continuar ladeira a baixo, do jeito que está, depois não tem conserto.

O Zema é experiente em administrar uma loja de eletrodomésticos, uma rede de lojas, uma rede de postos de combustível, nisso o Zema é experiente, muito mais que o Anastasia. Eu não contrataria o Anastasia para administrar uma rede de postos de combustível e uma rede de lojas de eletrodomésticos, onde ele vai ter que conviver com a concorrência no mercado, com a disputa de preços, com a situação própria de quem luta para ter lucro.

O Zema aprendeu a lutar para ter lucro, não é por acaso que ele é um homem rico, isso não é defeito não, mas é próprio do mercado. O Anastasia não é um homem treinado para ter lucro, o que que o Anastasia quer, ele quer resultado em termos de qualidade de vida, bem-estar social, este que é o lucro do governo do estado, então o Zema também não é preparado para administrar o estado, assim como o Anastasia não vai dar conta de uma rede de lojas.

O Zema vem administrar o estado, ele acha que pode chegar e falar: eu não gostei deste funcionário e mando ele embora, ou, esta escola não está funcionando bem, eu fecho essa escola. Ele pode fechar uma loja dele, pode mandar um funcionário dele embora, o estado é diferente para administrar, então Anastasia é um homem bem preparado, por isso seguramente será o governador de Minas, porque o mineiro agora, vai pensar nele mineiro, na hora de votar, quem que eu quero? Eu quero o melhor para governar Minas, e é dispar

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