Lava Jato é brincadeira de criança, quando comparada as corrupções existentes nos 5.570 municípios do Brasil

Publicado por: Redação

Conforme matéria publicada na Folha, em que o ministro da Justiça, Torquato Jardim afirmou que a corrupção que apareceu com a Operação Lava Jato, mesmo considerada a maior investigação do mundo, é pequena quando comparada as fraudes que ocorrem nos municípios brasileiros – O editor do Divinews sempre compartilhou e difundiu a mesma opinião. Que, se fossem somadas todas as corrupções dos poderes públicos, tanto nos Executivos quanto dos Legislativos existentes nos 5.570 municípios, a Lava Jato, passaria a ser considerada, brincadeira de crianças. Em uma conta simples, de bar, basta que na média, cada município desvie R$ 1 milhão, e o total alcançará R$ 5,5 bilhões – O ministro diz ainda que o que se conhece da Lava Jato, é 10% do problema geral, é apenas a ponta de um iceberg .

Na matéria da Folha, segundo o ministro, contribui para a cultura do suborno o fato de o jornalismo independente brasileiro ficar concentrado em cinco estados brasileiros. Na avaliação dele, não há jornais fazendo cobranças sobre ética no setor público em 80% do território nacional.

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O ministro citou uma auditoria feita pela CGU (Controladoria Geral da União) para respaldar a sua opinião de que a Lava Jato é pequena. Segundo ele, o controle da CGU revelou que dois terços dos municípios fraudavam a compra de merenda escolas.

Jardim disse que o Brasil tem uma “corrupção estrutural” e colocou a culpa no tamanho do Estado: “Enquanto o Estado for do tamanho que é, teremos corrupção”.

De acordo com ele, a lei brasileira permite 32 maneiras de fazer compras públicas sem concorrência, o que eleva o risco de suborno.

Também participaram do debate a advogada argentina Delia Ferreira Rubio, presidente da Transparência Internacional, a mais reputada organização de combate à corrupção no mundo, a mexicana Denise Dresser, do Itam (Instituto Tecnológico Autônomo do México), e Paula Belizia, presidente da Microsoft no Brasil. O debate, sobre como romper o ciclo da corrupção, foi mediado por José Antonio Vera, presidente da agência de notícias Efe.

“A primeira coisa a fazer é romper o ciclo da impunidade”, afirmou Rubio.

Segundo ela, a chegada de empresários ao poder público na América Latina, com a eleição de grupos de centro-direita, trouxe um problema a mais: o conflito de interesses.

A pesquisadora disse que a sociedade civil precisa encontrar meios para canalizar a energia após a indignação que acompanha os escândalos.

Há ainda uma mudança na sociedade que precisa chegar aos políticos: “Temos de revisar o que a sociedade acha que é aceitável”.

Dresser, que vem do México, endossou a ideia de Rubio de que é preciso rediscutir o que é suborno segundo as novas exigências dos eleitores e defendeu a educação: “Temos de educar a população sobre o que é corrupto ou não. O que antes era válido agora não é mais”.

A pesquisadora mexicana afirmou que é fundamental incorporar o setor privado no combate à corrupção e fortalecer o jornalismo independente.

A presidente da Microsoft no Brasil defendeu o uso de tecnologia para atacar a cultura do suborno.

Segundo ela, já há tecnologias de inteligência artificial e “big data” (uso de dados em grande escala) que permitem saber de antemão se uma licitação é dirigida para determinada empresa ou se há cartel.
“A tecnologia é um meio de quebrar o ciclo da corrupção”, disse Paula Belizio.

 

 

 

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comentários

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  1. Fabio Aparecido de Oliveira disse:

    Só esqueceu que muitos municipios não tem esse 1 milhão para ser corrompido.

    1. Divinews disse:

      Na média, foi dito. Porém, outros tem muito mais que R$ 1 milhão.

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