Segundo matéria publicada no Jornal O Tempo, o PSDB de Minas Gerais corre o risco de perder mais da metade de seus quadros das bancadas federal e estadual. Atualmente, o partido conta com 15 nomes e nove podem deixar a legenda. Segundo informações de bastidores, a situação é resultado da ausência de uma liderança capaz de unir aliados e pleitear o governo do Estado. Soma-se a isso o momento que vive o senador Aécio Neves, rejeitado na própria sigla, que tem afastado aliados históricos para coligações.
Embora todos os parlamentares neguem publicamente que vão deixar o ninho tucano, nos bastidores a história é outra.
O TEMPO mostrou na terça-feira (6) que a fase de “implosão” do PSDB resultou na dificuldade em montar uma chapa com outras agremiações. Isso faz com que muitos nomes pensem em aproveitar a janela de troca partidária, que começou nesta quarta-feira (7). Nesse cenário, cada político precisará de mais votos para se eleger. Com a campanha mais curta, de 45 dias, e a indefinição de como o eleitorado vai se comportar, os parlamentares querem ter garantia da reeleição.
No meio político comenta-se que, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), cinco dos oito deputados estaduais podem deixar o ninho tucano. A justificativa de Dalmo Ribeiro e Luiz Humberto Carneiro seria, segundo interlocutores, a proximidade que eles têm com o ex-deputado estadual Dinis Pinheiro, considerado nesta quarta-feira, por parte do PSDB, como um ex-aliado. É dito também que há chances de Gustavo Valadares e João Vítor Xavier debandarem. E Tito Torres está de malas prontas para o PTB.
Na Câmara dos Deputados, o PSDB perderia quatro dos sete nomes, sendo que um deles, Bonifácio de Andrada, se “aposentaria”. Caio Narcio, Eduardo Barbosa e Rodrigo de Castro estariam de saída. O primeiro por sobrevivência”, para conseguir viabilizar sua reeleição. O segundo aproveitaria a janela por conta da insatisfação com as lideranças e os rumos da sigla.
A janela partidária termina em 7 de abril. Mas, de acordo com fontes, os parlamentares somente vão decidir se permanecem ou não na legenda após o dia 20 deste mês. Isso porque eles ainda têm esperança de que o senador Antônio Anastasia (PSDB) aceite disputar o governo de Minas ou que Aécio não tente o Senado para não “afugentar” os apoiadores.
“Ninguém quer aparecer ao lado de Aécio. A maioria dos eventos no interior em que ele está presente está fraquíssima. Para o bem do partido, Aécio deveria ficar quatro anos afastado, cuidando dos seus problemas pessoais”, contou um interlocutor. “Com o Aécio, hoje a chapa está naufragando. Cada um vai ficar até onde der para aguentar, mas ninguém é bobo de arriscar o cargo”, disse um político.
Por conta desse compasso de espera até o dia 20, todos os citados negam a hipótese de que vão sair do partido. A reportagem não conseguiu entrar em contato com Tito Torres. Líder da minoria na ALMG, Gustavo Valadares explicou que os deputados da sigla estão trabalhando para montar uma chapa competitiva. Segundo ele, o partido pretende conseguir até dez deputados estaduais e oito federais. Sobre a debandada, ele acredita que, se acontecer alguma dissidência, será por motivos pessoais: “Todos os deputados concordam que Aécio é uma liderança e irão apoiá-lo em qualquer cargo que ele quiser pleitear”.
O também deputado estadual e secretário geral da sigla em Minas, João Vítor Xavier, declarou que todos os partidos estão buscando formar chapas competitivas e que ele está se dedicando a esse processo no PSDB. “Estou trabalhando para que tenhamos boas chapas, federal e estadual, com forte oposição ao atual governo”, disse.
Pestana defende Aécio e critica quem fala sob anonimato
O deputado federal e secretário geral do PSDB, Marcus Pestana, rebateu reportagem publicada na terça-feira pelo jornal O TEMPO que aponta que, rejeitado no partido, Aécio pode provocar uma debandada na legenda. Segundo o parlamentar, o partido “foi, é e continuará sendo um dos principais atores políticos de Minas”. Ele ainda elogiou o senador Aécio Neves (PSDB), afirmando que ele foi o “maior governador” do Estado desde Juscelino Kubitschek.
“Ele (Aécio) tem grande liderança dentro do PSDB e junto às forças aliadas. E ele será um parceiro essencial nas definições dos rumos do PSDB em 2018. Ele foi vítima de uma armadilha, e isso resultou no pior momento da sua vida pública. Mas isso não anula o passado, seu patrimônio administrativo e sua liderança junto àqueles que sempre o acompanharam e ao senador (Antônio) Anastasia”, afirmou.
Pestana ainda criticou quadros do partido que conversam com a reportagem em condição de anonimato. “Não contribui para o engrandecimento do PSDB mineiro ficar estimulando intrigas e disseminando fatos que não correspondem à verdade”, disse.
O deputado também afirmou que Aécio vai definir, no momento certo, seu destino e comentou a debandada de nomes da sigla com a abertura da janela partidária, que ocorre nesta quarta-feira. “A saída de um ou outro deputado se deve a outros fatores, muito mais ligados ao financiamento de campanha e ao pragmatismo eleitoral. (…) Nós estamos confiantes, e falo como secretário geral, que nenhum dos sete federais e oito estaduais sairá, porque o partido tem tudo para fazer o próximo presidente e o próximo governador de Minas”, acredita.
Quem pode sair:
Deputados federais
Bonifácio de Andrada (não será candidato)
Caio Narcio
Eduardo Barbosa
Rodrigo de Castro
Deputados estaduais
Dalmo Ribeiro
Gustavo Valadares
João Vitor Xavier
Luiz Humberto Carneiro
Tito Torres
Quem deve ficar
Deputados federais
Domingos Sávio
Marcus Pestana
Paulo Abi-Ackel
Deputados estaduais
Antônio Carlos Arantes
Bonifácio Mourão
João Leite
Independente do deputado Domingos Savio ficar, nunca ele terá meu voto, pois ele se mostrou sua verdade face, de marionete desse câncer que é o Aécio. Assim votou a favor da reforma trabalhista, a favor da reforma da previdênciaria e apoiou o merda do Temer.
Divinópolis fica esperto e para de eleger alpinista político, politico profissional como Domingos Savio Dêem a ele uma oportunidade de capinar um lote e ver como trabalhar é rabo..