Parece piada, mas não é. O fato é que, seguindo o que muitos outros partidos estão fazendo, trocando o nome das legendas para tentar ludibriar os eleitores, pregando uma inexistente mudança, o PMDB não quer mais ser mais o PMDB, ao menos no nome, quer ser MDB.
Com a imagem abalada pelos escândalos de corrupção, o fisiologismo escancarado e a adoção de medidas impopulares com a chegada de Michel Temer ao poder, o partido decidiu fazer o que os marqueteiros chamam de rebranding —uma mudança de nome para tentar assumir, aos olhos do público, uma nova identidade. Para isso, escolheu adotar a sua sigla original, MDB (Movimento Democrático Brasileiro), legenda que carrega um enorme peso histórico para a esquerda: o de ter sido a oposição à ditadura militar e de ter aglutinado os interesses dos movimentos sociais e sindicais que faziam resistência ao regime.
Na convenção que marcou a mudança de nome na manhã desta terça-feira, o senador Romero Jucá, presidente nacional do partido e denunciado pela Lava Jato, afirmou que a medida tinha o objetivo de recuperar o nome original e, com isso, ter causas claras para a sigla.
Junto à nova nomenclatura, o PMDB também mudará seu programa partidário em março do ano que vem, preparando o terreno para as eleições de 2018, em que pretende garantir a existência de um candidato governista que defenda o legado de Temer, seja por meio de uma sigla aliada ou até de uma candidatura própria
Segundo Jucá em uma entrevista publicada pela Folha de S.Paulo na última segunda, o nome de Temer não está descartado, ainda que seja um cenário difícil de imaginar devido à baixa popularidade dele. O partido, que tem a maior bancada da Câmara dos Deputados, também tenta recuperar sua imagem de olho nas eleições legislativas, temendo que muitos de seus deputados não se elejam.
DEUS nos livre estamos de olho