EXCLUSIVO: RBH não possui patrimônio para garantir ressarcimento para ninguém, exceto os próprios empreendimentos “vendidos”

Publicado por: Redação

Segundo informações fidedignas de uma fonte que está diretamente envolvida no caso, mas que por motivos óbvios não quis ser identificada, o casal proprietário da RBH Construtora, Péricles Hazaña Marques Junior e Sandra Mara de Oliveira Barros  não possuem nenhum patrimônio e muito menos dinheiro depositado em lugar nenhum para garantir o ressarcimento dos compradores que foram lesados na aquisição de imóveis nos três empreendimentos da empresa, o edifício Paris, o único que efetivamente saiu do chão, o Londres, que tem apenas a laje no 2º piso, e o Lisboa que não tem nada, sequer fundações para a sua construção – E a pior notícia para as pessoas que adquiriram os imóveis na planta é que, como prática habitual do mercado, a RBH não fez a Incorporação Imobiliária no cartório de registro de imóveis, o que significa dizer que tudo ainda pertence a RBH, e será esse próprio patrimônio que poderá garantir o ressarcimento dos lesados –  Porém conforme explicação da fonte, a prioridade de pagamentos será primeiro para os 43 funcionários da empresa, como salários em atrasos, FGTS e o INSS, que foi descontado e não repassado, caracterizando assim o crime de apropriação indevida – Ainda conforme explicação da fonte, a falta de Incorporação Imobiliária que é uma prática de mercado, em que quase todas as construtoras adotam, mas é caracterizado como crime contra a economia. Pois é através da incorporação que é definido um conjunto de atividades e responsabilidade da construtora, que determina a entrega dentro do prazo, preço e condições – Uma outra situação, que tornará o processo de ressarcimento ainda mais complicado e quase impossível. É que, se não foi feita a incorporação, e isso não foi feito, não foi adotado o regime de afetação, que afastaria os imóveis como parte dos bens da construtora. Portanto, como não houve a Incorporação Imobiliária, nenhum dos lesados é dono de nada, tudo ainda é patrimônio da empresa (RBH).

 

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TEORIA DA BICICLETA

Conforme informações que o Divinews obteve no mercado conversando com diversas pessoas da área, todos os compradores ao comprarem imóveis na planta tem que saber se foi feita a Incorporação Imobiliária do imóvel que está pretendendo comprar. Por que é comum que as Construtora não façam isso. E pratiquem a teoria da bicicleta, ou seja, constroem edifícios sequencialmente.

Da seguinte forma, vendem totalmente um edifício na planta, com o dinheiro dele constrói um empreendimento anterior. Posteriormente adquirem outro terreno, vende esse novamente na planta para aí sim construir aquele que bancou o primeiro. Mas se as vendas fracassarem dentro da corrente que não pode parar, os proprietários, que na verdade não são proprietários de nada, já que não existe a incorporação imobiliária, que compraram o empreendimento no chão, é que serão os mais afetados, como está acontecendo com quem adquiriu unidades da RBH no edifício Lisboa, que não tem nada, só chão. Por que as vendas dele estava ajudando a construção do Londres, que chegou somente a 2º laje.

Já com o dinheiro do edifício Londres, que está somente na 2ª laje, é que o Paris pode chegar ao ponto que chegou, de quase conclusão, foi com o dinheiro dele.

Essa é a teoria da bicicleta, se as vendas pararem, todos caem. Não conseguem se equilibrar por muito tempo com as vendas paradas.

Então, de agora em diante a primeira pergunta a ser feita para qualquer construtora, é cadê a INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA? Sem ela, nada de comprar imóveis. Por que não existe essa de solidez. A RBH, antes de quebrar construiu uma série de edifícios, entregou todos, mas agora quebrou.

 

 

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